Jardel Filho - A arte de representar - Jardel
Frederico de Bôscoli Filho nasceu em São Paulo no dia 24 de julho de
1927. Foi um ator brasileiro.
A arte de representar - em
todas as suas facetas esteve presente na vida de Jardel todos os dias, do
primeiro ao último.
Nascido em família
tradicional de artistas, seu pai foi o empresário teatral Jardel Jercolis e sua
mãe a atriz Lídia Bôscoli, tendo seu parto acontecido em São Paulo durante uma
temporada artística da companhia paterna naquela cidade.
Por dificuldades
financeiras, sua mãe ficou mais de um mês na maternidade até que houvesse como
pagar o parto e retornar ao Rio de Janeiro.
Na adolescência tentou a
carreira militar, mas o chamado do palco acabou por levá-lo ao teatro, onde
estreou na Companhia Dulcina & Odilon, trabalhando a seguir com Bibi
Ferreira e Henriette Morineau.
Sua primeira experiência de
uma longa carreira cinematográfica - que como a de muitos seus colegas se
desenvolveu paralela à televisão - foi em Dominó Negro em 1949.
Com a peça Jazebel,
ganhou medalha de ouro da ABCT. Trabalhou na Companhia Cinematográfica Vera
Cruz, para a qual fez, entre outros, filmes como Floradas na Serra e Uma
Pulga na Balança.
Fez parte do elenco de
trinta filmes, entre outros, Macunaíma, de Joaquim Pedro de
Andrade, Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, Terra
em Transe, obra-prima de Glauber Rocha e filme emblemático do Cinema
Novo; O Bom Burguês de Oswaldo Caldeira, em
1982 e Rio Babilônia de Neville D’Almeida que foi
seu último trabalho no cinema e que estreou depois da morte do ator.
Versátil, trabalhou muito
em televisão, onde atuou em 17 novelas e minisséries, como O Bofe,
de Bráulio Pedroso, Verão Vermelho e O Bem-Amado,
de Dias Gomes, O Homem que Deve Morrer, Fogo Sobre
Terra e Coração Alado, todas de Janete Clair; Brilhante, de Gilberto
Braga; O Espantalho de Ivani Ribeiro e Memórias de Amor, de Wilson
Aguiar Filho.
Jardel, como Drº Juarez
Leão, foi um personagem marcante para seus fãs. Um homem atormentado pela morte
da mulher encontra em Telma a razão de continuar sendo médico e passa a lutar
contra os desmandos de Odorico e sua obsessão de conseguir um defunto para inaugurar
o cemitério de Sucupira.
Ele morreu em plena
atividade, no dia 19 de fevereiro de 1983 no Rio de Janeiro vítima de um ataque
cardíaco em sua casa numa manhã de sábado, quando gravava os últimos vinte
capítulos da novela “Sol de Verão”, escrita por Manoel Carlos, na Rede Globo,
fazendo com que o fim do folhetim fosse antecipado. Seu personagem Heitor saiu
da trama com uma viagem repentina. Seu corpo foi enterrado no Cemitério São
João Batista, em Botafogo.
Foi homenageado no ano de
seu falecimento pelo então governador Chagas Freitas que batizou o
recém-construído viaduto da rua Soares Cabral com seu nome.
Foi casado com a empresária
Maria Augusta Nielsen e com as atrizes Márcia de Windsor, Glauce Rocha e Miriam
Pérsia e deixou duas filhas, Tânia Tania Boscoli, também atriz, e Adriana
de Boscoli, produtora, filha de Beth, sua última esposa, deixando como netos
José Maria e Frederico de Boscoli.
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