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sábado, janeiro 06, 2024

O Insalubre Baiacu


 

Baiacu, baiagu, sapo-do-mar, peixe-balão ou lola (ainda que este termo se aplique mais ao gênero zoológico Takifugu) são as designações populares para diversos peixes da ordem dos Tetraodontiformes, comuns na fauna fluvial da América do Sul e, mais especificamente, do Brasil.

O termo é utilizado, na linguagem corrente, para designar, especificamente, as espécies dessa ordem com a propriedade de inchar o corpo quando se sentem ameaçados por um predador ou outro fator.

O baiacu pode ser letalmente venenoso para humanos devido à sua Tetrodoxina, o que significa que deve ser cuidadosamente preparado para remover partes tóxicas e evitar a contaminação da carne.

Toxidade e tratamento

O baiacu contém quantidades letais de veneno tetrodotoxina em seus órgãos, especialmente o fígado, os ovários, olhos e pele. O veneno, um bloqueador de canal de sódio, paralisa os músculos enquanto a vítima permanece totalmente consciente; a vítima envenenada não consegue respirar, e eventualmente morre por asfixia.

Os pesquisadores determinaram que a tetrodotoxina dos baiacus vem da ingestão de outros animais infestados com bactérias carregadas de tetrodotoxina, à qual o peixe desenvolve insensibilidade ao longo do tempo.

Assim, esforços têm sido feitos em pesquisa e aquacultura para permitir que os piscicultores produzam baiacus com segurança. Os piscicultores agora produzem o baiacu sem veneno, mantendo os peixes longe das bactérias; Usuki, uma cidade em Oit, tornou-se conhecida por vender baiacu não venenoso.

Os sintomas do envenenamento por Tetrodotoxina incluem tontura, exaustão, dor de cabeça, náusea ou dificuldade para respirar. A pessoa permanece consciente, mas não pode falar ou se mover. Em altas doses, a respiração para e asfixia segue. Não há antídoto conhecido para o veneno de baiacu. 

O tratamento padrão é suporte ao sistema respiratório e sistemas circulatórios, administração de carvão ativado e aguardar até que o veneno seja metabolizado e excretado pelo corpo da vítima. Toxicologistas ainda trabalham no desenvolvimento de um antídoto para a tetrodotoxina.



Utilização, Preparação e Consumo

Como o baiacu contém uma glândula de veneno, o consumo de sua carne exige a retirada prévia da glândula. Uma vez retirada a glândula, a carne do baiacu torna-se um tradicional ingrediente para sashimi.

O preparo do Baiacu em restaurantes é estritamente controlado por lei no Japão e vários outros países, e apenas chefs qualificados após três anos ou mais de treinamento rigoroso são permitidos para preparar o peixe. A preparação doméstica ocasionalmente leva à morte acidental.

Os habitantes do Japão comem Baiacu há séculos. Ossos de Baiacu foram encontrados em várias conchas, chamadas kaizuka, do período Jomon que datam de mais de 2.300 anos. O Xogunato Tokugawa (1603–1868) proibiu o consumo de Baiacu em Edo e sua área de influência.

Tornou-se comum novamente quando o poder do Shôgun enfraqueceu. Nas regiões ocidentais do Japão, onde a influência do governo era mais fraca e o peixe era mais fácil de obter, vários métodos de cozimento foram desenvolvidos para comê-los com segurança.

Durante a Era Meiji (1867–1912), o Baiacu foi novamente banido em muitas áreas. De acordo com um chef em Tóquio, o Imperador do Japão nunca comeu o peixe devido a uma “proibição de séculos” não especificada.

Na China, o uso do baiacu para fins culinários já estava bem estabelecido pela dinastia Song como uma das 'três iguarias do Yangtze, ao lado de saury e Reeve’s shad, aparecendo nos escritos do polímata Shen Kuo.

Disponibilidade

A maioria das cidades japonesas tem um ou mais restaurantes de Baiacu, talvez próximos devido a restrições anteriores, já que a proximidade facilitou garantir o frescor. Um famoso restaurante especializado em Baiacu é o Takefuku, no distrito de Ginza em Tóquio. Zuboraya é outra cadeia popular em Osaka.

Na Coreia do Sul, o Baiacu é conhecido como bok-eo. É muito popular em cidades portuárias como Busan e Incheon. É preparado em vários pratos, como sopas e saladas, e tem um preço alto.

O peixe é limpo das partes mais tóxicas no Japão e refrigerado para os Estados Unidos sob licença em recipientes de plástico personalizados e transparentes.

Os chefs dos restaurantes americanos são treinados sob as mesmas especificações rigorosas do Japão. Baiacu nativos das águas americanas, particularmente o gênero Spheroides, também foram consumidos como alimento, às vezes resultando em envenenamentos.




Golfinhos e baiacu

Golfinhos foram filmados se divertindo suavemente com baiacus, como velhos amigos, ao contrário de peixes que eles pegam e são rapidamente dilacerados.

O baiacu produz uma potente e mortal toxina, quando ameaçados. Em doses pequenas, essa toxina parece induzir “um estado de transe” nos golfinhos (como se estivessem bêbados).

O comportamento deliberado e experiente dos golfinhos com o baiacu indica que esta relação já vem se estabelecendo há várias gerações.

A triste geração que tudo idealiza e nada realiza




A triste geração que tudo idealiza e nada realiza. Demorei sete anos (desde que saí da casa dos meus pais) para ler o saquinho do arroz que diz quanto tempo ele deve ficar na panela.

Comi muito arroz duro fingindo estar “al dente”, muito arroz empapado dizendo que “foi de propósito”. Na minha panela esteve por todos esses anos a prova de que somos uma geração que compartilha sem ler, defende sem conhecer, idolatra sem porquê.

Sou da geração que sabe o que fazer, mas erra por preguiça de ler o manual de instruções ou simplesmente não faz. Sabemos como tornar o mundo mais justo, o planeta mais sustentável, as mulheres mais representativas, o corpo mais saudável.

Fazemos cada vez menos política na vida (e mais no Facebook), lotamos a internet de selfies em academias e esquecemos de comentar que na última festa todos os nossos amigos tomaram bala para curtir mais a noite.

Ao contrário do que defendemos compartilhando o post da cerveja artesanal do momento, bebemos mais e bebemos pior. Entendemos que as BICICLETAS podem salvar o mundo da poluição e a nossa rotina do estresse.

Mas vamos de carro ao trabalho porque sua, porque chove, porque sim. Vimos todos os vídeos que mostram que os fast-foods acabam com a nossa saúde – dizem até que tem minhoca na receita de uns.

E mesmo assim lotamos as filas do drive-thru porque temos preguiça de ir até a esquina comprar pão. Somos a geração que tem preguiça até de tirar a margarina da geladeira.

Preferimos escrever no computador, mesmo com a letra que lembra a velha Olivetti, porque aqui é fácil de apagar. Somos uma geração que erra sem medo porque conta com a tecla apagar, com o botão excluir.

Postar é tão fácil (e apagar também) que opinamos sobre tudo sem o peso de gastar papel, borracha, tinta ou credibilidade. Somos aqueles que acham que empreender é simples, que todo mundo pode viver do que ama fazer.

Acreditamos que o sucesso é fruto das ideias, não do suor. Somos craques em planejamento Canvas e medíocres em perder uma noite de sono trabalhando para realizar.

Acreditamos piamente na co-criação, no crowdfunding e no CouchSurfing. Sabemos que existe gente bem intencionada querendo nos ajudar a crescer no mundo todo, mas ignoramos os conselhos dos nossos pais, fechamos a janela do carro na cara do mendigo e nunca oferecemos o nosso sofá que compramos pela internet para os filhos dos nossos amigos pularem.

Nos dedicamos a escrever declarações de amor públicas para amigos no seu aniversário que nem lembraríamos não fosse o aviso da rede social. Não nos ligamos mais, não nos vemos mais, não nos abraçamos mais.

Não conhecemos mais a casa um do outro, o colo um do outro, temos vergonha de chorar. Somos a geração que se mostra feliz no Instagram e soma pageviews em sites sobre as frustrações e expectativas de não saber lidar com o tempo, de não ter certeza sobre nada.

Somos aqueles que escondem os aplicativos de meditação numa pasta do celular porque o chefe quer mesmo é saber de produtividade. Sou de uma geração cheia de ideais e de ideias que vai deixar para o mundo o plano perfeito de como ele deve funcionar.

Mas não vai ter feito muita coisa porque estava com fome e não sabia como fazer arroz.

(Marina Melz, revista Pazes)

A Pedra de Santana



 

A Pedra de Santana, é um monumento megalítico que se localiza em uma propriedade particular na comunidade de Santana, à cerca de 13 km do município de Paramirim no Estado da Bahia - Brasil.

A pedra se encontra sobre a Serra da comunidade de Santana em Paramirim na Bahia, a aproximadamente 950 metros acima do nível do mar. A comunidade de Santana fica a 13 quilômetros da Sede do município, estrada de terra.

Paramirim está situada na Chapada Diamantina Meridional, a cerca de 800 quilômetros da capital Salvador. Realmente pouco se sabe sobre sua origem, pois o local é de difícil acesso no topo de uma montanha.

Não há vestígios de utilização de qualquer tipo de ferramenta, nem danos na base da rocha, que indiquem que as mesmas realmente tenham sido colocadas por humanos.

A distância desde a comunidade até o topo da montanha é de cerca de 2 km para ida e 2 km para a volta, por uma trilha estreita, íngreme e cansativa em sua parte final, levando cerca de 40 minutos em um ritmo rápido.

No topo da montanha, a visão do local é simplesmente magnífica. Ao redor e nas proximidades existem outras pedras superpostas, porém de menores dimensões e não tão exuberante como a Pedra de Santana.

Monumento megalítico, ou megálito, do grego designa uma construção monumental com base em grandes blocos de pedras rudes são formações rochosas inexplicáveis, misteriosamente arrumadas ou alinhadas por civilizações pré-históricas, estão espalhados pelo mundo inteiro: Europa, China, América do Norte e Norte da África.

Quando se pesquisa sobre o período Neolítico ou Período da Pedra Polida que foi quando surgiu as construções megalíticas cerca de 10.000 a.C., diz-se que não se aplica à pré-história americana, subsaariana nem oceânica.

A Pedra de Santana e muitos outros locais pelo mundo, sugerem que um dia houve uma conexão entre várias civilizações, em um mundo que não era tão primitivo como imaginamos.

sexta-feira, janeiro 05, 2024

O Exorcismo de Anneliese Michel


Anna Elisabeth "Anneliese" Michel nasceu em Leiblfing – Alemanha no dia 21 de setembro de 1952. Foi uma estudante alemã submetida a diversos rituais de exorcismo pela Igreja Católica por ter sido alegadamente possuída por uma legião de demônios. 

As sessões de exorcismo foram executadas pelos padres Ernest Alt e Arnold Renz em 1975 e 1976. O Caso Klingenberg, como passou a ser conhecido pelo grande público, deu origem a vários estudos e pesquisas, tanto de natureza teológica quanto cientifica, e serviu como inspiração para os filmes O Exorcismo de Emily Rose (2005) e Requiem (2006).

Anneliese experimentou graves distúrbios psiquiátricos a partir dos 16 anos de idade até sua morte, aos 23 anos, sendo seu quadro clínico composto desde desnutrição secundária à doença mental. Depois de vários anos de tratamento psiquiátrico ineficaz, ela se recusou ao tratamento médico e solicitou um exorcismo. 

As graves consequências atribuídas ao ritual de exorcismo sobre a jovem motivaram a abertura de um processo criminal pelos promotores de justiça locais contra os pais de Anneliese e os padres exorcistas, causando uma grande polêmica em toda a Europa e dividindo a opinião pública mundial.

Tanto os padres que realizaram o exorcismo quanto os pais de Michel foram condenados por homicídio negligente porque renunciaram ao tratamento médico quando do início do tratamento por meio do exorcismo. A mãe de Michel alegou: "Deus nos disse para exorcizar os demônios de minha filha. Eu não me arrependo de sua morte".

Infância

Anneliese Michel foi criada com as suas três irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Seus pais, Anna e Josef Michel, muito religiosos, lhe deram uma educação profundamente católica. O pai de Anneliese mantinha a família trabalhando em uma serraria. 

Quando tinha dezesseis anos, Anneliese sofreu uma grave convulsão e foi diagnosticada com epilepsia. Logo, ela também começou a ter alucinações enquanto rezava. Em 1973, ela sofria de depressão, com tendencias de suicídio e começou a ouvir vozes que diziam que ela estava "condenada” e que iria "apodrecer no inferno".

O seu comportamento tornou-se cada vez mais bizarro. Ela andava nua pela casa, fazia suas necessidades em qualquer lugar, rasgava suas roupas, comia carvão e insetos como moscas e aranhas e chegou a beber sua própria urina.

Tratamento Psiquiátrico

Depois de ser internada em um hospital psiquiátrico a saúde de Anneliese não melhorou. Além disso, sua depressão começou a se aprofundar. Ela começou a ficar cada vez mais frustrada com a intervenção médica, que não melhorava a sua condição. Em longo termo, o tratamento médico não foi bem sucedido, seu estado, incluindo a sua depressão, agravaram-se com o tempo.

Tendo centrado toda a sua vida em torno da fé católica, Anneliese começou a atribuir sua condição psiquiátrica à possessão demoníaca. Anneliese tornou-se intolerante à lugares e objetos sagrados, como crucifixos, que contribuiu aos que achavam ser possessão demoníaca. Ao longo do curso dos ritos religiosos Anneliese sofreu muito. Foram prescritos a ela medicamentos antipsicóticos, que ela pode ou não ter parado de tomar.

Em junho de 1970, Anneliese sofreu uma terceira convulsão no hospital psiquiátrico, neste momento foi prescrito pela primeira vez anticonvulsivantes. O nome desta droga não é conhecido e não trouxe alívio imediato aos sintomas de Anneliese. Ela continuou falando sobre o que ela chamou de "faces do diabo", vistas por ela durante vários momentos do dia.

Anneliese ficou convencida de que a medicina convencional era de nenhuma ajuda. Acreditando cada vez mais que sua doença era um tipo de distúrbio espiritual, recorreu então, à Igreja para que a exorcismassem. Naquele mesmo mês, lhe foi prescrita uma outra droga, Aolept (pericyazine), que é uma fenotiazina com propriedades gerais semelhantes às da clorpromazina: pericyazine é usado no tratamento de psicoses diversas, incluindo esquizofrenia e distúrbios de comportamento.

Em novembro de 1973, Anneliese iniciou o tratamento com Tegretol (carbamazepina), que é uma droga antiepiléptica. Anneliese tomou o medicamento com frequência, até pouco antes de sua morte.

Exorcismo e Morte

Anneliese fez uma peregrinação a San Damiano com um bom amigo da família, Thea Hein, que regularmente organizava peregrinações para "lugares santos" não reconhecidos oficialmente pela Igreja Católica. Como Anneliese era incapaz de passar por um crucifixo e se recusava beber a água de uma nascente sagrada, seu acompanhante concluiu que ela estava sofrendo de possessão demoníaca. 

Tanto Anneliese quanto sua família se convenceram de que ela estava realmente possuída e consultaram vários sacerdotes, pedindo um exorcismo. Os sacerdotes se recusaram, recomendaram a continuação do tratamento médico e informaram à família que para a realização de exorcismo era necessária a permissão de um bispo. 

Eventualmente, em uma cidade próxima, se depararam com vigário Ernst Alt, que, depois de ver Anneliese, declarou que ela não "parecia uma epiléptica" e que ele não a via tendo convulsões. Ele acreditava que a menina estava sofrendo uma possessão demoníaca. 

Alt pediu ao bispo para permitir um exorcismo. Em setembro de 1975, o bispo Josef Stangl concedeu uma permissão ao Padre Renz para exorcizar Anneliese de acordo com o Rituale Romanum de 1614, mas ordenou total sigilo sobre o caso. Renz realizara a primeira sessão em 24 de setembro.

Uma vez convencidos de sua possessão, Anneliese, seus pais e os exorcistas pararam de procurar tratamento médico e colocaram seu destino nas mãos apenas dos ritos de exorcismo. Sessenta e sete sessões de exorcismo, uma ou duas por semanas, com duração de até quatro horas, foram realizadas durante cerca de 10 meses em 1975 e 1976.

Em algum momento, Michel começou a falar cada vez mais sobre a morte para expiar a juventude rebelde do dia e os padres apóstatas da igreja moderna e se recusou a comer. A pedido da própria Anneliese, os médicos não estavam mais sendo consultados.

Em 1 de julho de 1976, Anneliese morreu durante o sono. O relatório da autópsia indicou a causa da morte foi desnutrição e desidratação de quase um ano de semi-inanição, enquanto os rituais de exorcismo eram realizados.

Julgamento

Logo após o falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares.

Os promotores públicos responsabilizaram os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1978. Josef Stangl foi quem consagrou bispo o padre Joseph Ratzinger, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI.

O julgamento do processo, que passou a ser denominado como o Caso Klingenberg, iniciou-se em 30 de março de 1978 e despertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a ação de forças demoníacas.

Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimento, afirmaram que os padres tinham incorrido inadvertidamente em "indução doutrinária" em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido.

A defesa judicial dos padres foi feita por advogados contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas vezes, as vozes e os diálogos - muitas vezes perturbadores - dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis.

Em uma das fitas é possível discernir vozes masculinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte.

Ao fim do processo, os pais de Anneliese e os dois padres foram considerados culpados de negligência médica e foi determinada uma sentença de seis meses com liberdade condicional sob fiança.

Exumação

Antes do início do processo, os pais de Anneliese solicitaram às autoridades locais uma permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram esta solicitação em virtude de terem recebido uma mensagem de uma freira carmelita do distrito de Allgau, no sudoeste da Baviera.

A freira relatou aos pais da jovem que teria tido uma visão na qual o corpo de Anneliese ainda estaria intacto ou incorrupto e que esta seria a prova definitiva do caráter sobrenatural dos fatos ocorridos. O motivo oficial que foi dado às autoridades foi o de que Annieliese tinha sido sepultada às pressas em um sarcófago precário.

Os relatórios oficiais, entretanto, divulgaram a informação que o corpo já estava em avançado estado de decomposição. As fotos que foram tiradas durante a exumação jamais foram divulgadas.

Várias pessoas chegaram a especular que os exumadores moveram o corpo de Anneliese do antigo sarcófago para o novo, feito de carvalho, segurando-o pelas mãos e pernas, o que seria um indício de que o corpo não estaria na realidade muito decomposto.

Os pais e os padres exorcistas foram desencorajados a ver os restos mortais de Anneliese. O padre Arnold Renz mais tarde afirmou que teria sido inclusive advertido a não entrar no mortuário.



 

Sumidouro de Kizoer


 

Kızören Sinkhole, também conhecido como Kızören Obruk ou Lago Kızören é um sumidouro que contém um lago cársico perto de Konya, na histórica vilayet de Konya, no centro da Turquia. 

Kızören Obruğu está situado no centro das estepes da Anatólia Central, 65 km a nordeste da cidade de Konya. Em turco, a palavra obruk significa uma depressão vertical ou poço em uma paisagem cárstica que foi formada por carstificação em duas direções.

Para baixo (da superfície para o solo por infiltração através de pequenas fissuras e juntas) e para cima (das cavidades cársticas subterrâneas em direção a superfície por evaporação através de pequenas fissuras e juntas). 

O termo obruk é usado para descrever os raros lagos cársticos encontrados exclusivamente no distrito de Konya, na Turquia. Kızören Obruğu tem 180 m de comprimento, 150 m de largura e até 145 m de profundidade. 

Durante muito tempo acreditou-se que as águas do lago estavam paradas, mas agora sabe-se que a água flui lentamente de um lago para outro, por baixo. Localizada a uma altitude de 1.030 m, Kızören Obruğu é a única fonte de água doce para uso humano nas proximidades.

O Instituto Estadual de Águas (DSI) instalou uma bomba no obruk para fornecer água potável para a comunidade local.

Assentamentos e estruturas

A região de Konya era habitada antes de 7.500 AC. Uma das maiores e mais antigas comunidades neolíticas conhecidas, o assentamento de Catalhoyuk, onde a agricultura foi praticada pela primeira vez.

Está situado a 50 km a sudeste de Konya. Embora apenas parcialmente escavado, o assentamento cobre uma área de 15 acres e apresenta evidências de sofisticado planejamento urbano, arte e edifícios cerimoniais.

A atividade humana ao redor do lago data da época do Império Seljúcida. Sendo a única fonte de água da zona, deu nome ao povoado que se situa nas proximidades do lago: a aldeia de Obruk.

As ruínas de uma pousada, a Obruk Han, estão situadas a 30 m do lago. O caravançarai foi provavelmente construído durante na era bizantina (c.1245–1250 d.C.) e permaneceu em operação sob o domínio otomano. 

As dimensões do edifício são indicativas da importância do local como palco da Rota da Seda. É um sitio Ramsar. O sumidouro continua a atrair turismo nacional e internacional por ser atualmente o maior sumidouro da Turquia.

Ondas eletromagnéticas são perigosas?


 

Depende! Ondas eletromagnéticas são ondas de energia elétrica e magnética movendo-se juntas pelo espaço. Elas fazem parte do nosso dia a dia, pois estamos continuamente recebendo esse tipo de radiação.

Algumas são inofensivas aos seres vivos, mas outras merecem atenção. Há vários tipos de ondas eletromagnéticas, as quais diferem entre si pelo comprimento e frequência.

Ondas eletromagnéticas longas, como as de rádio - ver figura, não são consideradas prejudiciais aos sistemas biológicos. Por outro, as ondas mais curtas e de maior frequência (e energia) do espectro eletromagnético podem ser prejudiciais.

Ondas mais curtas que o ultravioleta, como o raio X e o raio gama (γ), são altamente deletérias. Tais ondas têm muita energia e podem arrancar elétrons dos átomos (processo conhecido como ionização).

Uma vez que os elétrons dos átomos são removidos, várias moléculas presentes nas células são modificadas, incluindo o DNA (que constitui o nosso material genético).

Daí o enorme perigo desse tipo de radiação, pois mudanças no DNA torna o ser humano mais propenso ao câncer. As ondas ultravioletas, embora não ionizam os átomos, podem romper as ligações de algumas moléculas.

Os danos de moléculas das nossas células causam queimaduras, e o nosso material genético (DNA) também pode ser danificado por essas ondas! Assim, o excesso de exposição ao ultravioleta (em horas mais quentes do dia) aumenta o risco de câncer de pele.

Ondas mais longas que o ultravioleta não removem os elétrons, nem rompem ligações interatômicas, mas podem fazer vibrar uma molécula. É o caso das ondas de luz visível, do infravermelho e das micro-ondas.

Por isso, podemos usar o aparelho de micro-ondas sem preocupação para aquecer a nossa comida. As micro-ondas geradas pelo aparelho apenas fazem vibrar as moléculas de água, aquecendo assim o alimento.

Elas não ionizam e nem quebram ligações moleculares, deixando o DNA de suas células perfeitamente intacto!

Referencias: https://www.cdc.gov/nceh/radiation/spectrum.html

quinta-feira, janeiro 04, 2024

A obsolescência do homem


 

Foi em 1956 que o filósofo judeu alemão Günther Anders escreveu está reflexão:

′′Para sufocar antecipadamente qualquer revolta, não deve ser feito de forma violenta. Métodos arcaicos como os de Adolf Hitler estão visivelmente ultrapassados.

Basta criar um condicionamento coletivo tão poderoso que a própria ideia de revolta já nem virá à mente dos homens. O ideal seria formatar os indivíduos desde o nascimento limitando suas habilidades biológicas inatas...

Em seguida, o acondicionamento continuará reduzindo drasticamente o nível e a qualidade da educação, reduzindo-a para uma forma de inserção profissional.

Um indivíduo inculto tem apenas um horizonte de pensamento limitado e quanto mais seu pensamento está limitado a preocupações materiais, medíocres, menos ele pode se revoltar.

É necessário que o acesso ao conhecimento se torne cada vez mais difícil e elitista... que o fosso se cave entre o povo e a ciência, que a informação dirigida ao público em geral seja anestesiada de conteúdo subversivo.

Especialmente sem filosofia. Mais uma vez, há que usar persuasão e não violência direta: transmitir-se-á maciçamente, através da televisão, entretenimento imbecil, bajulando sempre o emocional, o instintivo.

Vamos ocupar as mentes com o que é fútil e lúdico. É bom com conversa fiada e música incessante, evitar que a mente se interrogue, pense, reflita. Vamos colocar a sexualidade na primeira fila dos interesses humanos.

Como anestesia social, não há nada melhor. Geralmente, vamos banir a seriedade da existência, virar escárnio tudo o que tem um valor elevado, manter uma constante apologia à leveza; de modo que a euforia da publicidade, do consumo se tornem o padrão da felicidade humana e o modelo da liberdade.

Assim, o condicionamento produzirá tal integração, que o único medo (que será necessário manter) será o de ser excluído do sistema e, portanto, de não poder mais acessar as condições materiais necessárias para a felicidade.

O homem em massa, assim produzido, deve ser tratado como o que é: um produto, um bezerro, e deve ser vigiado como deve ser um rebanho. Tudo o que permite adormecer sua lucidez, sua mente crítica é socialmente boa, o que arriscaria despertá-la deve ser combatido, ridicularizado, sufocado...

Qualquer doutrina que ponha em causa o sistema deve ser designado como subversiva e terrorista e, em seguida, aqueles que a apoiam devem ser tratados como tal ′′

Günther Anders - ′′A obsolescência do homem′′ 1956". Pela via do Velho Gato.