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sábado, fevereiro 25, 2023

Geração de ferro

Está Morrendo a geração de ferro, para dar passagem à geração de cristal.

Está morrendo a geração que sem estudos educou seus filhos.

Aquela que, apesar da falta de tudo, nunca permitiu que faltasse o indispensável em casa.

Aquela que ensinou valores, começando por amor e respeito.

As pessoas que ensinavam aos homens o valor de uma mulher, e às mulheres o respeito pelos homens.

Estão morrendo os que podiam viver com poucos luxos sem se sentir frustrados com isso.

Aqueles que trabalharam desde tenra idade e ensinaram o valor das coisas, não o preço.

Morrem os que passaram por mil dificuldades e sem desistir nos ensinaram a viver com dignidade.

Aqueles que depois de uma vida de sacrifícios e agruras vão com as mãos enrugadas, mas a testa erguida.

A geração que nos ensinou a viver sem medo está morrendo.

Ela está morrendo, a geração que nos deu a vida.

 
Celso Santana


Albinos na África

Em algumas regiões da África é comum a mutilação de albinos, porque acredita-se que partes de seus corpos têm poder curativo.

Alguns ainda usam partes de seus corpos para prática de magia, no leste do continente propriamente os albinos são mutilados.

Nascer albino tem decidido o destino trágico de dezenas de africanos de países do leste do continente, que estão sendo perseguidos e caçados pelo mercado livre.

Segundo o Daily Mail, partes dos corpos dos albinos são vendidas no mercado negro para serem usadas em rituais de magia.

Curandeiros pagam até US$ 75 mil para o conjunto completo de partes do corpo de albinos, de acordo com um relatório da Cruz Vermelha.

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os ataques contra albinos, cujas partes dos corpos são altamente valorizadas em rituais de bruxaria e podem alcançar altos preços, têm sido registrados desde agosto em seis países no sul e leste do continente africano.

Na África do Sul, o corpo de uma jovem albina foi encontrado em uma cova rasa sem a maior parte dos órgãos e da pele.

Um albino de 56 anos do Quênia morreu depois que partes do seu corpo foram arrancadas em um ataque, disse a ONU.

Ataques contra pessoas albinas na África têm aumentado com a proximidade de eleições em vários países africanos à medida que políticos recorrem a bruxos para aumentar suas chances de vencerem nas urnas.

O que tens a dizer?

Lembre-se sempre que: Palavras mudaram o mundo 

Tribo bento África


 

Categorizações sociais

Vivemos uma era em que as pessoas sentem necessidade de se definirem. Tudo precisa de um nome, de um rótulo.  Todos precisam escolher lados, escolher o que serem, pois ninguém sabe quem é.

O sistema econômico exige definições profissionais com títulos e registro nos respectivos órgãos. OAB, CRC, CRM, CRP etc. É compreensível essa exigência sistêmica por questões de segurança jurídica e de relações se trabalho. Mas, outras áreas, principalmente no que se diz respeito à personalidade e identidade, estão sendo banalizadas e classificadas de forma limitada.

A necessidade de definição sexual é assustadora. É preciso dar um título: Hetero, gay, bi, trans... Não basta a experiência e prazer, seja com quem for, é preciso pertencer a um grupo. Uma área da vida que deveria ser particular tem sido exposto e provocado confusões imensas na sociedade.

As ideologias políticas são como prateleiras da verdade. Espelham a insatisfação pessoal com a vida em geral nos "lados" da política. O resultado é uma disputa de torcida superficial e meramente ilustrativa. A racionalidade é abandonada, a necessidade de se afirmar é fortalecida.

A religião é uma miscelânea de tudo isso. Os homens se destroem em nome de um ser imaginário que creem para suas regras morais. É claro que, todos são livres para acreditarem no que quiserem. A questão é: Qual o limite intersocial dessa crença?

Isso é só um esboço de pensamentos de cabeceira de cama. Talvez seja mera mecânica existencial. Talvez tudo deva ser assim mesmo. Talvez seja assim nossa evolução (ou extinção).

Lucas Abreu



sexta-feira, fevereiro 24, 2023

Crença



Durante milênios, acreditamos que somos criaturas escolhidas de deus, que estamos aqui por uma razão sobrenatural e que, portanto, estamos salvos de uma destruição final.

Esse tipo de atitude, que somos escolhidos dos deuses, protegidos por guardiões celestiais, convenientemente transfere responsabilidade que temos pela nossa sobrevivência para entidades sobrenaturais.

Ao contrário... a menos que aceitamos a fragilidade da vida na Terra e nossa solidão cósmica, jamais agiremos para preservar o que temos. E as consequências disso podem ser irreversíveis.

Marcelo Gleiser

No velório...

Precisamos aprender usar melhor essas ferramentas de comunicação que são as inúmeras redes sociais: Twitter, Facebook, Instagran, telegram etc.

Essas ferramentas aproximam pessoas que estão distantes, mas, afasta as que estão por perto.

No café da manhã, na hora do almoço e no jantar, a juventude come e tecla ao mesmo tempo, não existe mais diálogo entre as pessoas na mesma casa, não existe a interação de sentar no sofá e assistir um filme, o noticiário, a novela.

As pessoas não se olham mais, não interagem umas com as outras, no ônibus, no metro, no carro. Não estão vendo o que acontecem ao seu redor, nem quando o assaltante se aproxima para levar o seu celular e sua bolsa e/ou carteira.  

A ilustração mostra que as pessoas estão perdendo o discernimento em certas ocasiões.




quinta-feira, fevereiro 23, 2023

Eliane de Grammont - Assassinada pelo marido Lindomar Castilho


Eliane de Grammont - Assassinada pelo marido Lindomar Castilho - Eliane Aparecida de Grammont nasceu no dia 10 de agosto de 1955 na cidade de São Paulo.

Foi uma cantora e compositora, tornada célebre por ter sido vítima de feminicídio por parte de seu ex-marido Lindomar Castilho, crime este que marcou a história do país como parte da campanha de combate à violência contra a mulher.

Eliane era filha da compositora Elana de Grammont, e seus irmãos na maioria seguiram a carreira jornalística e no rádio - caso de sua irmã Helena de Grammont, jornalista da rede Globo; seu pai morrera de miocardiopatia, doença que também vitimou dois de seus irmãos.

Em 1977 Eliane conhecera na gravadora RCA o cantor de boleros LindomarCastilho, que então experimentava um grande sucesso popular, havendo vendido em um de seus LPs mais de 800 mil cópias - número bastante expressivo para a época; após dois anos de namoro se casaram em 1979.

Sua família foi contra a união, mas ela contrariou os parentes para unir-se ao cantor; também insistiu em que o casamento se desse pela separação de bens, para deixar claro que não estava com ele em razão de seu sucesso e fortuna. O cantor exigiu que ela parasse de cantar.

Durante o breve relacionamento o casal teve uma filha e, diante do abuso de álcool pelo cantor, dado a crises violentas de ciúme, episódios de agressão, separações e reconciliações, culminou com o desquite após pouco mais de um ano de casamento, em 1980.

Seis meses depois do casamento ela ainda tentou uma reconciliação, mas Lindomar exigira que ela assinasse um documento contendo dez compromissos, entre os quais pedir perdão à empregada que há anos trabalhava para ele e que fora motivo de brigas do casal.

Eliane havia descoberto que também era portadora a miocardiopatia que matara seus familiares, e ainda assim tentou retomar a carreira como cantora; foi então que recebeu o convite de Carlos Randall para se apresentar no café "Belle Époque", e com ele passou a ter um romance.

O Crime

Eliane, que interrompera a carreira com o nascimento da filha, estava há cerca de um ano separada de Castilho e se apresentava num bar da capital paulista quando o cantor a alvejou com vários tiros, atingindo ainda o músico que a acompanhava, o violonista Carlos Roberto da Silva, ferido no abdome. 

Conhecido com o nome artístico de Carlos Randall, o músico era primo do próprio Lindomar, que o levara para São Paulo em 1974; Lindomar desconfiava do envolvimento amoroso dele com sua ex-mulher, situação que foi agravada quando este também se separou da mulher. 

Após o crime, Lindomar tentou fugir, mas foi detido e espancado por populares, que o amarraram até a chegada da polícia; ferida mortalmente, Eliane chegou a ser levada a um pronto-socorro, mas ali chegou já sem vida.

No momento em que fora alvejada Eliane cantava a música de Chico Buarque, “João e Maria”, justamente no momento dos versos que diziam "Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim".

Durante o julgamento a defesa de Lindomar explorou alegações de que a vítima era uma mãe que não cumpria com as suas obrigações, além de ser uma mulher infiel e de conduta reprovável; durante o tempo em que durou, mulheres protestavam diante do tribunal pelo direito à vida, e aos poucos homens foram se juntando para provocá-las, sob o argumento de um "direito" de matar em casos de "defesa da honra" masculina. 

Através de eufemismos então em voga, seu advogado Waldir Troncoso Perez arguiu que o réu agira tomado por "violenta emoção"; na época tais crimes eram justificados com escusas como passionalidade, perda da paz ou "legítima defesa da honra". Atuou na assistência de acusação o então presidente da OAB, Márcio Thomaz bastos e cinco dos sete jurados votaram pela condenação.

Contexto histórico e cultural

Ainda em liberdade, Castilho respondeu ao júri em 1984 e mulheres se manifestavam diante do fórum; no segundo dia do julgamento muitos homens foram levados até lá (segundo relatos, contratados para tal) e passaram a jogar ovos nas manifestantes e a gritar-lhes palavras como "mulher que bota chifre tem que virar sanduíche"; no contexto social da época a impunidade era gritante, como foi o caso do artista Sérgio Malandro que, junto a outros homens, estuprara uma jovem no Rio de Janeiro e, apesar de confesso, ficou impune graças a amizades influentes, ou à canção de Sidney Magal que pregava "Se te agarro com outro / Eu te mato / Te mando algumas flores / E depois escapo"; mesmo condenado o cantor recorreu livre.

Na época o adultério era considerado um crime pelo Código Penal Brasileiro vigente, e tramitava ainda no Congresso um projeto que excluía esse tipo delituoso.

Impacto cultural e defesa da mulher

O crime, onde Lindomar alegava ter sido traído pela mulher, ganhou grande repercussão no Brasil, não somente por envolver nomes bastante conhecidos da música popular da época, como também por ter a imprensa assumido, então, importante papel na mudança da visão social dos chamados "crimes passionais", recebendo da mídia ampla cobertura.

Depois de uma missa em sua homenagem celebrada na Igreja da Consolação no dia 4 de abril de 1981, mais de mil mulheres vestidas de preto marcharam em protesto contra a violência masculina, com palavras de ordem como "Quem ama não mata", até o Cemitério do Araçá. 

Diversas instituições de luta pelos direitos da mulher surgiram em razão dos protestos contra esse feminicídio; uma delas foi o "Grupo masculino de apoio à luta das mulheres", integrado intelectuais diversos e que lançou então um "manifesto contra a barbárie".

O humorista Henfil, que apresentava um quadro chamado "TV Homem" no programa diário televisivo TV Mulher, publicava uma seção na revista hebdomadária ISTOÉ onde escrevia cartas à sua mãe e comentava fatos da semana; na edição de 8 de abril de 1981, ao comentar o fato de que policiais haviam vestido um assaltante de mulher e o fizeram assim desfilar pelas ruas, como humilhação, escreveu ironicamente: "Por que é que vestir um homem de mulher é humilhar, é desmoralizar?

Por que ser mulher é a coisa mais humilhante e desmoralizada que tem? Pior que ser cachorro, pato ou galinha? (...) Pois. É por isso que um (dois, três, mil) Lindomar Castilho tem o legítimo direito de matar a Eliane de Grammont. Ah, ele é apenas misericordioso. Quis livrar a Eliane da humilhação, da desmoralização de ser... uma mulher."

Em novembro de 1982, respondendo em liberdade pelo crime, Lindomar foi impedido por centenas de mulheres de se apresentar num show em Goiânia, com a distribuição de um panfleto que trazia uma foto dele com a esposa e a filha Liliane e os dizeres: "Eliane Gramont não vai cantar hoje. Ela está morta".

Na capital paulista, no bairro da Barra Funda, foi dado o nome "Eliane Aparecida de Grammont" a uma de suas vias já em dezembro de 1981.

"Eliane de Grammont" também é nome de rua na cidade Londrina, no Paraná.

Na capital paulista existe a Casa Eliane de Grammont, instituição estatal destinada a dar apoio psicossocial e jurídico a mulheres em situação de violência de gênero, mantida pela prefeitura de São Paulo.

Eliane de Grammont foi assassinada no dia 30 de março de 1981.



 

 

Veni, vidi, vici "Eu vim, vi e venci"

Veni, vidi, vici; traduzido para a língua portuguesa como "Vim, vi, venci") é uma frase em latim supostamente proferida pelo general e cônsul romano Júlio Cesar em 47 a.C.

César utilizou a frase numa mensagem ao senado romano descrevendo sua recente vitória sobre Fárnaces II do Ponto na Batalha de Zela. 

A frase serviu tanto para proclamar seu feito, como também para alertar os senadores de seu poder militar (Roma passava por uma guerra civil).

A frase é usada para se referir a uma rápida e indiscutível vitória. Variações da frase são frequentemente citadas e usadas na música, literatura e entretenimento.

Desde o tempo de César, a frase tem sido usada em contextos militares, como a alusão feita no século XVII pelo rei João III da Polônia que, após a Batalha de Viena, proferiu "Venimus, vidimus, deus vicit” ("Viemos, vimos, Deus venceu").


 

The Kiss - Mario Benedetti


 “A minha coisa foi um ato de justiça: roubei um beijo de você, porque você estava há meses roubando meu sono.”

Mario Benedetti

Mario Benedetti nasceu em Paso de los Toros, Uruguai no dia 14 de setembro de 1920. Foi um poeta, escritor e ensaísta uruguaio.

Integrante da Geração de 45, a qual pertencem também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre outros, é considerado um dos principais escritores uruguaios, tendo começado a carreira literária em 1949 e ganhando projeção em 1956, ao publicar Poemas de Oficina, uma de suas obras mais conhecidas. Benedetti escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.

Era filho de Brenno Benedetti e Matilde Farugia, de origem italiana, que o batizaram como Mario Orlando Hardy Hamlet Brenno Benedetti Farrugia. Devido ao trabalho do pai, a família se mudou para Tacuarembó quando Mario tinha dois anos, mas aos quatro anos de idade sua família mudou-se novamente, desta vez para Montevidéu. 

Inicia seus estudos no Colégio Alemão de Montevidéu, onde ficou até 1933. Permaneceu apenas um ano e em seguida partiu para o Liceu Miranda. Mas problemas financeiros acabam por forçar seus estudos a seguir de maneira autodidata.

Com 14 anos, começou a trabalhar em uma empresa de autopeças. Trabalhou também no comércio, trabalhou como mensageiro, empregado de imobiliária, estenógrafo e funcionário público.

Em 1938 mudou-se para Buenos Aires, na Argentina, onde permaneceu até 1941. Em 1945 passou a fazer parte da equipe de redação do semanário Marcha, de Montevidéu, onde permaneceu até 1974, ano em que o semanário foi fechado pelo governo de Juan Maria Bordaberry. Em 1953 publica Quién De Nosostros. Em 1954 foi nomeado diretor literário do semanário.

Em 17 de maio de 2009, pouco depois das 18hs, Benedetti morreu em sua casa em Montevidéu, aos 88 anos. Seu corpo foi velado no Palácio Legislativo e o governo decretou luto oficial, com um sepultamento com honras de estado.

O cortejo fúnebre foi liderado por membros da Federação de Estudantes Universitários do Uruguai e da Central de Trabajadores (PIT-CNT), entre outras personalidades e amigos do escritor, e centenas de cidadãos. Ele foi sepultado no Cemitério Central de Montevidéu.

Poucos anos após sua morte, a obra de Benedetti volta com força e ganha reconhecimento. Na Espanha, o Instituto Cervantes organizou um congresso internacional, Cien años de Mario Benedetti, realizado em Alicante em 2020. No Uruguai, a Fundação Mario Benedetti, executora de seu patrimônio intelectual, organizou uma exposição de pinturas e duas palestras sobre o autor.

quarta-feira, fevereiro 22, 2023

Te amo!


Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Por que nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Por que não pode haver nem há só uma razão para te amar.

Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga.

E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.

Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim, mas também porque não e, quem sabe, porque talvez.

E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.

Mas há mais uma: por que não pode existir outra como tu.

Joaquim Pessoa

É difícil




É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste. É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada. É difícil ser fiel, assim como é fácil se aventurar.

É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre. É difícil agradecer por hoje, assim como é fácil viver mais um dia. É difícil abrir os olhos e enxergar o que de bom a vida te deu, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.

É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo. É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar. É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.

É difícil se pôr no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo. É difícil ver o trem partindo, assim como é fácil pedir para ficar quem quer te levar.

Se você errou, peça desculpas! É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado? Se alguém errou com você, perdoa-o! É difícil perdoar?

Mas quem disse que é fácil se arrepender? Se você sente algo, diga! É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar? Se alguém reclama de você, ouça! É difícil ouvir certas coisas?

Mas quem disse que é fácil ouvir você? Se alguém te ama, ame-o! É difícil se entregar? Mas quem disse que é fácil ser feliz? Nem tudo é fácil na vida, mas com certeza nada é impossível!

Precisamos acreditar e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos sonhos em realidade!

A/D 

Estrangeiro


 

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro, e há na vida do estrangeiro uma solidão pesada e um isolamento doloroso. Sou assim levado a pensar sempre numa pátria encantada que não conheço, e a sonhar com os sortilégios de uma terra longínqua que nunca visitei.

Sou um estrangeiro para meus parentes e amigos. Quando encontro um deles, penso: 'Quem é ele? Onde o encontrei? Que me une a ele? Por que me aproximo dele e o frequento?'

Sou um estrangeiro para minha alma. Quando minha língua fala, meu ouvido estranha-lhe a voz. Quando meu Eu interior ri ou chora, ou se entusiasma, ou treme, meu outro Eu estranha o que ouve e vê, e minha alma interroga minha alma. Mas permaneço desconhecido e oculto, velado pelo nevoeiro, envolto no silêncio.

Sou um estrangeiro para meu corpo. Todas as vezes que me olho num espelho, vejo no meu rosto algo que minha alma não sente, e percebo nos meus olhos algo que minhas profundezas não reconhecem.

Khalil Gibran

Gibran Khalil Gibran nasceu em Baharri um distrito Libanês no dia 6 de janeiro de 1883. Foi um ensaísta, professor, prosador, poeta e pintor, também considerado um filósofo, embora ele mesmo rejeitou esse título, e alguns tendo-lhe descrito como liberal. 

Seus livros e escritos, de simples beleza e espiritualidade, são reconhecidos e admirados para além do mundo árabe.

Em sua relativamente curta, porém prolífica existência, pois, viveu apenas 48 anos, Khalil Gibran produziu obra literária acentuada e artisticamente marcada pelo misticismo oriental. Sua obra, acentuadamente romântica e influenciada por fontes de aparente contraste como a Bíblia, Nietzsche e William Blake, trata de temas como o amor, a amizade, a morte e a natureza, entre outros.

Escrita em inglês e árabe, expressa as inclinações religiosas e mística do autor. Sua obra mais conhecida é o livro O Profeta, originalmente publicado em inglês, pela primeira vez nos Estados Unidos em 1923, e desde então se tornou um dos livros mais vendidos de todos os tempos, tendo sido traduzido em mais de 100 idiomas. Outro livro de destaque é o Asas Partidas, em que o autor fala de sua primeira história de amor.

Nascido em uma aldeia do Mutassarifado do Monte Líbano governada por otomanos, de uma família cristã moronita, o jovem Gibran imigrou com sua mãe e irmãos para os Estados Unidos em 1895.

Como sua mãe trabalhava como costureira, ele foi matriculado em uma escola em Boston, onde suas habilidades criativas foram rapidamente percebidas por um professor que o apresentou ao Fred Holland Day. Gibran foi enviado de volta à sua terra natal por sua família aos quinze anos para se matricular no Collège de la Sagesse, em Beirute.

Retornando a Boston após a morte de sua irmã caçula, em 1902, ele perdeu o meio-irmão mais velho e a mãe no ano seguinte, aparentemente contando depois com a renda restante de sua irmã por seu trabalho em uma loja de costura por algum tempo.

Em 1904, os desenhos de Gibran foram exibidos pela primeira vez no estúdio de Day em Boston, e seu primeiro livro em árabe foi publicado em 1905 na cidade de Nova York. Com a ajuda financeira de uma recém-recebida benfeitora, Mary Haskell, Gibran estudou arte em Paris de 1908 a 1910.

Enquanto esteve lá, ele entrou em contato com pensadores políticos sírios promovendo a rebelião no Império Otomano após a Revolução dos Jovens Turcos; alguns dos escritos de Gibran, expressando as mesmas ideias, seriam eventualmente banidos pelas autoridades otomanas. 

Em 1911, Gibran se estabeleceu em Nova York, onde seu primeiro livro em inglês, O Louco, seria publicado por Alfred A. Knopf em 1918, com escritos de O Profeta ou Os Deuses da Terra também em andamento. Sua arte visual foi exibida na Montross Gallery em 1914, e nas galerias de M. Knoedler & Co., em 1917.

Ele também se correspondia notavelmente com Mary Ziadeh desde 1912. Em 1920, Gibran refundou a Liga da Caneta com outros poetas mahjari. Na época de sua morte, aos 48 anos, por cirrose e tuberculose incipiente em um pulmão, ele alcançara fama literária em "ambos os lados do Oceano Atlântico", e O Profeta já havia sido traduzido para alemão e francês.

Seu corpo foi transferido para sua aldeia natal de Bsharri (no atual Líbano), para a qual ele legou todos os futuros royalties de seus livros e onde fica agora um museu dedicado a suas obras.

Conforme as palavras de Suheil Bushrui e Joe Jenkins, a vida de Gibran foi descrita como uma "frequentemente capturada entre a rebelião nietzschiana, o panteísmo blakeano e o misticismo sufi”. Gibran discutiu temas diferentes em seus escritos e explorou diversas formas literárias. Selma Khadra Jayyusi o chamou de "a influência mais importante na poesia e literatura árabes durante a primeira metade do século XX” e ele ainda é comemorado como um herói literário no Líbano.

Ao mesmo tempo, "a maioria das pinturas de Gibran expressava sua visão pessoal, incorporando simbolismo espiritual e mitológico", com a crítica de arte Alice Raphael reconhecendo no pintor um classista, cuja obra devia "mais às descobertas de Da Vinci do que a qualquer insurgente moderno" Seu "prodigioso corpo da obra" foi descrito como "um legado artístico para pessoas de todas as nações"

Gibran faleceu em Nova Iorque de cirrose e tuberculose no dia 10 de abril de 1931.

terça-feira, fevereiro 21, 2023

Um dia após o meu suicídio


 

Um dia após o meu suicídio, eu me apaixonei pelo meu marido ao vê-lo chorando no chão do meu quarto, abraçando minha camiseta suja de sangue com minhas fotos espalhadas ao seu redor. Eu vi tanto amor em seus olhos!

Um dia após o meu suicídio, eu senti o quanto meus pais me amavam, por mais que muitas vezes eles fossem durões. Em meio a tanta tristeza, eles falavam com os olhos cheios de lágrimas o quanto sentiam orgulho de mim e o quanto eu era sensível com o próximo! 

Um dia após o meu suicídio, vi que o Zé Bob (meu cachorro) era mais incrível do que eu podia imaginar. Toda vez que alguém saia do elevador, ele corria para a porta esperando por mim e, ao ver que não era eu, ele deitava na frente da porta e continuava a me esperar!

Um dia após o meu suicídio, eu me encantei pelos meus irmãos ao vê-los sentados na sala com os olhos cheios de lágrimas. Eles lembravam das vezes em que brincávamos na nossa linda infância... Que época boa!

Um dia após o meu suicídio, eu senti o quanto era querida e amada por aquele grande amigo. Ele estava olhando nossas fotos juntos, e lembrando de todos os nossos momentos! Ele chorava por não ter me encontrado todas vezes que insisti.

Um dia após o meu suicídio, senti que era importante para muitos amigos. Eles estavam se culpando por não terem feito nada. 

Já de noite, fui até o necrotério encontrar o meu corpo. Aquilo me incomodou. Olhei para mim e disse: Tantos sonhos que tínhamos. Tantos amores. Tanta gente para conhecer. Você tinha pessoas que te amavam e mesmo assim, jogou tudo para o alto.

Graças a Deus, isso foi só um sonho. Você pode ler isso! Você ainda está aqui e pode mudar a sua vida para sempre.

Ela não é tão ruim como parece. Existem pessoas que te amam, que te querem por perto! Dê mais uma chance para a vida e as pessoas que estão ao seu lado. Existe cura para a dor, se abra com alguém. Você já superou tantas coisas, tente mais uma!

Saiba que você não está sozinho (a)! Procure um profissional que possa ajudar você. Vai ficar tudo bem!