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sábado, setembro 09, 2023

Elisabeth Fritzl foi durante 24 anos abusada pelo pai Josef Fritz


 

Elisabeth Fritzl foi durante 24 anos abusada pelo pai Josef Fritz - Elisabeth Fritzl nasceu em 8 de abril de 1966, na Áustria é uma mulher que foi mantida pelo seu pai, Josef Fritz, durante 24 anos confinada a um bunker construído no porão da casa da família, em Amstetten, e por ele abusada sexualmente.

Elisabeth teve sete filhos, todos gerados pelo pai, enquanto viveu em cativeiro. Uma das crianças faleceu alguns dias após nascer e teve o corpo incinerado. Ela teria sido estuprada pela primeira vez pelo pai quando tinha apenas onze anos de idade.

Acabou conseguindo a liberdade em maio de 2008, aos 42 anos, quando uma de suas filhas teve que ser levada ao hospital, onde teve a chance de contar à Polícia o que estava acontecendo.

O crime chocou o país, a Europa, bem como o mundo todo, tendo sido reportado pela Globo do Brasil, BBC, Metro, entre outros. "Chocou o planeta", escreveu O Globo em março de 2019.

O Crime

Quando Elizabeth tinha 17 anos, com a desculpa de que precisava de ajuda para instalar uma porta, Josef pediu à filha que descesse até o porão. Lá, drogou-a e acorrentou-a. Depois, obrigou Elizabeth a escrever uma carta para os pais, dizendo que havia fugido para seguir uma seita e pedindo que não a procurassem.

No início, o pai abusava da filha acorrentada em troca de comida. Depois, Josef passou a dar maior mobilidade dentro do cativeiro, que sofreu ampliações ao longo dos anos.

Desses abusos resultaram sete gestações, tendo havido, porém, uma criança, um dos gêmeos que teve em sua quarta gravidez, que faleceu apenas 3 dias após seu nascimento.

O corpo da criança foi alegadamente incinerado pelo próprio Josef Fritzl. Seis filhos sobreviveram e três deles foram adotados pelo próprio agressor. Para isso, Josef forçava sua filha a escrever cartas pedindo aos pais que criassem essas crianças.

Apesar de existirem registros de uma condenação de Fritzl por abuso sexual nos anos 60, seu cadastro estava limpo na época da adoção.

O crime foi descoberto após a filha mais velha de Elizabeth, Kestin, adoecer gravemente e precisar ir para o hospital com urgência. Os médicos quiseram localizar os familiares para conhecer o histórico clínico da jovem, visto que está deu entrada em coma.

A Comunicação Social fez um apelo e como o raptor tinha posto uma televisão no cativeiro, Elizabeth ouviu o pedido e percebeu que podia ser a sua chance.

Convenceu o pai a levá-la ao hospital e, após conseguir a garantia policial de que ia ser protegida, contou a situação em que se encontrava aos médicos e posteriormente às autoridades, encerrando seu cárcere de 25 anos.

À Polícia, ela declarou que enquanto esteve cativa recebeu apenas roupas e alimentos do pai e que sua mãe, Rosemarie, não tinha culpa de nada. Elizabeth Fritzl recebeu alta do hospital no dia 29 de dezembro de 2008, onde também seus filhos receberam atendimento e passaram por exames.

Prisão e Condenação de Josef

Josef foi condenado em março de 2009 à prisão perpétua pelos crimes de sequestro, estupro, homicídio (do filho morto) por negligência, incesto, entre outros. Apesar da resistência do início, ele confessou todos os seus crimes.

Elisabeth, para ser poupada de depor na frente de seu agressor, gravou um vídeo de mais ou menos 11 horas em que conta tudo o que passou nos anos de cativeiro. Esse depoimento foi transmitido aos poucos durante o julgamento do pai estuprador.

Nele, inclusive, Elisabeth relata que sofria abusos desde que tinha 11 anos. Alguns membros da imprensa dizem que Elisabeth esteve presente no julgamento disfarçada e que, ao ser avistada pelo pai, este confessou todos os crimes.

Novas Identidades

Para não serem reconhecidos e poderem iniciar uma nova vida, Elizabeth e seus filhos receberam novas identidades. Eles estariam vivendo numa cidade a cerca de 100 km de Amstetten, em documentos oficiais citada apenas como "Vilarejo X". "É muito importante que eles sejam deixados em paz", disse o médico que atendeu a família no hospital.

Dez anos após o crime

Em março de 2019, O Globo, citando o jornal austríaco Osterreich, disse que Josef continuava preso, mas aos 83 anos estaria sofrendo de demência. O jornal também noticiou que Elisabeth estaria casada, que sua filha mais velha, Kerstin, então com 29 anos, estaria namorando; Stefan, de 28, planejaria ser marinheiro mercante e outro dos filhos trabalharia na Câmara Municipal de Amstetten.

Josef, conhecido também como o Monstro de Amstetten, poderá ganhar a liberdade após cumprir 15 anos de prisão em regime fechado. Estará então com 88 anos de idade. 


Sou todo coração


 

Galgai-me com vossos amores! Doravante não sou mais dono de meu coração! Nos demais - eu sei, qualquer um o sabe! O coração tem domicílio no peito. Comigo a anatomia ficou louca. Sou todo coração - em todas as partes palpita.

(Vladímir Maiakovski)

Vladimir Vladimirovitch Maiakovski nasce em Baghadati, Império Russo no dia 19 de julho de 1893, também chamado de "o poeta da Revolução", foi um poeta, dramaturgo e teórico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do século XX.

Início de vida

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky nasceu e passou a infância na aldeia de Baghdati. Lá cursou o ginásio e, após a morte súbita do pai, a família ficou na miséria e transferiu-se para Moscou, onde Vladimir continuou seus estudos.

Fortemente impressionado pelo movimento revolucionário russo e impregnado desde cedo de obras socialistas, ingressou aos quinze anos na organização bolchevique do Partido Social-Democrático Operário Russo.

Detido em duas ocasiões, foi solto por falta de provas, mas em 1909-1910 passou onze meses na prisão. Entrou na Escola de Belas Artes, onde se encontrou com David Burliuk, que foi o grande incentivador de sua iniciação poética.

Os dois amigos fizeram parte do grupo fundador do assim chamado cubo-futurismo russo, ao lado de Khlebnikov, Kamiênski e outros. Foram expulsos da Escola de Belas Artes. Procurando difundir suas concepções artísticas, realizaram viagens pela Rússia.

Após a Revolução de Outubro, todo o grupo manifestou sua adesão ao novo regime. Durante a Guerra Civil, Mayakovsky se dedicou a desenhos e legendas para cartazes de propaganda e, no início da consolidação do novo Estado, exaltou campanhas sanitárias, fez publicidade de produtos diversos, etc.

Fundou em 1923 a revista LEF (de Liévi Front, Frente de Esquerda), que reuniu a “esquerda das artes”, isto é, os escritores e artistas que pretendiam aliar a forma revolucionária a um conteúdo de renovação social.

Fez numerosas viagens pelo país, aparecendo diante de vastos auditórios para os quais lia os seus versos. Viajou também pela Europa Ocidental, México e Estados Unidos.

Entrou frequentemente em choque com os "burocratas" e com os que pretendiam reduzir a poesia a fórmulas simplistas. Foi homem de grandes paixões, arrebatado e lírico, épico e satírico ao mesmo tempo. Era fanático pela equipe de futebol Spartak Moscou.

Oficialmente, suicidou-se com um tiro em 14 de abril 1930, sem que isto tivesse relação alguma com sua atividade literária e social. 

Tal fato tem sido questionado, pois na época o poeta estaria sendo pressionado pelos programas oficiais que desejavam instaurar uma literatura simplista e dita realista, dirigidos por Vlatcheslav Molotov, que teria perseguido antigos poetas revolucionários como Maiakovski. 

Em vista disso, aponta-se a possibilidade real de um suicídio forjado por motivos políticos.  

sexta-feira, setembro 08, 2023

Sinéad O'Connor - Cantora


 

Sinéad O'Connor foi uma cantora e compositora Irlandesa. Em 2017, O'Connor mudou de nome para Magda Davitt. No ano seguinte, converteu-se ao islamismo, mudando uma vez mais de nome, desta vez para Shuhada' Sadaqat. Todavia, continuava a gravando músicas e se apresentava com o seu nome de nascimento.

Início de Vida

Sinéad Marie Bernadette O'Connor era filha de um engenheiro, e mais tarde advogado, Sean O'Connor e de Marie O'Connor. É a terceira filha, de entre cinco irmãos.

Teve a vida marcada por reveses que moldaram a sua personalidade e marcaram-na para sempre. Tendo sofrido abusos\ na infância, tentou o suicídio e afirmou ser homossexual no meio da conturbada carreira.

No final dos anos 1990, o bispo Michael Cox da Igreja Católica Ortodoxa Irlandesa e Apostólica (um grupo católico independente que não está em comunhão com a Igreja Católica Romana) ordenou O'Connor como sacerdote.

A Igreja Católica considera a ordenação de mulheres inválida e afirma que uma pessoa que tenta o sacramento da ordenação de uma mulher incorre em excomunhão.

O bispo a contatou para oferecer a ordenação após sua aparição no Late Late Show da RTÉ, durante o qual ela disse ao apresentador, Gay Byrne, que se ela não fosse cantora, gostaria de ter sido um padre católico.

Depois de sua ordenação, ela indicou que desejava ser chamada de Madre Bernadete Maria.

Destacou-se pela voz doce, e ao mesmo tempo rebelde, e cabeça raspada, a sua marca registada por muitos anos. Estreou na música em 1987, com o álbum The Lion and the Cobra, dedicado à mãe que havia falecido a pouco tempo.

Conseguiu apresentar-se em diversos países da Europa e nos Estados Unidos, ganhando grande visibilidade.

Foi apenas com o segundo trabalho, I Do Not Want I Haven’t Got de 1990, que Sinéad ficou internacionalmente famosa.

A canção "Nothing Compares 2 U" composta originalmente por Prince, levou o álbum à primeira posição dos mais vendidos em vários países e rendeu-lhe diversos prêmios.



Também em 1990, participou do show que deu origem ao DVD Roger Waters The Wall Live in Berlin, cantando Mother.

Dois anos depois chegou Am I Not Your Girl? onde a cantora interpretou algumas músicas de sucesso como “Don’t Cry For Me, Argentina" e "Gloomy Sunday".

Na época, foi novamente notícia internacional, mas desta vez, por rasgar uma fotografia do papa João Paulo II em protesto aos abusos sexuais cometidos por clérigos e membros da Igreja Católica, num dos programas com mais audiência dos EUA, o Saturday Night Live. Numa das muitas entrevistas sobre essa ação, Sinead conta:

“Muitas pessoas não entenderam o protesto. Eu sabia que a minha ação poderia causar problemas, mas queria forçar uma conversa onde houve a necessidade de uma [...] Tudo o que eu lamentava era que as pessoas pensassem que eu não acreditava em Deus. Isso não é verdade. Sou católica de nascimento e seria a primeira à porta da igreja se o Vaticano oferecesse reconciliação sincera.”

A atitude foi reprovada por diversas autoridades e Sinéad ficou com uma imagem negativa em muitas cidades, chegando até a ser vaiada num show em tributo a Bob Dylan.

Sinead ficou com medo da atitude das pessoas e chegou até a doar a sua casa de 800 mil dólares para a Cruz Vermelha.

Em 1994 ela lançou o álbum Universal Mother que incluía a faixa "Fire On Babylon" que acaba por ser o grande destaque uma vez que fala de abuso sexual infantil.

Engajada politicamente, grava Gospel Oak contendo seis músicas dedicadas ao povo do Ruanda, in Israel e aos próprios irlandeses.

Após alguns anos de silêncio, lançou Faith and Courage, no ano de 2000, que foi produzido pelo ex-Eurythmics Dave Stewart. A cantora anunciou que se converteu a Igreja Trindade Latino, da Irlanda, e passa a dedicar grande parte de sua vida à religião.

Sinéad O’Connor anunciou que iria deixar os palcos e o show business para cuidar mais do seu espírito e da sua família. Já tinha anunciado o seu afastamento outras vezes, mas não cumpriu a promessa. No final de 2011 lança o álbum intitulado "Home".

Em outubro de 2018 anunciou que se converteu ao islamismo, e também mudou de nome. A partir de então, passou a chamar-se Shuhada' Davitt.




Em novembro de 2018 afirmou: "O que estou prestes a dizer é algo tão racista que nunca pensei que a minha alma pudesse senti-lo. Mas, sinceramente, nunca mais quero estar perto de pessoas brancas (se é assim que os não muçulmanos são chamados). Em momento nenhum, por razão nenhuma. São nojentas".

Em setembro de 2019, acusou Prince de ter batido em várias mulheres e de a ter tentado agredir.

O'Connor faleceu em 26 de julho de 2023, aos 56 anos de idade, em sua casa em Londres. A polícia local a encontrou inconsciente em sua casa e afirmou que não se tratou de uma morte suspeita.

Vida Privada

Sinéad foi casada quatro vezes, sendo o seu primeiro marido o produtor musical e baterista John Reynolds. Teve quatro filhos, cada um de pais diferentes; três meninos e uma menina. Só um dos filhos nasceu de um dos seus casamentos.

Em 8 de dezembro de 2011 casou com Barry Herridge, passados 16 dias anunciou que iria se divorciar; posteriormente começaram a namorar novamente e a viver em casas separadas. O filho mais velho de Sinéad, Jake Reynolds foi pai em julho de 2015.

Em janeiro de 2022 o seu filho Shane de 17 anos, fruto da relação terminada com Donal Lunny foi encontrado morto. Ele teria cometido suicídio após fugir de um hospital onde estava internado para tratar um quadro de depressão.


 

Reconstruindo o Mundo



O pai estava tentando ler o jornal, mas o filho pequeno não parava de perturbá-lo.

Já cansado com aquilo, arrancou uma folha - que mostrava o mapa do mundo. Cortou-a em vários pedaços, e entregou-a ao filho.

“Pronto, aí tem algo para você fazer. Eu acabo de lhe dar um mapa do mundo, e quero ver se você consegue montá-lo exatamente como é”.

Voltou a ler seu jornal, sabendo que aquilo ia manter o menino ocupado pelo resto do dia.

Quinze minutos depois, porém, o garoto voltou com o mapa.

“Sua mãe andou lhe ensinando geografia?”, perguntou o pai, aturdido.

“Nem sei o que é isso”, respondeu o menino. “Acontece que, do outro lado da folha, estava o retrato de um homem. E, uma vez que eu consegui reconstruir o homem, eu também reconstruí o mundo”.

 Paulo Coelho - Fotos ilustração: Terremoto Haiti

quinta-feira, setembro 07, 2023

Charlton Heston


 

Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, nasceu em Evanston, Illinois no dia 4 de outubro de 1923. Foi um ator e ativista político norte-americano notabilizado no cinema por papéis heroicos em superproduções da era de ouro de Hollywood.

Interpretou Moisés em Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, George Taylor de Planeta dos Macacos, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo e Robert Neville em A Última Esperança da Terra.

Charlton Heston, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto.

Na escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a universidade.

Em 1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e se casou com uma colega de faculdade.

Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra.

Já usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.

Morreu em 5 de abril de 2008 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos do Mal de Alzheimer.

Grandes estrelas de Hollywood como a sua amiga Olivia de Havilland, o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, Keith Carradine, dentre outros, compareceram a seu funeral para dar-lhe o último adeus. 

Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos estados Unidos.

Carreira no cinema

Em 1952, o filme O Maior Espetáculo da Terra, superprodução de Cecil B. DeMille ambientada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema.

A partir dali seu porte ereto, sua altura e o perfil musculoso, lhe dariam os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema norte-americano.

Os Dez Mandamentos (filme de 1956), marcou sua imagem como Moisés e a partir dele todos os grandes papéis heroicos e históricos encontraram Heston para representá-los.

Nos anos 50 e 60, ele filmou sucessos como 55 Dias em Pequim, El Cid, Agonia e Êxtase e Bem-Hur (1959), entre outros, recebendo o Oscar de melhor ator pelo último, um dos onze recebidos pelo filme, que se manteve solitariamente como o mais premiado pela Academia em todos os tempos até ser igualado em 1997 por Titanic e em 2003 por O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.

Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade, mostrando sua capacidade de trabalhos mais artísticos em filmes menores.

A virada dos anos 60 para os 70 veria os últimos sucessos de público, e alguns de crítica, de Heston, já então quase um cinquentão e com a imagem ligada aos anos 50, numa época em que a contracultura e uma nova linguagem tomavam conta do cinema, trazendo com ela atores mais jovens para os principais filmes como Warren Beatty, Dustin Hoffman, Robert Redford.

Filmes de ficção cientifica e de grandes desastres, então em moda no cinema, ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: O Planeta dos Macacos (1968), A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974).

A partir daí os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar em papéis coadjuvante/secundários e pequenas aparições.

Sua imensa popularidade nos Estados Unidos, porém não diminuiu, e ele fez diversos papéis nos anos seguintes em filmes para TV e atuou em diversos filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema.

Em 2001, fez sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho macaco pai do vilão do novo filme.


quarta-feira, setembro 06, 2023

Chiara “Luce” Badano



Chiara Badano conhecida como Beata Chiara Luce, foi uma jovem adolescente italiana que atualmente está em processo de ser declarada santa pela Igreja Católica. 

Aos nove anos ingressou no Movimento dos Focolares e recebeu o apelido de “Luce” da fundadora Chiara Lubich. Quando tinha 16 anos, foi diagnosticada com osteossarcoma, um câncer ósseo doloroso.

Badano sucumbiu ao câncer em 7 de outubro de 1990, após uma batalha de dois anos contra a doença. Foi beatificada em 25 de setembro de 2010 no Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor, em Roma. Sua festa é celebrada em 29 de outubro.

Infância

Chiara Badano nasceu em 29 de outubro de 1971, filha de Ruggero e Maria Teresa Badano, na pequena aldeia de Sassello, Itália. O casal esperou e rezou onze anos para ter Chiara.

Eles a consideravam sua maior bênção. Enquanto Ruggero trabalhava como caminhoneiro, Maria Teresa ficou em casa para criar a filha. Badano cresceu com uma relação forte e saudável com os pais, mas nem sempre os obedecia e ocasionalmente brigava com eles.

Um dia, Badano tirou uma maçã de uma árvore no pomar de um vizinho; sua mãe mais tarde relatou o evento:

“Uma tarde, Chiara voltou para casa com uma linda maçã vermelha. Eu perguntei a ela de onde veio. Ela respondeu que o havia tirado do pomar do nosso vizinho sem pedir sua permissão. Expliquei a ela que ela sempre tinha que pedir antes de pegar qualquer coisa e que ela tinha que levar de volta e pedir desculpas ao nosso vizinho. Ela estava relutante em fazer isso porque estava muito envergonhada. Eu disse a ela que era muito mais importante confessar do que comer uma maçã. Então Chiara levou a maçã para a nossa vizinha e explicou tudo para ela. Naquela noite, a mulher trouxe uma caixa inteira de maçãs dizendo que naquele dia Chiara havia aprendido algo muito importante.”

Movimento dos Focolares

Badano participou de seu primeiro encontro do Movimento dos Focolares em setembro de 1980; ela tinha apenas 9 anos. Este grupo, especialmente sua fundadora Chiara Lubich, teve um impacto profundo na vida de Badano.

O grupo focou na imagem de Cristo abandonado como forma de superar os tempos difíceis. Badano escreveu mais tarde: “Descobri que Jesus abandonado é a chave para a unidade com Deus e quero escolhê-lo como meu único esposo. Quero estar pronto para recebê-lo quando ele vier. Para preferi-lo acima de tudo.”

Embora Badano fosse uma estudante meticulosa, ela teve dificuldades na escola e até foi reprovada no primeiro ano do ensino médio. Era frequentemente provocada na escola por suas fortes crenças e recebeu o apelido de “irmã”.




 Badano fez vários bons amigos, muitas vezes saindo tarde para tomar café com eles. Gostava dos passatempos normais da adolescência, como ouvir música pop, dançar e cantar. Badano também era uma ávida jogadora de tênis e gostava de caminhadas e natação.

No verão de 1988, quando tinha 16 anos, Badano viveu uma experiência transformadora em Roma com o Movimento dos Focolares. Ela escreveu aos pais:

“Este é um momento muito importante para mim: é um encontro com Jesus Abandonado. Não foi fácil abraçar este sofrimento, mas esta manhã Chiara Lubich explicou às crianças que têm de ser esposas de Jesus Abandonado.” 

Depois dessa viagem, começou a corresponder-se regularmente com Lubich. Ela então perguntou por seu novo nome, pois isso seria o início de uma nova vida para ela. Lubich deu a ela o nome de Chiara Luce.

Era uma espécie de trocadilho, pois em italiano “Chiara” é um nome comum para meninas, tirado, por exemplo, do nome de Clara de Assis, mas também é uma palavra comum que significa “claro”.

“Luce” é ocasionalmente encontrado como nome de menina na Itália, embora seja mais secular do que religioso, e também é uma palavra comum que significa “luz”. Portanto, “Chiara Luce” significa “luz clara”. Lubich escreveu a Badano que “seu rosto luminoso mostra seu amor por Jesus”, razão pela qual ela lhe deu o nome de Luce.

Doença

No verão de 1988, Badano sentiu uma pontada de dor no ombro enquanto jogava tênis. A princípio ela não pensou nada a respeito, mas quando a dor continuou presente, foi submetida a uma série de testes.

Os médicos então descobriram que ela tinha uma forma rara e dolorosa de câncer ósseo, o osteossarcoma. Em resposta, Badano declarou simplesmente: “É para você, Jesus; se você quiser, eu também quero”.

Durante todo o processo de tratamento, Badano recusou-se a tomar morfina para que pudesse ficar atenta. Ela sentiu que era importante conhecer sua doença e dor para que pudesse oferecer seus sofrimentos.

Ela disse: “Isso reduz minha lucidez e só há uma coisa que posso fazer agora: oferecer meu sofrimento a Jesus porque quero compartilhar o máximo possível em seus sofrimentos na cruz.” 

Durante sua estadia no hospital, aproveitava para fazer caminhadas com outro paciente que estava sofrendo de depressão. Essas caminhadas foram benéficas para os outros paciente, mas causaram grande dor a Badano.

Seus pais muitas vezes a incentivavam a ficar e descansar, mas ela simplesmente respondia: “Vou conseguir dormir mais tarde.”

Um de seus médicos, Antônio Delogu, disse: “Por meio de seu sorriso e de seus olhos brilhantes, ela nos mostrou que a morte não existe; só a vida existe”. Uma amiga do Movimento dos Focolares disse: “No início pensamos em visitá-la para mantê-la animada, mas logo percebemos que, de fato, éramos nós que precisávamos dela. Sua vida era como um ímã que nos atraía para ela.”

Badano manteve seu ânimo, mesmo quando a forte quimioterapia fez seu cabelo cair. Quando uma mecha de seu cabelo caía, Badano simplesmente a oferecia a Deus, dizendo: “Por você, Jesus”. 

Ela também doou todas as suas economias para uma amiga que estava realizando o trabalho missionário na África. Ela escreveu a ela: “Não preciso mais desse dinheiro. Eu tenho tudo.”

Para ajudar a preparar seus pais para a vida após sua morte, Badano fez reservas para o jantar do Dia dos Namorados depois que eles se recusaram a deixar sua cabeceira. Ela também ordenou que eles não voltassem antes da meia-noite.

Ela também escreveu: “Santo Natal de 1990. Obrigado por tudo. Feliz Ano Novo”, em um cartão de Natal e escondeu-o entre alguns em branco para sua mãe encontrar depois.

Durante um doloroso procedimento médico, Badano foi visitada por uma senhora: “Quando os médicos começaram a realizar este pequeno, mas bastante exigente procedimento, apareceu uma senhora com um sorriso muito bonito e luminoso. 

Ela veio até mim e me pegou pela mão, e seu toque me encheu de coragem. Da mesma forma que ela chegou, ela desapareceu, e eu não podia mais vê-la. Mas meu coração se encheu de uma alegria imensa e todo o medo me deixou. Naquele momento entendi que se estamos sempre prontos para tudo, Deus nos envia muitos sinais de seu amor.”

A fé e o espírito de Badano nunca diminuíram, mesmo depois que o câncer a deixou incapaz de andar e uma tomografia computadorizada mostrou que qualquer esperança de remissão se foi. Em resposta, ela simplesmente disse: “Se eu tivesse que escolher entre andar novamente e ir para o céu, não hesitaria.

Eu escolheria o céu.” Em 19 de julho de 1989, Badano quase morreu de hemorragia. Sua fé não vacilou quando disse: “Não derrame nenhuma lágrima por mim. Eu estou indo para Jesus. No meu funeral, não quero que as pessoas chorem, mas cantem de todo o coração.”

O cardeal Saldarini, arcebispo de Turim, Itália, ouviu falar da doença de Badano e visitou-a no hospital. Ele perguntou a ela: “A luz em seus olhos é esplêndida. De onde isso vem?” Chiara respondeu simplesmente: “Tento amar Jesus tanto quanto posso”.

Antes de morrer, ela disse à mãe: “Oh, mamãe, jovens... jovens ... eles são o futuro. Veja, não posso correr mais, mas gostaria de passar a tocha para eles, como nas Olimpíadas! Os jovens têm apenas uma vida e vale a pena vivê-la bem.”

Quando Badano percebeu que não iria melhorar, ela começou a planejar seu “casamento” (seu funeral) com sua mãe. Ela escolheu a música, canções, flores e as leituras para a missa. 

Ela queria ser enterrada com seu “vestido de noiva”, um vestido branco com cintura rosa, porque sua morte permitiria que ela se tornasse a noiva de Cristo. Ela disse à mãe: “Quando você estiver me preparando, mãe, você precisa ficar dizendo para si mesma: ‘Chiara Luce agora está vendo Jesus’”

Morte

Durante suas horas finais, Badano fez sua confissão final e recebeu a Eucaristia. Ela pediu à família e aos amigos que orassem com ela: “Venha, Espírito Santo”.

Chiara Badano morreu às 4 horas da madrugada de 7 de outubro de 1990, com os pais ao lado de sua cama. Suas palavras finais foram: “Tchau, mãe, seja feliz, porque eu sou.” Duas mil pessoas compareceram ao seu funeral; o prefeito de Sassello fechou a cidade para que as pessoas pudessem comparecer.

Beatificação

A causa de santidade de Badano foi promovida por Livio Maritano, o bispo emérito de Accqui Terme, Itália, no início de 1999. Foi por meio desse processo que ela foi declarada “Venerável” em 3 de julho de 2008. 

Em dezembro de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu o milagre de um jovem italiano cujos pais intercederam a Badano para curá-lo de uma meningite que estava destruindo seus órgãos. Seus médicos não conseguiram explicar clinicamente sua cura repentina.

Chiara Badano foi declarada “Beata” na Igreja Católica em 25 de setembro de 2010, no Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor, em Roma. Milhares de pessoas compareceram ao evento.

O Arcebispo Ângelo Amato, chefe da Congregação do Vaticano para as Causas dos Santos, disse que Badano foi um grande exemplo de como a curta vida dos jovens pode ser vivida em grande santidade e “hoje há pessoas virtuosas, que em família, em escola, na sociedade, não desperdice suas vidas.” A festa de Chiara Badano é celebrada em 29 de outubro.


 

Embriagado


 

É preciso estar sempre embriagado. Isso é tudo: é a única questão. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que lhe quebra os ombros e o curva para o chão, é preciso embriagar-se sem perdão.

Mas de que? De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser. Mas embriague-se.

E se às vezes, nos degraus de um palácio, na grama verde de um fosso, na solidão triste do seu quarto, você acorda, a embriaguez já diminuída ou desaparecida.

Pergunte ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala.

Pergunte que horas são e o vento, a onda, a estrela, o pássaro, o relógio lhe responderão: “É hora de embriagar-se!

Para não ser o escravo mártir do Tempo, embriague-se; embriague-se sem parar! De vinho, de poesia ou de virtude, como quiser”.

 Charles Baudelaire

Ilha de Kalsoy e Sua Triste Lenda


 

Uma lenda muito triste conta que na ilha de Kalsoy ou "ilha dos homens", uma das mais remotas e desoladas do arquipélago das Ilhas Faroé, na Dinamarca, está ligada ao Selkie (selo) Kópakonan.

Em um passado muito distante, acreditava-se na ilha que quem morria de morte violenta ou por suicídio se transformava em foca. No entanto, uma vez por ano, eles poderiam retornar aos humanos para comemorar com alegria até o nascer do sol, quando retornariam às focas.

Um dia, na Ilha Kalsoy, um jovem fazendeiro foi à praia, curioso para ver as focas que se tornavam humanas novamente e dançavam. Durante a dança, o homem tirou o manto de uma das jovens focas que assim não pôde mais voltar ao mar.

A mulher, graças ao seu olfato animal, procurou o fazendeiro que havia roubado seu manto, mas que, apesar de seus apelos, não quis devolvê-lo e obrigou a menina a se casar com ele.

Tiveram filhos, mas o fazendeiro sempre guardou a chave do baú com ele, bem amarrada ao cinto, até o dia em que, no barco, percebeu que a havia esquecido em casa.

Ele correu de volta para casa, mas a mulher já havia desaparecido e voltou para o mar. A partir desse dia, o fazendeiro nunca mais a viu.

No entanto, quando ele saiu para o mar para pescar, uma foca de olhos brilhantes pairava constantemente em torno de seu barco e a pesca era sempre muito boa.

Da mesma forma, quando seus filhos caminhavam na praia, uma foca aparecia a poucos metros da praia, acompanhando-os, como se os acompanhasse em seu caminho. Apesar do amor por seus entes queridos, a mulher pertencia ao mar.

Em agosto de 2015, na aldeia de Mikladalur, uma bela estátua dedicada a Kópakonan foi erguida na costa em aço inoxidável e bronze, com 2,6 metros de altura e pesando 450 quilos.

Imponente e sólido, é capaz de suportar ondas de até treze metros de altura. A obra é do escultor faroense Hans Pauli Olse - 24 de agosto de 1957