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sábado, fevereiro 03, 2024

Romell Broom


 

Romell Broom foi um cidadão americano nascido no dia 04 de junho de 1956. Preso por assassinato, sequestro e estupro. Foi condenado em 1984 pelo rapto e morte de Tryna Middleton de 14 anos que estava indo a um jogo de futebol americano em East Cleveland (Ohio).

Em 2003 Bromm recebeu uma oferta do estado de Ohio para realizar um teste de DNA para provar sua inocência, no entanto, o resultado não o inocentou. 

A audiência de clemência conclui que "o resultado do DNA não indica uma combinação exata, porém indica a probabilidade de Broom não ser o doador é de 1 em 2.3 milhões.

Cabe ressaltar que oito ou nove homens negros no país teriam o mesmo perfil." Broom pediu um novo teste de DNA independente e uma mudança de equipe de advogados.

Broom também possui condenações por roubo, roubo qualificado e quatro sequestros de crianças do sexo masculino. Ele também possui uma condenação em separado pelo estupro de uma menina.

Execução abortada

A execução de Broom estava agendada para o dia 15 de setembro de 2009. Entretanto, a equipe responsável por conduzir a execução tentou por duas horas estabilizar um acesso intravenoso por onde seria administrada a injeção letal, antes do governador de Ohio, Ted Strickland autorizasse o adiamento por uma semana a execução. 

Os advogados de Broom argumentam que a primeira tentativa de execução foi uma punição cruel e incomum e que executá-lo significaria que seu depoimento seria perdido, prejudicando assim a ação judicial que questiona a constitucionalidade do procedimento da injeção letal em Ohio. 

O juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos, Gregory L. Frost, marcou para 30 de novembro de 2009 a audiência e desde fevereiro de 2011 Broom aguarda o resultado de um recurso. 

A Anistia Internacional iniciou uma campanha para informar ao público sobre a falha na tentativa de execução. Também existe um documentário sobre o caso chamado: "The Second Execution of Romell Broom" de Michael Verhoeyen e o próprio Romell Broom conta sua história através do e-book "Survivor on Death Row”.

Broom morreu em 28 de dezembro de 2020, aos 64 anos.

Quem Inventou a Roda?


 

Dada a complexidade, o mecanismo com uma "roda encaixada num eixo" para um sistema de transporte deve ter sido desenvolvido de uma só vez. Um Invento único, cerca de 5.500 anos atrás.

Inicialmente a roda não foi usada diretamente para transporte, mas para outras funções, como modelar cerâmica, diversão, ou moer alimentos. Os vestígios de roda para usos anteriores ao transporte são mais antigos. ​

​9500–6500 a.C.: Neolítico acerâmico;

6500–4500 a.C.: Neolítico cerâmico (Halaf);

4500 a.C.: invenção da roda de oleiro, início da Idade do Cobre (período de Ubaid);

4500–3300 a.C.: Idade do Cobre, primeiros veículos com roda, domesticação do cavalo;

3300–2200 a.C.: Idade do Bronze;

2200–1550 a.C.: Idade do Bronze, invenção da biga.

A evidência mais antiga especificamente de transporte com rodas é entre 5.100 e 5.300 anos atrás - na cidade de Uruk, Mesopotâmia.

Mas o processo de Aprendizagem foi longo. Artefatos circulares com formato de roda encontrados em registros históricos demonstram um longo processo de aprendizagem e desenvolvimento. Objetos circulares em formato de roda são encontrados em pinturas rupestres que remontam há 40 mil anos.

No entanto, a roda com uma estrutura montada num eixo para fins de transporte aparece nos registros arqueológicos há 5500 anos atrás, em gravuras de cerâmica.

Duas regiões no mundo disputam a primazia de ter inventado a roda como meio de transporte, a Mesopotâmia, na região do atual Iraque, e Eurásia, entre a Polônia e Alemanha e Dinamarca.

À mão ou a pé as primeiras rodas foram usadas em uma atividade que durante milhares de anos tinha sido central na expressão da criatividade humana: a cerâmica. Tudo começou com os tornos, que eram acionados pelas mãos ou pés dos oleiros.

Alguns séculos depois, em algum momento na metade de 3.000 a.C., passaram-se a usar, a partir dos tornos, o princípio do volante de motor, usando a energia acumulada da pesada pedra para acelerar o processo. Refinar essa ideia de modo a torná-la peça fundamental para movimentar um veículo levou tempo. Tamanha sutileza só foi alcançada com a evolução das ferramentas.

Para que as rodas pudessem girar livremente sem fricção, a cavidade no centro delas, bem como as extremidades do eixo, tinham que ser perfeitamente redondas e suaves.

Mas não foi só isso. O eixo tinha que ter um encaixe perfeito, pois se estivesse muito frouxo, as rodas cambaleariam. Por outro lado, se estivesse muito apertado, as rodas não se movimentariam.

O tamanho do eixo também não poderia ser muito grosso porque isso gerava muita fricção. Tampouco muito fino, porque poderia quebrar. "Em um veículo projetado para transportar cargas pesadas, um eixo curto de diâmetro pequeno e de encaixe apertado fazia sentido e os primeiros veículos de carga tinham apenas 1 metro de largura", explica Anthony.

Para o especialista, o sistema era tão complicado que não deve ter se desenvolvido em fases: a hipótese é de que a estrutura foi desenvolvida de uma só vez.' Explosão de evidências

'Não sabemos exatamente onde ou tampouco nunca saberemos efetivamente quem o inventou primeiro. Mas, segundo evidências arqueológicas, a roda começou a ser usada rapidamente na Eurásia e no Oriente Médio. “Há uma explosão de evidências arqueológicas de veículos com rodas a partir de 3,4 mil a.C.", diz Anthony.

As primeiras imagens de veículos de rodas que foram encontradas decoram uma vasilha de cerâmica que data de 3.500 a 3.350 a.C. Trata-se dos Trichterbecker, que habitavam a região hoje formada por Polônia, Alemanha Oriental e sul da Dinamarca.

Essa região disputa com a Mesopotâmia (atual Iraque) o título de berço da roda. Modelos tridimensionais de carroças de cerâmica com quatro rodas foram desenterrados em meio a tumbas dos Baden no leste da Hungria e datam de 3.300 a 3100 a.C.

Já na Rússia e na Ucrânia, debaixo de túmulos, foram descobertos cerca de 250 veículos de carga entre 3.000 a 2.000 a.C.

Fontes: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41795604

Anthony, David A. (2007). The horse, the wheel, and language: how Bronze-Age riders from the Eurasian steppes shaped the modern world. Princeton, N.J: Princeton Unive.

Jürgen Stroop – O Carniceiro do Levante do Gueto de Varsóvia


 

Jürgen Stroop (nascido Josef) nasceu em Detmold, Alemanha no dia 26 de setembro de 1895. Foi um SS-Gruppenfuhrer das Waffen-SS nazista e comandante responsável pela repressão ao Levante do Gueto de Varsóvia, ocorrido em agosto de 1943 na capital da Polônia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial.

Stroop era filho de um policial e com apenas uma educação elementar foi trabalhar como aprendiz num cartório de registro de terras em sua cidade natal de Detmold até a Primeira Guerra Mundial.

Durante a guerra se alistou no exército alemão aonde chegou à patente de sargento, voltando ao seu trabalho anterior ao fim do conflito. Passando a integrar a SS em 1932, Stroop serviu em diversas funções antes da Segunda Guerra chegando ao posto de SS-Standartenführer em 1938.

Com a invasão da Polônia no ano seguinte, ele comandou a SS na cidade de Gniezno. Em maio de 1941, por razões ideológicas, mudaria seu nome de Josef (o nome de Stalin) para Jürgen.

Em abril de 1943, Heinrich Himmler entregou a Stroop, agora SS-Gruppenführer, o comando das SS e da polícia na cidade de Varsóvia. Um veterano da Primeira Guerra, Stroop tinha estado envolvido em operações contra guerrilheiros soviéticos na Ucrânia e possuía experiência em contra insurgência.

Em agosto, ele entraria para a história num dos mais celebres episódios da guerra, quando comandou a repressão nazista ao Levante do Gueto de Varsóvia, onde milhares de judeus poloneses se insurgiram de armas na mão contra as condições de fome, opressão e lento extermínio em que viviam e foram aniquilados pelas tropas das SS, enquanto velhos, mulheres e crianças foram deportados para os campos de concentração.

Após um início de combates em que os alemães foram surpreendidos pela forte resistência armada dos judeus, sendo obrigados a recuar, Stroop invadiu o gueto com artilharia, canhões e milhares de soldados, explodindo e demolindo edifícios, casas, sinagogas e colocando fogo em todo o complexo, matando todos os resistentes e deportando os sobreviventes.

Depois de demolir completamente o gueto transformando-o em terra arrasada, enviou um relatório a Himmler, comunicando que o “Gueto de Varsóvia não mais existe”. Este documento, conhecido como “Relatório Stroop”, seria usado contra ele no Julgamento de Nuremberg.

Após este episódio brutal de demonstração de força, Stroop foi transferido para a Grécia como comandante SS e chefe de polícia, mas seus métodos eram tão violentos que a administração local se recusou a colaborar com ele, proibindo a polícia de cooperar com as tropas alemães o que causou sua transferência para a área do Reno até o fim da guerra.

Ao fim da guerra, Stroop foi preso pelos Aliados e transferido de volta para a Polônia, onde foi julgado e condenado como genocida e criminoso de guerra, sendo executado em Varsóvia em 6 de março de 1952.

Enquanto esperava a execução na prisão, Stroop foi ironicamente colocado na mesma cela que Kazimierz Moczarski, um ex-combatente da resistência polonesa em Varsóvia que sobreviveu à guerra e agora era um prisioneiro político do governo comunista da Polônia; das conversas trocadas entre os dois, Moczarski escreveria o livro Conversas com um Carrasco ("Rozmowy z katem")


sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Os Navios Vikings


 

Os navios Vikings eram embarcações construídas e usadas pelos Vikings durante a Era Viking (de 800 a 1050). Os dois principais tipos de barcos eram o knarr de transporte comercial e o lanskip de guerra, havendo ainda a destacar dois outros tipos – o karve e a snacka.

A par dos achados arqueológicos, existem imagens da época, assim como fontes escritas e reconstruções modernas, que nos dão uma ideia de como eram os navios da era dos vikings.

Os navios eram abertos, com casco trincado, e movidos a remos e a vela quadrada. Tinham uma série de aberturas nos dois lados para os remos, e o leme era constituído por um remo, colocado lateralmente no bordo de sotavento. 

Em termos gerais, eram embarcações com casco esguio para usar remos, largura suficiente para navegação estável e pouco peso para poderem ser transportados à mão pela tripulação.

Foram encontrados vários navios vikings, em diferentes estados de conservação. Como complemento informativo, foram também feitos modelos e construídas réplicas modernas desses navios.

Entre os barcos encontrados, estão: O barco de Oseberga e o barco de Gokstad, na Noruega, o barco de Askekarr, na Suécia, os barcos de Skuldelev, na Dinamarca e o barco de Lapuri, na Finlândia.

O historiador romano Tácito forneceu no século I uma descrição detalhada dos navios usados pelos Suiones da Escandinávia. No entanto, existem muito poucas imagens de barcos vikings, estando estas principalmente gravadas em pedras dos séculos VII e VIII, na ilha sueca da Groelândia.

Devido à riqueza dos detalhes essas imagens dão uma informação preciosa sobre estes navios. Na tapeçaria de Overhogdal, confeccionada na Suécia por volta do ano 1000, existem quatro ou cinco imagens de navios vikings, bordadas a lã sobre um fundo de linho. 

Na tapeçaria de Bayeux, feita na Inglaterra por volta de 1070, existem igualmente imagens de navios basicamente vikings. Existem várias referências e textos escritos islandeses medievais, com destaque para a descrição do navio Ormen Långe do rei Olay Tryggvason, da autoria de Snorr Sturtuson, e para a listagem de tipos de navios vikings.


Revolta de Nica ou Nice


 

Revolta de Nica ou Nice aconteceu no ano de 532 no Hipódromo de Constantinopla, durando cerca de uma semana até que fosse contida pelo Imperador Justiniano I. Eclodiu porque houve uma dúvida sobre qual dos cavalos vencera a corrida. 

Nice era o cavalo pelo qual a população torcia, e chegara quase empatado com outro concorrente, o da equipe do Imperador. Consultado para resolver o dilema, Justiniano declarou que o vencedor era o seu cavalo.

A plebe, enfurecida, rebelou-se e começou uma discussão entre as várias classes sociais. A revolta, de fato, não se deu simplesmente por causa do resultado de uma corrida de cavalos, mas sim por uma série de motivos que já estavam acontecendo há muitos anos e incomodavam a população.

A fome, a falta de moradia e, sobretudo, os altos impostos eram os maiores motivos de revolta. Em Constantinopla existiam organizações desportivas rivais, que defendiam suas cores no hipódromo, onde a rivalidade desportiva refletia divergências sociais, políticas e religiosas.

Eram os Verdes, os Azuis, os Brancos e os Vermelhos. Esses grupos haviam-se transformado em "partidos políticos". Os Azuis reuniam representantes dos grandes proprietários rurais e da ortodoxia da igreja Romana.

Já os Verdes, em matéria política, eram partidários da democracia pura ou anárquica, e incluíam em suas fileiras altos funcionários nativos das províncias orientais, comerciantes, artesãos e adeptos da doutrina monofisita (que queria ver em Jesus Cristo apenas a natureza divina), condenada pelo Concílio de Calcedônia.

Até então os imperadores tinham tentado enfraquecer um grupo, apoiando o outro. Justiniano recusou essa solução, provocando a união dos Verdes e Azuis, que se rebelaram. A rebelião se propagou rapidamente por toda a capital e ganhou grandes proporções.

A população queria uma diminuição dos altos impostos cobrados. Aos gritos de nica! (quer dizer "Vitória"), os rebeldes massacraram a guarda real e dominaram quase toda a cidade, proclamando um novo imperador. Como descreve Auguste Bailly, a população atacou os edifícios que por sua majestade ou riqueza lhe pareciam simbolizar a ordem social que queria abater.

Assim foi incendiada quase totalmente a Igreja de Santa Sofia, e o Palácio Imperial sofreu grandes devastações. Diante da gravidade da situação, Justiniano ameaçou deixar o trono, mas foi aconselhado por sua mulher Teodora, a qual disse:

“Ainda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, César, foges. Tens dinheiro, teus navios estão prontos e o mar aberto. Eu, porém, ficarei. Gosto desta velha máxima: a púrpura é uma bela mortalha.”

 

Diante disso, Justiniano decidiu reagir e encarregou o general Belisário de cercar o hipódromo e aniquilar os revoltosos. A revolta foi rapidamente reprimida pelo general que, ao lado de seu exército, degolou cerca de trinta mil pessoas. Com a oposição controlada, Justiniano pôde, a partir de então, reinar como um autocrata.


Mapa do palácio do hipódromo de Constantinopla, onde ocorreu a revolta

O Levante do Gueto de Varsóvia


 

O Levante do Gueto de Varsóvia foi um ato de resistência no Gueto de Varsóvia, na Polônia em 1943, contra ocupação nazi alemã. Nesse período já se tinham dado os transportes da maioria dos habitantes do gueto.

Cerca de 300 mil das 380 mil pessoas no gueto tinham sido levadas para o campo de extermínio de Treblinka onde foram assassinadas imediatamente após a sua chegada, no final do verão de 1942.

Os restantes dos habitantes do gueto sabiam agora o que os esperava e muitos deles preferiam morrer lutando, em vez de morrer numa câmara de gás. A revolta foi esmagada pelo Grupperfuhrer da SS Jurgen Stoop (então apenas Brigadefuhrer).

Antecedentes

Na Alemanha, o nazismo chega ao poder. Adolf Hitler possuía a ambição de retomar os territórios perdidos durante a Primeira Guerra Mundial. De tal forma, em 1º de setembro de 1939, o Führer ordenou a invasão à Polônia.

Em pouco tempo, no dia 27 de setembro, a cidade de Varsóvia foi tomada. O Exército Vermelho (União Soviética) aproveitou para invadir na porção ocidental do território beligerante, conforme previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop.

Após o fato, vários países declararam guerra à Alemanha nazista, incluindo a França e Reino Unido. Logo, os nazistas (antissemitas) perseguiriam os judeus, formando vários guetos - um deles era o Gueto de Varsóvia.

Inicio

Entre julho e setembro de 1942, levas de deportações removeram mais de 300 mil judeus para o campo de concentração de Treblinka - local do assassinato de judeus. Reduzido a 60 mil pessoas - em sua maioria homens e mulheres ainda saudáveis, já que idosos e crianças foram enviados para a morte em Treblinka e a fome ceifou os restantes -, preferiram organizar uma resistência do que morrer em Treblinka.

Formada a Organização da Luta Judaica (Zydowska Organizacja Bojowa, cuja sigla é ZOB) e a União Militar Judaica (Żydowski Związek Wojskowy, cuja sigla é ZZW), trataram de formar uma resistência. O primeiro conflito ocorreu em 18 de janeiro de 1943, quando vários batalhões da SS marcharam rumo ao gueto, mas foram atacados, sendo obrigados retirada. 

Os combatentes judeus tiveram algum sucesso: os transportes pararam após 4 dias e as duas organizações de resistência, a ZOB e ZZW tomaram o controle do gueto, montando vários postos de combate e operando contra colaboradores judeus.

Durante os três meses seguintes, todos os habitantes do gueto prepararam-se para aquilo que eles pensavam poder ser a luta final. Foram cavados túneis por baixo das casas, a maioria ligadas pelo sistema de esgotos e de abastecimento de água, dando acesso a zonas mais seguras de Varsóvia.



O apoio de setores fora do gueto foi limitado, mas unidades polacas da Armia Kraiowa (AK) e Gwardia Ludowa (GL) atacaram esporadicamente unidades alemãs em sentinela perto das muralhas do gueto.

Uma unidade polaca da AK, especificamente a KB sob o comando de Henryk Iwański, chegou mesmo a lutar dentro do Gueto, juntamente com ŻZW. A AK tentou por duas vezes explodir a muralha do gueto, mas sem muito sucesso.

Em 21 de janeiro de 1943, realizaram a primeira ação na Rua Niska. Liderados por Mordechai Anielewicz, formaram uma trincheira e empreenderam um ataque a soldados nazistas. Doze soldados alemães morreram. A ZOB também se revoltou contra a Polícia Judaica, formada por membros da própria comunidade e controlado pelos nazistas.

A resistência não era capaz de libertar o gueto ou destruir o aparelho nazista local. A ZOB possuía o objetivo de uma morte digna, que não fosse aquela reservada em Treblinka, num misto de orgulho e esperança. Heinrich Himmler ordenou ao general Jungen Stoop que extinguisse o Gueto de Varsóvia até, no máximo, em meados de fevereiro.

Esmagamento da revolta

A batalha final começou na noite da páscoa judaica, no domingo 19 de abril de 1943. 3 mil homens nazistas confrontaram a resistência de 1,5 mil moradores. Os partisans judaicos dispararam e atiraram granadas contra patrulhas alemãs a partir de becos, esgotos, janelas.

Os nazis responderam detonando as casas bloco por bloco e cercando e matando todos os judeus que podiam capturar. De acordo com relatos, verificava-se cheiro de cadáveres nas ruas, das bombas incendiárias e mulheres saltando dos andares superiores dos prédios com crianças nos braços.

Em 8 de maio, os rebeldes foram cercados. Alguns deles, preferiram o suicídio do que ser levado a campos de extermínio. Às 20 horas e 15 minutos do dia 16 de maio, finalmente considerou-se o fim do levante com a destruição da sinagoga do gueto, então em ruínas.

Após as revoltas, o gueto tornou-se o local onde os prisioneiros e reféns polacos eram executados pelos alemães. Mais tarde, foi criado um campo de concentração na área do gueto. Chamava-se KL Warschau. Durante a revolta de Varsóvia que se seguiu, a unidade AK polaca "Zoska" conseguiu salvar 380 judeus do campo de concentração e a maioria deles juntou-se à AK.

Por vezes é feita confusão entre a revolta no gueto de Varsóvia de 1943 com a revolta de Varsóvia de 1944. São eventos separados no tempo e tinham objetivos diferentes.

O primeiro, no gueto, era uma opção desesperada pela morte em combate, por pessoas que sabiam que a morte os esperava num campo de extermínio, com a escolha feita no último momento, quando ainda havia a força para combater.

A segunda revolta foi o resultado de ação coordenada. No entanto, também houve ligações entre os eventos. Alguns dos combatentes da revolta do gueto tomaram parte nas lutas posteriores. A brutalidade das forças nazis foi semelhante nos dois casos. Alguns dos líderes da revolta de Varsóvia tomaram inspiração nos combates do gueto.


quinta-feira, fevereiro 01, 2024

O Oásis de Huacachina


 

Huacachina é uma vila no sudoeste do Peru, construída em torno de um pequeno oásis cercado por dunas de areia. Está localizada na província de Ica, a cerca de cinco quilômetros da cidade de Ica, no distrito de Ica. 

O oásis está representado na parte de trás da nota de 50 do Nuevo Sol. Huacachina tem uma população permanente de cerca de 100 pessoas, embora hospede muitas dezenas de milhares de turistas a cada ano.

Huacachina foi construída em torno de um pequeno lago natural no deserto. Chamado de "oásis da América", ela serve como um resort para famílias locais da cidade vizinha de Ica e cada vez mais como uma atração para turistas atraídos pelos esportes de sandboard e passeios de bugre em dunas de areia que se estendem várias centenas de metros de altura.

Uma lenda local diz que a lagoa foi criada quando uma bela princesa nativa foi presa durante um banho por um jovem caçador. Ela fugiu, deixando a piscina de água em que ela se banhava tornar-se a lagoa.

As dobras de seu manto, que se contorciam atrás dela enquanto ela corria, tornaram-se as dunas de areia ao redor da lagoa. E a própria mulher viveria no oásis como uma sereia.

Proprietários privados próximos ao oásis instalaram poços, o que reduziu o nível de água no oásis. Para compensar esta perda de água e preservar o oásis como um destino esteticamente agradável para os turistas, a cidade iniciou um processo artificial de bombeamento de água para o oásis.


Hieróglifo ou hieroglifo e Hierático e o significado


 

Hieróglifo ou hieroglifo ("escrita sagrada") é como foram chamados cada um dos caracteres usados como escrita no Egito Antigo. As escritas logográficas que são pictográficas na forma de modo a lembrar o antigo egípcio, são às vezes também chamadas de "hieróglifos".

Hierático (escrita sacerdotal) é a qualidade relativa às coisas sacerdotais, sagradas ou religiosas. Na arte, o hieratismo é estilo que obedece aos parâmetros religiosos do tema sempre com acentuada majestade e rigidez.

Na literatura, diz hierática a escrita de difícil compreensão porque destinada ao leitor iniciado ou da classe sacerdotal.

A escrita hierática no Antigo Egito permitia aos escribas escrever rapidamente, simplificando os hieróglifos quando o faziam em papiros, estando intimamente relacionada com a escrita hieroglífica.

Ao longo de quase quatro milênios, a língua egípcia antiga sofreu algumas variações gramaticais e de vocabulário, mas manteve-se basicamente com a mesma estrutura.

No entanto, sua forma de escrita mudou, tendo tido, em um primeiro momento, apenas a escrita hieroglífica, mas surgido depois uma versão mais rápida chamada de escrita hieroglífica manuscrita e só posteriormente que foi desenvolvida a escrita hierática e, por último, a escrita demófica.

No entanto, uma escrita não substituiu a outra, tendo coexistido ao longo dos séculos, como, por exemplo, na Pedra de Roseta, onde a escrita demótica e hieroglífica na mesma estela permitiu o início da decifração do egípcio antigo.

O egiptólogo Georg Moller caracteriza a escrita hierática como uma simplificação dos hieróglifos utilizada a partir do Império Novo, criada inicialmente para textos não religiosos e somente posteriormente para todos os tipos de textos.

Por isso o termo grego γράμματα ἱερατικά não é considerado adequado por ele, mas dado os séculos de uso dessa terminologia, já não caberia mais mudar o nome da escrita hierática.

Os Hoplitas


 

Hoplita era, na Era Clássica da Grécia antiga, um cidadão-soldado de infantaria pesada. Seu nome provém do grande escudo levado para as batalhas: o hóplon. O hoplita era o principal soldado grego da antiguidade.

Sua armadura era composta de elmo, couraça (peito de armas), escudo e cnêmides. Carregavam uma longa lança ou pique de 2,5 m geralmente, e uma espada curta para combates de curta distância.

Os exércitos de hoplitas lutavam corpo a corpo em densas colunas, formação da falange, com a ponta das lanças de várias fileiras se projetando para fora da formação golpeando na altura do peito.

Apresentavam um formidável bloco de lanças sustentado acima dos ombros. Na batalha, eles avançavam sobre o inimigo como se fossem uma parede de escudos, golpeando com suas lanças sobre os escudos.

Os homens posicionados na parte de trás empurravam os que estavam na frente e golpeavam sobre eles. Essas aterrorizantes batalhas corpo a corpo normalmente eram curtas, mas fatais.

Lutar em curta distância nessa formação requeria treinamento e disciplina que se tornaram um estilo de vida. Antes da ascensão dos hoplitas, a maioria das batalhas envolvendo exércitos consistia em arco e flecha e posicionamento.

O s gregos tornaram a guerra pessoal e intensa e os hoplitas, então os melhores soldados de infantaria do mundo, dominaram os campos de batalha antigos durante séculos até serem suplantados pelos mais flexíveis e funcionais legionários romanos.


quarta-feira, janeiro 31, 2024

O Parque Arqueológico do Solstício


 

O Parque Arqueológico do Solstício, localizado no interior do município de Calçoene, no litoral norte do estado brasileiro do Amapá, é um sítio arqueológico de arte rupeste de interesse histórico e turístico conhecido por abrigar o Observatório Astronômico de Calçoene.

O sítio, já conhecido pela comunidade científica desde os anos 1950 constitui-se de pelo menos 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina. Supõe-se que tenha sido construído como um antigo observatório astronômico pelos antigos povos indígenas que habitavam a região. 

O círculo megalítico tem 30 m de diâmetro, com pedras de granito com até 4 m de comprimento. Assemelha-se a um outro círculo megalítico encontrado na Guiana Francesa, cuja datação indica ter mais de 2 000 anos de idade. 

Provavelmente foi construído há mais de mil anos, e usado por pelo menos 300 anos. O círculo de Calçoene foi apelidado de "Stonehenge do Amapá", numa referência a Stonehenge, na Inglaterra. As escavações no local, executadas por arqueólogos, estão sendo feitas desde 2006.





Baseando-se nas características de fragmentos cerâmicos encontrados nas redondezas do sítio arqueológico, arqueologistas estimam que a idade do mesmo esteja entre 500 e 2 000 anos.

Um dos blocos de pedra do círculo megalítico foi posicionado de maneira que o Sol, durante o solstício de inverno do hemisfério norte, que ocorre em torno do dia 21 de dezembro, fique a pino sobre este, de maneira que sua sombra desapareça. Além disso, o posicionamento desta rocha é tal que a projeção de sombras durante todo o dia é diminuta.

É este alinhamento de um dos blocos de rocha com o solstício de dezembro que levou os arqueologistas a acreditar que o local tenha sido no passado um observatório astronômico, e que ao observar o círculo megalítico de Calçoene está na verdade a contemplar os resquícios de uma cultura avançada.

 

Razões políticas na Reforma Protestante



A Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero, embora tenha sido motivada primeiramente por razões religiosas, também foi impulsionada por razões políticas e sociais.

Os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Romana e governantes das monarquias europeias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do papa, muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis;

Práticas como a usura eram condenadas pela ética católica romana; assim, a burguesia capitalista que desejava altos lucros econômicos, sentir-se-ia mais "confortável" se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei (Reforma 3:28) (Sola fide).

Algumas causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja romana e de ver-se livre da tributação papal que, apesar de defender a simplicidade, era a instituição mais rica do mundo. 

Também no Sacro Império, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam as terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras.

Durante a Reforma no Sacro Império, as autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e até assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por religiosos com formação luterana.

Lutero era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por Thomas Munzer, que provocou a Guerra dos Camponeses.

Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada. Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina, motivo pelo qual eles romperam. 

Lutero escreveu posteriormente: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".