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sábado, maio 20, 2023

Joana d'Arc - A Guerreira Francesa Acusada de Bruxaria


Joana d’Arc é uma das coisas inexplicáveis da Igreja Católica.

Joana d'Arc - A Guerreira Francesa Acusada de Bruxaria - Considerada uma heroína na França por ter combatido ativamente na Guerra dos Cem Anos.

A jovem camponesa dizia que recebia visões divinas do Arcanjo Miguel, de Santa Catarina e da Santa Margarida que doutrinaram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra.

O não coroado Carlos VII enviou Joana junto com um exército para tentar resolver o Cerco de Orleães. Após apenas nove dias de ação, a batalha terminou com um resultado favorável aos franceses e Orleães foi libertada, elevando assim à reputação de Joana a condição de heroína da França perante o povo da França.

E não parou de conquistar uma serie de conquistas militares para o exército de Carlos VII o que livrou a França do domínio da Inglaterra, o que permitiu a coroação como rei na catedral de Reims. Como resultado, a moral da população francesa melhorou e a maré da Guerra dos Cem Anos começou a virar em favor dos franceses.

Contudo, após o fracasso do Cerco de Paris, a notoriedade de Joana d’Arc entre os nobres franceses diminuiu e ela foi presa em 23 de maio de 1430 em compiègne pelos Borguinhões, grupo de franceses traidores que apoiavam os ingleses.

Joana d’Arc foi entregue ao governo da Inglaterra. Os ingleses colocaram nas mãos bispo Pierre Cauchon o julgamento de Joana e diversas acusações foram jogadas sobre ela de cunho religioso. Veja que quem vai julgar é a própria igreja e claro: foi declarada culpada e sentenciada a morte na fogueira.

Aos 19 anos de idade, no dia 30 de maio de 1431, foi executada. Contudo, sua morte a elevou aos status de mártir, aumentando assim, o patriotismo francês contra os ingleses.

Agora vem o mais ridículo.

O Papa Calisto III em 1456 autorizou um tribunal inquisitorial para examinar o seu julgamento e esmiuçando suas acusações e proclamando sua inocência, formalmente declarando Joana d’Arc como mártir da igreja.

Usada como símbolo pela Liga católica no século XVI contra os protestantes e, em 1803 Joana d’Arc foi oficialmente declarada como símbolo nacional da França pela decisão de Napoleão Bonaparte. Foi beatificada em 1909 e canonizada em 1920 pelo Vaticano.

Perceberam como funcionam todas as coisas da igreja católica?

A igreja condena e mais tardiamente inocenta, beatifica e canoniza.

Joana d’Arc permanece uma figura popular no país e pelo mundo, sendo retratada em inúmeras peças de literatura, pinturas, esculturas e outras formas de arte, sendo figura central no trabalho de vários escritores, artistas, cineastas e compositores famosos.

Joana d'Arc é atualmente um dos nove padroeiros da França

Joana d’Arc – Morte e Pós-Morte

Na praça do velho mercado (Place Du Vieux Marché) em Ruão às nove horas da manhã do dia 30 de maio de 1431, Joana d’Arc foi queimada viva com apenas dezenove anos.

Antes Joana havia sido declarada heroína francesa ao combater os ingleses na Guerra dos Cem Anos, que na verdade demorou 116 anos.

Entrou na praça cheia de expectadores e foi colocada na plataforma montada para sua execução. Antes havia-se confessado com Jean Totmouille e Martin Ladvenu que administraram os sacramentos da Comunhão. 

Após lerem a sentença Joana d’Arc foi queimada viva.  Para que não houvesse veneração pública por parte dos franceses, suas cinzas foram jogadas no rio Sena.

A igreja a condenou à morte na fogueira e depois a fez santa.

Após a morte de Joana d'Arc

No ano de 1456, foi iniciado o processo de revisão do processo de Joana d’Arc sendo considerada inocente pelo Papa Calisto III e o processo foi considerado invalido.

Em 1909 a beatificação de Joana foi autorizada pela Igreja Católica e em 1920 ela foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Vinte anos após a condenação de sua morte na fogueira, a mãe de Joana d’Arc pediu ao Papa da época, Calisto III, que autorizasse uma comissão que numa pesquisa serena e profunda reconheceu a nulidade do processo por vício de forma e de conteúdo. 

Joana teve então sua honra reabilitada, tendo sido apagado o nome bruxa e feiticeira e ela foi reconhecida por suas virtudes heroicas provenientes de uma missão divina.

Ela foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé.

Santa Joana é sincretizada nas religiões afro-brasileiras como a orixá Obá.

Coisas da Igreja Católica.

Francisco Silva Sousa

 


Mihailo Tolotos, viveu 82 anos sem nunca ter visto uma mulher

Mihailo Tolotos, viveu 82 anos sem nunca ter visto uma mulher - Olhe pela janela por tempo suficiente e é provável que você veja uma mulher passar. Mesmo se você morasse no meio do nada, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.

E, no entanto, de alguma forma, um homem chegou aos 82 anos sem nunca ter visto uma mulher.

Definitivamente é interessante. É como saber que alienígenas realmente existem e provavelmente poderiam ser encontrados em questão de minutos, mas nunca cruzar o caminho de um. Essa é uma maneira de fazer sua imaginação correr solta.

Infelizmente, porém, nunca saberemos exatamente o que Mihailo Tolotos imaginaria quando ele se deparasse com a noção de ‘mulher’, porque ele já se foi há muito tempo.

Acredita-se que Tolotos tenha nascido em 1856, mas logo após dar à luz a ele, sua mãe faleceu e deixou Tolotos órfão.

O recém-nascido foi adotado por monges ortodoxos em um mosteiro no Monte Athos, na Grécia, e foi criado por monges que viviam no mosteiro.

À medida que crescia, Tolotos vivia de acordo com as regras estritas em vigor na área, uma das quais era que mulheres não eram permitidas. A regra existe há centenas de anos e permanece válida até hoje.




Portanto, embora fosse improvável que Tolotos encontrasse uma mulher no mosteiro, ele poderia ter se aventurado no mundo mais amplo e facilmente encontrado um membro do sexo oposto quando cresceu.

Mas ao longo de suas décadas de vida, Tolotos nunca deixou o Monte Athos. Ele aprendeu sobre a existência de mulheres por meio de colegas, bem como por meio de descrições em livros, mas nunca viu uma por si mesmo na vida real, e nem fazia questão de conhecer.

Aparentemente nunca curioso, Tolotos continuou com sua vida até 1938, quando faleceu aos 82 anos.

Para marcar seu feito bizarro de apenas ter visto homens na vida real, Tolotos recebeu um enterro especial de todos os monges que viviam no Monte Athos, que acreditavam que ele era o único homem no mundo a morrer sem saber como era uma mulher.

A morte de Tolotos foi reconhecida em um artigo de jornal que observou que as mulheres não eram a única visão de que Tolotos foi privado ao longo de sua vida.

“Nem viu um automóvel, um filme ou um avião”, diz o artigo. A notícia apareceu no jornal Edinburg Daily Courier datado de 29 de outubro de 1938

Provavelmente nunca mais haverá outro como ele.

Nota: mulheres e animais não podem entrar no Monte de acordo com uma lei de 1060 que ainda existe hoje.

Lucas R

Leia também: A Porta Pega-Gordo do mosteiro de Alcobaça





 

Idioma


Idioma é qualquer linguagem desenvolvida naturalmente pelo ser humano, de forma não premeditada, como resultado da facilidade inata para a linguagem possuída pelo intelecto humano. Vários exemplos podem ser dados como as línguas faladas e as línguas de sinais. A linguagem natural é normalmente utilizada para a comunicação.

As línguas naturais são diferentes das línguas construídas e das línguas formais, tais como a linguística computacional, a língua escrita, a linguagem animal e as linguagens usadas no estudo formal da lógica, especialmente da lógica matemática.

As línguas de sinais ou línguas gestuais são também línguas naturais, visto possuírem as mesmas propriedades características: gramática e sintaxe com dependências não locais, infinidade discreta, generatividade e criatividade. Línguas de sinais ou gestuais como a estadunidense, a francesa, a brasileira ou a portuguesa estão devidamente documentadas na literatura científica.

Línguas naturais são, grosso modo, o contrário de línguas artificiais ou construídas, como linguagens de programação de computador, assim como de sistemas de comunicação existentes na natureza, como a dança das abelhas.

Embora exista uma grande variedade de línguas naturais, qualquer criança humana normal é capaz de aprender qualquer língua natural. O estudo das línguas nos permite identificar muito sobre seu funcionamento (sintaxe, semântica, fonética, fonologia, etc.), mas também sobre como a mente e o cérebro humanos processam a linguagem.

Em termos linguísticos, a língua natural é uma expressão que apenas se aplica a uma linguagem que evoluiu naturalmente, como a fala nativa (primeira língua) de um indivíduo.

A fala, assim como outros tipos de língua natural, é formada por unidades menores (palavras) que possuem significados, e essas unidades, por sua vez, são formadas por unidades ainda menores (como vogais e consonantes). É comumente alegado que o francês, o inglês e o português falados são "línguas".

No entanto, sabemos que o inglês americano não é exatamente igual ao inglês antilhano ou britânico e, ainda, que dentro dessas regiões (como nos limites da Inglaterra) existem variedades ainda numerosas de inglês, normalmente chamadas de "dialetos".

Do ponto de vista estritamente científico, contudo, não existe um limite objetivo entre o que seriam línguas e o que seriam dialetos; como escreveu o cientista Hermann Paul, "com efeito, podemos distinguir tantas línguas quanto indivíduos". 

Portanto, quando falamos do inglês, do francês e do alemão estamos tratando de abstrações que não correspondem exatamente à realidade.

Atualmente é aceito pela academia que línguas são sistemas. Todos os elementos de uma língua estão ligados entre si a partir de uma variedade de relações. Essa compreensão das línguas foi, inicialmente, instituída por Ferdinand de Saussure.

Saussure falou das línguas como sistemas de signos onde, para cada signo linguístico, haveria um significante e uma referência (significado): seu equivalente na língua (a palavra menina) e um conceito que a língua pretende expressar (o conceito de menina).

A teorização de Noam Chomsky, segundo a qual "língua é um conjunto de sentenças (finitas ou infinitas), cada uma finita em extensão e construídas a partir de um conjunto finito de elementos", é uma das mais aceitas hoje.

Chomsky postulou a existência de uma Gramática Universal, comum a todas as línguas, que seria herdada geneticamente. 


"Eu queria aprender o idioma das árvores. Saber as canções do vento nas folhas da tarde. Eu queria apalpar os perfumes do sol."

(Manoel de Barros)

sexta-feira, maio 19, 2023

A Ciência Desvendando - Fenômenos e Não Castigos



A Ciência Desvendando - Fenômenos e Não Castigos - Os terremotos do Chile, Haiti e no Japão, os tsunamis na Indonésia e no Japão, as erupções vulcânicas, tudo isso num passado remoto, seriam atribuídos à fúria de deus, contra os pecados dos homens. 

Hoje, a ciência já está evoluída ao ponto de a maioria das questões que as religiões idealizavam como castigos divinos já foram devidamente elucidados. 

Sabemos que, chuvas, raios, trovões, arco-íris etc., são fenômenos meteorológicos que aprendemos ainda no Ensino Fundamental.

Já sabemos a verdadeira mecânica das erupções vulcânicas e dos terremotos graças à Geologia e à Física. 

Os eclipses são explicados na Astronomia desde a nossa infância.

Os deuses foram suplantados pela fenomenologia científica.

Já questões como o sentido da vida e o destino dos seres após a morte ainda são lacunas que a ciência e a filosofia da Razão ainda não conseguiram preencher.

 Reparemos que são justamente essas poderosas incógnitas que ainda mantêm as religiões fortes.

Quanto aos espíritos, jamais tivemos evidências científicas e laicas da sua existência, tudo o que há hoje de "provas" deles, são fotomontagens pseudocientíficas e relatos não confiáveis de pessoas religiosas, ou fãs de livros e filmes envolvendo essas entidades, então simplesmente desconsideramos sua existência.

Os ateus, ou pelo menos a maioria deles, consideram que o único destino que há depois da morte é o nada, a inexistência. 

Isso não impede que alguns ainda creiam que o ser pode "voltar da inexistência", voltar a existir na forma de outro ser vivo (reencarnação não espiritual de existência) em lugar qualquer do universo - ou mesmo em outra dimensão -, do mesmo jeito que nossa existência veio desse nada. 

Mas é uma questão que não dá para refutar ainda, só teremos algum esboço das primeiras ideias sobre pós-morte quando tivermos tecnologia suficiente para preservar totalmente um cadáver e induzi-lo à reanimação.

 No final, a hipótese mais lógica do pós-morte é a de que o ser vivo simplesmente deixa de existir, torna-se um nada, eternamente inconsciente. 

É a hipótese do "morreu, acabou", que nos instiga a viver melhor nossa vida, aproveitando-a ao máximo.

 Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay.

O Lobo-guará - Um animal típico do Cerrado



 

O Lobo-guará - Um animal típico do Cerrado - O lobo-guará é uma espécie de canídeo endêmico da América do Sul. Suas marcas lembram as de uma raposa, mas não é uma raposa nem um lobo.

É a única espécie do gênero Chrysocyon e provavelmente, a espécie vivente mais próxima é o cachorro-vinagre (Speothos venaticus). 

Ocorre em savanas e áreas abertas no centro do Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia, sendo um animal típico do Cerrado.

Foi extinto em parte de sua ocorrência ao sul, mas ainda deve ocorrer no Uruguai. No dia 29 de julho de 2020 o lobo-guará foi escolhido para simbolizar a cédula de duzentos reais.

É o maior canídeo da América do Sul, podendo atingir entre 20 e 30 quilos de peso e até 90 centímetros na altura da cernelha. Suas pernas longas e finas e a densa pelagem avermelhada lhe conferem uma aparência inconfundível.

O lobo-guará é adaptado aos ambientes abertos das savanas sul-americanas, sendo um animal crepuscular e onívoro, com importante papel na dispersão de sementes de frutos do cerrado, principalmente a lobeira (Solanum lycocarpum). 

Solitário, os territórios são divididos entre um casal, que se encontra no período do estro da fêmea.

Esses territórios são bastante amplos, podendo ter uma área de até 123 km². A comunicação se dá principalmente através de marcação de cheiro, mas também ocorrem vocalizações semelhantes a latidos. 

A gestação dura até 65 dias, com os recém-nascidos de cor preta pesando entre 340 e 430 gramas.

Apesar de não ser considerado em perigo de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), todos os países em que ele ocorre o classificam em algum grau de ameaça, apesar de não se saber a real situação das populações.

Estima-se que existam cerca de 23 mil animais na natureza, sendo um animal popular em todos os zoológicos. 

Está ameaçado principalmente por causa da destruição do cerrado para ampliação da agricultura, atropelamentos, caça e doenças advindas dos cães domésticos.

No entanto, é adaptável e tolerante às alterações provocadas pelo ser humano. O lobo-guará ocorre atualmente em áreas de Mata Atlântica já desmatadas, onde não ocorria originalmente.

Algumas comunidades carregam superstições sobre o lobo-guará e podem até nutrir certa aversão ao animal. 

Mas em geral o lobo-guará provoca simpatia em humanos e por isso é usado como espécie bandeira na conservação do Cerrado.

Amizade - Uma Relação Efetiva


Amizade é uma relação afetiva, a princípio sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas.

Em sentido amplo, é um relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de lealdade ao ponto do altruísmo.

Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma relação de amizade, embora não necessariamente.

A amizade pode ter, como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se denominam "melhores amigos".

Os melhores amigos, muitas vezes, se conhecem mais que os próprios familiares e cônjuge, funcionando como um confidente. Para atingir esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas.

Muitas vezes, os interesses dos amigos são parecidos e demonstram um senso de cooperação.

Mas também há pessoas que não necessariamente se interessam pelo mesmo tema, mas gostam de partilhar momentos juntos, pela companhia e amizade do outro, mesmo que a atividade não seja a de sua preferência.

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão. Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Popularmente, disse-se que "o cão é o melhor amigo do homem".

O Dia do Amigo (também conhecido como "Dia da Amizade") é comemorado em 20 de julho.

A amizade, tem sido considerada pela religião e cultura popular, como uma experiência humana de vital importância, inclusive tendo sido santificada por várias religiões. Na Epopeia de Gilgamesh, se relata a amizade entre Gilgamesh e Enkidu.

Os greco-romanos tinham, entre outros vários exemplos, a amizade entre Orestes e Pilades. Na Bíblia, cita-se, no livro 1 de Samuel, a amizade entre Davi (que depois se tornaria rei em Israel) e Jónatas (filho do Rei Saul). 

Os evangelhos canônicos falam a respeito de uma declaração de Jesus, "Nenhum amor pode ser maior que este, o de sacrificar a própria vida por seus amigos.". Salomão escreveu a sabedoria da amizade em seus Provérbios: "Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão".

As relações de amizade são amplamente retratadas tanto na literatura como no cinema e na televisão. Como exemplos, podemos citar: Dom Quixote e Sancho Pança, Sherlock Holmes e Watson, os Três Mosqueteiros e outros.


“Com o tempo você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.”

William Sheakspeare

quinta-feira, maio 18, 2023

Padre Cícero - O Padroeiro do Nordeste


Padre Cícero foi o fundador da cidade de Juazeiro do Norte e a exatos 87 anos de sua morte, ele ainda é o maior fenômeno para a economia do município, pois o carro chefe do desenvolvimento local são as romarias que acontecem várias vezes por ano e que vêm pessoas de quase todos os estados brasileiros, com destaque, aos nordestinos.

Juazeiro tem um polo industrial de imagens, não só de Padre Cícero, mas de todos os santos e a fabricação de bijuterias, chapéus, velas, fogos e milhares suvenires religiosos. A multidão compra de tudo nas lojas da cidade.

Eu já morei por três anos na cidade e testemunhei esse fenômeno pessoalmente.

Juazeiro do Norte é tão incrível que é o único lugar no mundo, que cachorro não se assusta com fogos. O romeiro está soltando os foguetes e o cachorro fica do lado dele, olhando para cima.

Cícero Romão Batista, mas na devoção popular, ficou conhecido como Padre Cícero e ainda Padim Ciço. O carisma do padre fez com que obtivesse prestigio e influência na vida social, política e religiosa na vida dos nordestinos.

A TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo no Ceará, em março de 2001 em votação foi escolhido “O Cearense do Século e em julho de 2012, foi eleito um dos “100 maiores brasileiros de todos os tempos”, essa eleição foi feita pelo SBT com a BBC.

Estátua de Padre Cicero no Horto

Padre Cícero nasceu no Crato no dia 24 de março de 1844 e com apenas 12 anos fez voto de castidade influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.

No seminário onde estudou Cícero não era considerado um aluno mediano e, apesar de anos depois arrebatar multidões com seus sermões, apresentou notas muito baixas nas disciplinas de oratória e eloquência.

Sua ordenação sacerdotal deu-se em 30 de novembro de 1870. Após sua ordenação, retornou ao Crato e, enquanto o bispo não lhe dava uma paróquia, ficou ensinando latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo seu primeiro grande amigo, o professor José Joaquim Teles Marrocos.

Cícero era proprietário de terras, gado e muitos imóveis e fazia parte da sociedade e política conservadora do sertão do Cariri. O médico Floro Bartolomeu sempre foi seu braço direito, e integrava o sistema político cearense.

O alegado milagre de Padre Cícero aconteceu em 1º de março de 1889, durante uma missa celebrada por ele, a hóstia ministrada pelo sacerdote a Maria de Araújo se transformou em sangue na boca dela. E isso veio a acontecer outras vezes.

Esse caso gerou investigações e em um primeiro momento foi dado como realmente um milagre e isso aconteceu em 13 de outubro de 1891. 

Insatisfeito com o parecer da comissão, o bispo Dom Joaquim José Vieira nomeou outra comissão para investigar. 

A segunda concluiu que não houve milagre e sim um embuste e Dom Joaquim suspendeu as ordens sacerdotais de Padre Cícero e determinou que Maria de Araújo que viria a morrer em 1914, fosse enclausurada.

Em 1898, padre Cícero foi a Roma, onde se reuniu com o Papa Leão XIII e com membros da Congregação do Santo Oficio, conseguindo sua absolvição. 

Entretanto, ao retornar a Juazeiro, a decisão do Vaticano foi revista e Padre Cícero teria sido excomungado, mas estudos realizados décadas depois pelo bispo Dom Fernando Panico sugere que a excomunhão não chegou a ser aplicada de fato. 

O próprio papa Bento XVI, quando era cardeal, encomendou no ano 2001 estudos e análises para debater no Vaticano a possibilidade de ser feita a reabilitação.

No dia 31 de maio de 2006, Dom Fernando conduziu uma comitiva de religiosos, políticos e fieis, e também enviou ao Vaticano a documentação técnica para abertura do processo de reabilitação do Padre Cícero. Em 13 de dezembro de 2015, Padre Cícero recebeu perdão da Igreja Católica.

O padre Cícero morreu em Juazeiro do Norte no dia 20 de julho de 1934, aos 90 anos. Encontra-se sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na mesma cidade.

Politica

Sua relação com a política inicia em 1901 com a visita do Conde von de Brule, em missão da Secretaria do Interior do Ceará, a terrenos que possuía no Crato, na localidade de Taboca, onde se havia conhecimento de afloramentos de xisto betuminoso de relevância econômica.

Somente em 1919, o então governador do Ceará, João Tomé de Saboia e Silva, visitaria os afloramentos e ordenaria a construção de galerias, batizadas de Mina Santa Rosa.

Devido ao excessivo calor e deficiência na ventilação, os trabalhos foram interrompidos por dois anos.

Em 1921 a Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, financiou uma perfuração neste terreno e em outubro de 1922, o químico, geólogo e mineralogista Sylvio Froes Abreu, então com dezenove anos, relatou que o xisto betuminoso continha potencial para produção de óleos lubrificantes e combustíveis. 

Na geologia moderna, essa camada petrolífera é denominada como Membro Fundão.

Padre Cícero era filiado ao extinto Partido Republicano Conservador (PRC). Foi o primeiro prefeito de Juazeiro do Norte, em 1911, quando o povoado foi elevado a cidade.

Em 1926 foi eleito deputado federal, porém não chegou a assumir o cargo. Em 4 de outubro de 1911, ele e outros dezesseis líderes políticos da região se reuniram em Juazeiro e firmaram um acordo de cooperação mútua bem como o compromisso de apoiar o governador Antônio Pinto Nogueira Accioli.

O encontro recebeu a alcunha de Pacto dos Coronéis, sendo apontado como uma importante passagem na história do coronelismo brasileiro.

Em 1913, foi destituído do cargo pelo governador Marcos Franco Rabelo, voltando ao poder em 1914, quando Franco Rabelo foi deposto no evento que ficou conhecido como Sedição de Juazeiro.

Foi eleito, ainda, vice-governador do Ceará, no Governo do General Benjamin Liberato Barroso.

Ao fim da década de 1920, Padre Cícero começou a perder a sua força política, que praticamente acabou depois da Revolução de 1930. Seu prestígio como santo milagreiro, porém, aumentaria cada vez mais.

Apesar de algumas tentativas acadêmicas de relacioná-lo ao comunismo e, mais tarde, com a Teologia da Libertação, o padre Cícero Romão era profundamente anticomunista e apegava-se à doutrina católica para justificar sua posição.

Numa entrevista concedida em 1931, afirmou: "O comunismo foi fundado pelo Demônio. Lucífer é o seu nome e a disseminação de sua doutrina é a guerra do diabo contra Deus. Conheço o comunismo e sei que é diabólico. É a continuação da guerra dos anjos maus contra o Criador e seus filhos".

Ligação com o cangaço



Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, em 1926.

Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal. Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes arregimentavam cangaceiros.

Existem duas versões para o encontro. Na primeira, difundida por Billy Jaynes Chandler, o sacerdote teria convocado Lampião para se juntar ao Batalhão Patriótico de Juazeiro, recebendo em troca, anistia de seus crimes e a patente de Capitão. 

Na outra versão, defendida por Lira Neto e Anildomá Willians, o convite teria sido feito por Floro Bartolomeu sem que padre Cícero soubesse.

Ao chegarem em Juazeiro, Lampião e os 49 cangaceiros que o acompanhavam ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço.

Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.