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Mostrando postagens com marcador Literatura. Mostrar todas as postagens
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quinta-feira, maio 01, 2025

Velarei


Agora que o nosso tempo se dissolveu como orvalho ao sol, resta-me acolher o murmúrio suave do meu coração em lamento.

Ele não chora por revolta, mas por guardar um amor que, mesmo impossível, se recusa a apagar.

Sei que não posso te oferecer o que almejas, que não há caminhos que me levem de volta a ti.

Ainda assim, faço um juramento com a força do que sinto: velarei, em silêncio, pela tua felicidade.

De longe, serei como uma estrela discreta no teu céu - nunca invadirei tua noite, mas estarei lá, brilhando com o desejo de que teus dias transbordem em paz.

Quero que encontres risos que ecoem, sonhos que te abracem e um amor que te mereça mais do que eu jamais poderia.

Cada passo que deres, cada vitória que conquistares, será como uma nota suave que acalmará minha alma, mesmo estando tão distante.

E, nesse adeus que não digo em voz alta, descubro algo novo em mim: amar-te me ensinou a querer teu bem acima do meu próprio querer.

Se o destino nos desenhou em linhas separadas, que eu possa, ao menos, carregar essa verdade como um farol: tua alegria será sempre minha oração mais sincera.

terça-feira, dezembro 17, 2024

Pensamentos




Quando me sinto triste ou inquieta, volto à casa, repasso os quartos dos meus pensamentos, abro as janelas das minhas liberdades, me leio nos salões das minhas emoções e aqueço a cálida cozinha da minha alma.

Gosto da minha casa, de como ela é feita, porque embora simples é real e acolhedora. Também tento reparar os seus defeitos com a caixa das ferramentas da consciência, buscando sanar os meus sentimentos.

Às vezes ela está bagunçada, mas eu sempre trato de com amor arrumá-la. Isso sim, não deixo que os rancores se escondam debaixo das camas, prefiro que eles partam sem deixar nenhum rastro.

E no quintal dos meus sonhos descanso, para poder olhar a lua e banhar-me com a magia do seu encanto. Sinto o emanar da sua energia que me iluminará e me guiará no outro dia. (Poesia com Alma)

quinta-feira, dezembro 12, 2024

Romantismo


Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, para pensar um belo pensamento e pousá-lo no vento!

Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível - para se ver chorando, e gostar de chorar, e adormecer de lágrimas e luar!

Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas, partisse por nuvens, dormente e acordado, levitando apenas, pelo amor levado...

Quem tivesse um amor, sem dúvida e sem mácula, sem antes nem depois: verdade e alegoria... Ah! Quem tivesse... (Mas, quem teve? Quem teria?)

Cecília Meireles

O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX.

Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os Estados nacionais na Europa.

Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o romantismo toma mais tarde a forma de um movimento, e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo.

Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo.

Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

O termo romântico refere-se ao movimento estético, ou seja, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objetivo.

O romantismo é a arte do sonho e fantasia. Valoriza as forças criativas do indivíduo e da imaginação popular.

Opõe-se à arte equilibrada dos clássicos e baseia-se na inspiração fugaz dos momentos fortes da vida subjetiva: na fé, no sonho, na paixão, na intuição, na saudade, no sentimento da natureza e na força das lendas nacionais.

Contexto Histórico

O culto à natureza e à imaginação já havia começado com os escoceses no século XIII, quando surgiram as primeiras histórias de cavaleiros e donzelas, em verso.

Nessa época, as narrativas eram chamadas de romance, palavra que deriva do advérbio latino romanice, que significa "na língua de Roma".

Algumas características típicas do romantismo já podem ser rastreadas nas obras de Isabella di Morra, que se separou da poesia amorosa petrarquista do século XVI, afligida pela solidão a que foi forçada e que a acompanhará até sua morte trágica.

A origem do que viria a ser conhecido como "romantismo", no entanto, fora plantada no século XVII, quando o “espírito clássico” começaria a ser contestado na Grã-Bretanha.

O romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do século XX).

No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição.

Alguns autores neoclássicos já nutriam um sentimento mais tarde dito romântico antes de seu nascimento de fato, sendo assim chamados pré-românticos. Nesta classificação encaixam-se Francisco Goya e Bocage.

O romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Stum und Drang.

O romantismo viria a se manifestar de forma bastante variada nas diferentes artes e marcaria, sobretudo, a literatura e a música (embora ele só venha a se manifestar realmente aqui mais tarde do que em outras artes).

 À medida que a escola foi sendo explorada, foram surgindo críticos à sua demasiada idealização da realidade. Destes críticos surgiu o movimento que daria forma ao realismo.

No Brasil, o romantismo coincidiu com a Independência política do Brasil em 1822, com o Primeiro reinado, com a Guerra do Paraguai e com a campanha abolicionista.

sábado, dezembro 07, 2024

Nosso erro




"Nisto erramos: em ver a morte à nossa frente, como um acontecimento futuro, enquanto grande parte dela já ficou para trás. Cada hora do nosso passado pertence à morte."

(Sêneca, 'Cartas a Lucílio)

Culpa ou erro se refere à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem. O processo de identificação e atribuição de culpa refere-se à descoberta de quem determinou o primeiro ato ilícito ou prejudicial, e pode se dar no plano subjetivo, intersubjetivo e objetivo.

No sentido subjetivo, a culpa é um sentimento que se apresenta à consciência quando o sujeito avalia seus atos de forma negativa, sentindo-se responsável por falhas, erros e imperfeições. O processo pelo qual se dá essa avaliação é estudado pela Ética e pela Psicologia.

No sentido objetivo, ou intersubjetivo, a culpa é um atributo que um grupo aplica a um indivíduo, ao avaliar os seus atos, quando esses atos resultaram em prejuízo a outros ou a todos. O processo pelo qual se atribui a culpa a um indivíduo é discutido pela Ética, pela Sociologia e pelo Direito.

Sentido Objetivo

Em direito penal, assim como o dolo a culpa é um dos elementos da conduta humana que compõem o fato típico. Caracteriza-se pela violação ou inobservância de uma regra, que produz dano aos direitos de outros, por negligência, imprudência ou imperícia ou seja, em razão da falta de cuidado objetivo, sendo, portanto, um erro não-proposital.

Diferencia-se do dolo. Neste, o agente tem a intenção de praticar o fato e produzir determinado resultado: existe a má-fé. A culpa incide sobre a possibilidade do sujeito se motivar pelo Ordenamento Jurídico.

No campo do direito civil a culpa lata sensu divide-se em dolo (que não é o mesmo dolo vício do consentimento) e culpa stricto sensu (imprudência, negligencia ou imperícia), sendo pressuposto da responsabilidade civil subjetiva. 

terça-feira, novembro 26, 2024

Despedida


 

Ela disse: ′′Não chame o médico, eu quero adormecer pacificamente, com a sua mão na minha."

Ele contou-lhe sobre o passado, como eles se conheceram, o primeiro beijo. eles não choraram, eles sorriram.

Não se arrependeram de nada, ficaram gratos. Então ela repetiu suavemente:

′′Amo-te para sempre! '

Ele devolveu as palavras dela, deu-lhe um beijo suave na testa.

Ela fechou os olhos e adormeceu pacificamente com a mão na dele.

O amor é realmente tudo o que importa porque todos chegam a este mundo sem nada além do amor e não deixam nada além do amor. Pense sobre isso.

Profissão, carreira, conta bancária, nossos bens são apenas ferramentas, nada mais. Tudo fica aqui.

Então, simplesmente ame.... Ame aqueles que realmente te amam. Ame, como se não houvesse nada mais importante na sua Vida!

Bad Kreuznach

segunda-feira, novembro 25, 2024

A Pessoa Certa


 

A Pessoa Certa - Quando a pessoa certa chegar você vai entender que precisou passar por todas as experiências que passou para poder reconhecê-la e estar preparada para estar com ela.

Vai perceber que as outras pessoas não eram necessariamente erradas, eram apenas passageiras e que no trem da sua vida embarcaram com outros propósitos para com você.

Quando essa pessoa entrar na sua vida, você vai deixar de lado todos os seus idealismos e perceber que a relação real traz muito mais do que a imaginação pode criar.

Ela traz vivência, ensinamentos, desafios em meio a todo sentimento de amor que carrega.

Quando ela estiver na sua vida você perceberá que uma relação pode-te melhorar, mas que não torna ninguém perfeito.

Relação dá trabalho, mesmo a pessoa certa dá trabalho, porque relação é construção, e quem não está disposto a trabalhar a si mesmo e ao outro não conseguirá viver uma relação, por mais certa que a pessoa seja.

Quando a pessoa certa chegar você só vai perceber depois.

No momento em que perceber que ela te ajuda a crescer, que ela está comprometida a ser alguém melhor contigo, e que ambos deram certo, não por obra do destino, ou conjunção dos astros, mas porque ambos se dispuseram a fazer dar certo.

Pois o Universo só pode conspirar a favor de quem também trabalha a favor de si.

Quando a pessoa certa chegar dará sentido a suas lágrimas e a toda sua jornada afetiva até então. Ela irá tirar seus medos e lhe mostrará o quanto esse sentimento pode curar. Porém, que quando ela chegar, você não espere alguém que te salve.

Que você esteja salvo(a), vivo(a), inteiro(a) e disposto(a), fazendo valer tudo que viveu e aprendeu, para que a relação seja vivida em todos seu potencial e seja a relação certa para ambos."

(A/D)

segunda-feira, novembro 18, 2024

Sentimento



Com o meu corpo colado no teu, sinto o teu cheiro e o teu corpo suado, excitando-me a cada momento. Teu hálito gostoso me faz delirar.

Você me amando, uma carícia, um beijo, o desejo louco de amar você.
Ah! Você!

Como você me faz bem, como te gosto, como te quero. Como fico louco de tanto te amar.

Te amo! Te amo com toda a força do meu coração. Meu corpo clama a tua procura. Quero-te perto de mim.

Sinto que não há fronteiras para te sentir. Desejo você, hoje e sempre, como um órgão vital que faz parte de mim, A minha vida...

Não existe pecado entre nós. Amo-te com muita intensidade. A cada momento, sinto-me mais perto de você, pois te amo, com toda força do meu ser!

Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay

domingo, novembro 17, 2024

Silêncios



Silêncios - Hoje não tenho palavras: hoje tenho silêncios. Por todas as palavras ignoradas, perseguidas e assassinadas. Por todas as palavras silenciadas. Por todas as que, simplesmente, ficam por dizer, tímidas… caladas…

(Emílio Miranda)

Silêncio é a ausência total ou relativa de sons auditáveis. Por analogia, o termo também se refere a qualquer ausência de comunicação, ainda que por meios diferentes da fala.

Na análise do discurso, breves ausências de fala marcam as fronteiras das unidades prosódicas utilizadas pelos falantes.

O silêncio na fala pode ser resultado de hesitação, gagueira, autocorreção ou de uma liberada diminuição no ritmo ou velocidade com o propósito de clarificar ou processar as ideias.

De acordo com as normas culturais, o silêncio pode ser interpretado como positivo ou negativo.

Por exemplo, numa organização cristã, além de diversas Ordens Religiosas Católicas, aos Monges fazerem o Rito de Profissão Solene ele deve fazer o voto de silêncio, que é redimir toda sua vida num sagrado silêncio durante trabalho e oração.

O silêncio não ofende a ninguém e evita muito erros que muitas vezes custa muito caro.

Uma frase ou palavra dita não volta mais e o efeito é irreparável. Mesmo havendo o arrependimento e a desculpa sendo aceita, ainda assim, haverá sequelas. 

terça-feira, outubro 22, 2024

Hoje!

          


          


Hoje o sol está mais radioso, as plantas estão mais viçosas, as flores... Oh! As flores, elas estão mais fragrantes, o céu mais azul, o ar mais morno, a atmosfera mais serena, a brisa mais perfumada.

Hoje, as pessoas parecem-me todas cheias de bondade e muita beleza. O otimismo abrange pessoas e coisas.

À noite. Ah! À noite, calma e serena, reveste-se de insólita majestade. As estrelas nunca brilharam tanto, o rouxinol jamais soltara trinados mais melodiosos.

Hoje, a cidade inteira está em festa, envolta num halo de alegria e de felicidade. As tristezas agonizam como aves agoureiras, feridas pelo raio. Renascem todas as mocidades, reflorescem todas as ilusões.

Hoje, sentirei estar pronto a crer em tudo, a esperar tudo e não desesperar de nada.

Hoje, tudo poderia ser possível. O sol poderia começar no firmamento uma fantástica dança sideral, o universo desvairado poderia formar um cortejo de astros desconhecidos, de planetas distantes, de satélites minúsculos. Nada disso me espantaria.

Hoje, o mar poderia converter as ondas em chamas, poderia esfarelar-se as montanhas e confundir-se com o solo, poderiam adquirir movimentos as árvores, falar humano os animais.

Hoje, a escuridão poderia ser luminosa e as trevas serem feitas de luz, nada disso me chamaria à atenção.

Hoje, o que não poderia e nem deve acontecer é desamor. Nada que venha a atingir nossos corações apaixonados. Afinal!

Hoje, é mais um dia que vou estar com você!

 Francisco Silva Sousa

quinta-feira, outubro 10, 2024

Um ansioso




Se você namora um ansioso, não fique estranho do nada quanto tiver algo de errado, pois ele vai criar mil respostas até que tudo faça sentido na mente dele. 

Se tem algo incomodando, diga, não espere que ele adivinhe o que seja, pois o mais provável, é que ele crie paranoias para preencher a lacuna do silêncio.

Ficar estranho com o ansioso, sem dizer o motivo, é gatilho para crise de ciúmes, insegurança e ansiedade. O que pra você pode parecer algo simples e bobo, pra ele, é suficiente pra perder o sono e a paz. 

Deixe tudo muito claro para o ansioso, pois na mesma intensidade que ele é capaz de amar, ele é capaz de se paralisar por conta do medo, e às vezes, até se afastar como forma de defesa. Foram tantos traumas que fica difícil relaxar. 

Então se um ansioso decidiu ficar na sua vida, tenha certeza dos sentimentos dele por você, pois ele já pensou em todos os motivos para ir embora e mesmo assim decidiu permanecer... 

A/D 

segunda-feira, outubro 07, 2024

Perguntas



 

Não entendo porque aquele que tem sede, não grita: “Estou com sede”. A mesma coisa acontece com aquele que tem fome, por que não grita “Estou faminto”!?

Por que só se preocupam quando falta luz e não se consegue assistir televisão? Por que não se grita: estou perdido, não sei para onde ir? Por que sufocamos os nossos gritos?

É para não incomodar os vizinhos? Por que buscamos a rima fácil e jamais o poema selvagem? Por que deixamos a doença se alastrar, sem gritar: “queremos ser curados!?

Por que vivemos calados? Por que é bonito ser taciturno? Por que quem se desprende do rebanho é alvejado?

Por que cultuamos tudo que é covarde, tudo que é ídolo falso, tudo que morre sem alarde? Eu grito porque machuca!

Além de ser violentado eu ainda tenho que ficar calado?

Podem me xingar, podem tentar me calar, mas sei que na minha lápide vai brilhar: “Viveu, gritou, gemeu. Jamais foi covarde!”

Esperou pelas estrelas caírem do céu e como não caíram, abriu fuzilaria com as palavras até todo céu vir abaixo!... (Paulo Mohyloviski)

sábado, outubro 05, 2024

Solidão



Na minha janela e olhos fixos na vastidão do horizonte, aprecio a natureza e seus fenômenos, tentando entender alguns.

O sol baixa vagarosamente. Há um rubor dourado nas águas do mar que vai mudando para vermelho púrpuro e depois... entorpecendo em cores cinza prenunciando as sombras da noite.

Observo tudo com um olhar deprimido. As folhas das árvores agitadas pelo vento furioso. Parece trazer um lamento aos meus ouvidos.

Há algo de triste no aspecto da natureza. Compartilho dessa nostalgia com o rosto entristecido.

Talvez não seja a maneira prudente de alguém gastar o tempo. Mas uma tarde melancólica consegue-me influenciar.

Uma tristeza me acompanha eternamente. Nos momentos de calmaria, me deixo dominar por lembranças do passado. O cenário propicia.

Sinto uma decepção, um fracasso, uma impotência. Sonhei, sonhei e sonho!

O tempo vai passando, os anos se amontoando em mim. Nada aconteceu!

Já é noite e continuo na minha janela. Olho para o céu negro. Estou cansado da luta. A vida não foi boa comigo.

Amei alguém. A morte me roubou. Olho as estrelas e as imagino piscando na sepultura do meu amor. Fecho os olhos e imagino a relva que cobre o túmulo. Flores brancas e vermelhas, de todas as cores.

Vejo-me deitado ao lado dela, na mesma urna. Em repouso e livre de cuidados. Os olhos lacrimejam. Os lábios tremem. Um soluço salta do fundo do meu ser.

Volto à realidade e vou para minha cama com minha companheira. A solidão!

    Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay