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sábado, setembro 24, 2022

Gloria Stewart - Rose DeWitt Bukater velha do Titanic

Gloria Stewart - Rose DeWitt Bukater velha do Titanic - Gloria Frances Stewart nasceu em Santa Mônica no dia 4 de julho de 1910. Foi uma atriz americana de cinema, teatro e televisão.

Famosa principalmente por sua atuação no filme Titanic (1997), em 1998 tornou-se a pessoa mais idosa (ela tinha 87 anos) a receber uma indicação ao prêmio máximo do cinema americano – o Óscar -, na categoria de melhor atriz coadjuvante/secundária.

Depois de atuar em grupos de teatro universitários e outras produções amadoras, assinou um contrato com os estúdios da Universal em 1932. Devido a sua boa atuação, interpretou grande quantidade de papéis e foi uma das atrizes do diretor de cinema James Whale, aparecendo em filmes como The Old Dark House de 1932, e The invisible Man de 1933, com Claude Rains.

Pouco depois, mudou de companhia e assinou contrato com a 20th Century Fox. No final da década de 1930, havia protagonizado mais de 40 títulos, sem obter fama significativa. Alguns de seus companheiros de trabalho nessa década foram atores como Lionel Barrymore, Kay Francis, Claude Rains, Raymond Massey, Paul Lukas, John Boles, John Beal e Shirley Temple.

Na década de 1940 fez ainda alguns filmes, mas mudou o rumo de sua carreira para a pintura. Como pintora, seu trabalho foi exibido em locais ao largo dos Estados Unidos e da Europa.

Depois de 30 anos sem trabalhar como atriz, voltou a interpretar em um filme para televisão, em 1975, The Legend of Lizzie Borden e, continuando como atriz nos anos seguintes. Quarenta anos depois de seu primeiro trabalho como atriz, participou do filme My Favorite Year (1982). Nessa época, superou um câncer de mama.

Sem dúvidas, a atriz faria mais sucesso do que nunca no ano de 1997, ao interpretar a idosa de 101 anos Rose DeWitt Bukater no filme Titanic. Por este papel, foi indicada ao prêmio Óscar, aos 87 anos, sendo a pessoa mais idosa indicada a esse prêmio.

A partir deste momento, Stuart trabalhou sempre que sua saúde lhe permitiu. Apareceu nos filmes The Million Dólar Hotel (2000), Wim WendersLand of Plenty (2004).

Faleceu na noite de domingo do dia 26 de setembro de 2010, em Los Angeles aos 100 anos de idade. 


 

Objetivo

     No meu coração não faltará o amor, na existência não acabará a esperança. Meu andar permanecerá seguro e meu desejo perseguirá os caminhos da vitória.

          A escassez da minha fonte tornou-me rico os brios, e a simplicidade é sempre bem recebida.

          Depois da queda, soube-me levantar, e a falta de emprego, não me levou a loucura.

        As vontades da carne, não mataram meu desejo de amar, e no meio da briga, encontrei a frase para não ir ao fim...

Os débitos que tinha não me conduziram ao desespero, nem a impaciência me transportou a insanidade.

         Quando um dia vencer, não humilharei ninguém, e se um dia cair, estarei pronto para os coices. Ponho exposto meu rosto aos beijos e as agressões, sem revolta e sem indiferença.

        Amarei apesar de tudo e verei em cada instante o sentido do amanhã, porque expulsei o egoísmo e assim preservarei meu futuro.

        Evitaram-me olhar e busquei forças para perdoar, perdi o conforto e me acostumei ao imprescindível.

        Os sofrimentos não desesperaram e nem me deprimiram, somente me fizeram dar mais valor aos meus momentos de alegria.

        Sou um minúsculo ponto dentro desse imenso Universo, que consegue a sobrevivência sem se deixar levar.

         No meio dos espinhos, existem as delicadas flores, que podem ser armas.

         No meio do deserto da vida, existem oásis, que nos sacia a sede.

         Não me canso de querer o bem e a paz, sem me importar a quem...

         Nas encruzilhadas dos maus caminhos, jamais pensei estacionar.

      Apesar das dores que senti, da solidão que me martirizou, das tristezas que me roubaram o sono e das insônias que me fizeram pensar... Poderei ser um vencedor!

Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay



              

I Santo Califórnia

O I Santo California é um grupo musical italiano surgido nos anos 1970.

O grupo oriundo da Campania, sul oeste da Itália, inicialmente era formado por três jovens amigos que batizaram a banda com o nome de "The New Frontier" tendo tocado em clubes, nas festas de praças e nas margens da Costa Amalfitana no verão.

Em 1974 eles se apresentaram no palco de um festival local em Nocera Inferiore, quando foram notados por Elio Palumbo, produtor musical romano que trouxe os três rapazes com ele para Roma, na gravadora Yep com o qual assinaram um contrato e mudaram o nome da banda para I Santo Califórnia.

O grupo nasceu artisticamente em 1975 com o primeiro grande sucesso internacional intitulado "Torneró", que foi lançado pela transmissão da televisão às sete da noite pela RAI, conduzida por Christian De Sica: Depois de um mês, o grupo já ganhou o seu primeiro disco de ouro pela venda de mais um milhão de cópias na Itália.

Com esta música destacam-se como um dos pilares da música melódica da década de setenta. Além de vender mais de 11 milhões de cópias, "Torneró" foi traduzido em quase todas as línguas do mundo.

Não obstante a fama que alcançaram em todo o mundo, o grupo foi esnobado na Itália e, portanto, ignorado pelos principais programas musicais da TV italiana. Em 1977, eles participaram como concorrentes no prestigiado Festival de San Remo com a canção "Monica" terminando em terceiro lugar.

O grupo também produziu outros discos, mas com um sucesso de vendas certamente menos satisfatório, o sucesso começou a desaparecer e as performances ao vivo do grupo foram ficando limitadas a feiras regionais e locais, além de aparições esporádicas em programas da televisão italiana, até o seu último álbum de coleção, lançada em CD em 1991.

Os membros do grupo eram: Pietro Barbella (vocais e teclado), Gianni Galizia (guitarra), Donato Farina (bateria), Domenico Ajello (baixo) e Massimo Caso (guitarra)



 

Origem da Inquisição

 


Origem da Inquisição - A instalação desses tribunais era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios. a Inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objetivos ideológicos, econômicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos.

A sua atividade, rigor e coerência variaram consoante a época.”

A ideia da criação da Inquisição surgiu inicialmente para funcionar como um tribunal interno, apenas para dentro da Igreja Católica. Em 1022, foi criado o primeiro "Tribunal Público contra a Heresia", em Orleans (França)

Em 1183, delegados enviados pelo Papa averiguaram a crença dos cátaros de Albi, sul de França, também conhecidos como “albigenses, que já tinham surgido em 1143, e que acreditavam na existência de um Deus para o Bem e outro para o Mal; Cristo seria o Deus do bem, enviado para salvar as almas humanas, e o Deus criador do mundo material seria o Deus do mal.

Após a morte, as almas boas e espirituais iriam para o céu, enquanto as almas pecadoras e materialistas, como castigo, reencarnariam no corpo de um animal. Isto foi considerada uma heresia e no ano seguinte, no Concilio de Verona, foi criado o Tribunal da Inquisição.

Os cátaros consideravam que a alma seria a parte boa do ser humano, e o corpo seria a parte má do homem.

Rejeitavam a maior parte do Antigo Testamento e o seu Deus beligerante - como satânico. Não construíam igrejas, mas estavam bem organizados.

Os cátaros consideravam as mulheres como iguais aos homens, e o catarismo ofereceu às mulheres a oportunidade de participar plenamente na fé a todos os níveis.

Na estrutura da igreja cátara, os seguidores estavam divididos em três classes: os Perfeitos, que eram o topo da igreja, os seus sacerdotes, os Crentes e os Ouvintes. 

Em 1184, Ad abolendam, um decreto e bula do Papa Lúcio III, determinava que os detentores de cargos públicos, condes, barões, reitores, nas cidades e outros lugares, deveriam assumir a responsabilidade de punir os hereges que lhe fossem entregues pela Igreja; e qualquer autoridade que falhasse nesse dever seria excomungado, afastado do cargo e despojado de todos os direitos legais.

As cidades que abrigassem hereges sofreriam boicotes comerciais, e as terras dos hereges conhecidos declaradas perdidas.

Em 1209, o Papa Inocêncio III ordenou uma cruzada contra os cátaros, para o que procurou o apoio de vários senhores feudais. Seguiram-se vinte anos de guerra contra os cátaros e seus aliados no Languedoc: a Cruzada Albigenes.

O entusiasmo pela Cruzada, que foi extremamente violenta, foi parcialmente inspirado por um decreto papal que permitia o confisco de terras pertencentes aos cátaros e seus apoiantes.

Após a tomada de Béziers, em 22 de julho de 1209, sob o comando do legatário papal, Arnaud Amalric, toda a população de cerca de 7 a 9 mil almas - homens, mulheres e crianças - foi massacrada e a cidade saqueada e incendiada.

Segundo o historiador Cesáreo de Heisterbach, Amalric, quando perguntado como distinguir os cátaros dos católicos, respondeu: "Matem-nos a todos! Deus conhecerá os seus".

O movimento cátaro acabou por praticamente desaparecer, sendo os sobreviventes perseguidos depois pela Inquisição até a extinção.

Na época medieval a pena privativa de liberdade não era utilizada como forma de sanção contra crimes.

Ou seja, se um sujeito cometesse um crime, não existia ainda a prática civil de mandar para a cadeia os delinquentes, essa prática tornou-se comum a partir do século XVIII. 

Assim, no tempo medieval era comum a aplicação de penas (pelo próprio governo), por exemplo: a pena de tortura é bastante comum; a pena de morte era bastante comum; assim como a fogueira era já utilizada.

Essas eram as formas de punição por crimes cometidos. Diz o historiador Adriano Garuti: "A pena de morte foi empregada não somente na Inquisição, mas praticamente em todos os outros sistemas judiciários da Europa". 

Sobre o uso da tortura diz o historiador especialista na inquisição espanhola Henry Kamen: "Em uma época em que o uso da tortura era geral nos tribunais penais europeus, a inquisição espanhola seguiu uma política de benignidade e circunspeção que a deixa em lugar favorável se compara com qualquer outra instituição.

A tortura era empregada somente como último recurso e se aplicava em pouquíssimos casos.", em outro momento diz o mesmo autor: "As cenas de sadismo que descrevem os escritores que se inspiraram no tema tem pouca relação com a realidade"; "em comparação com a crueldade e as mutilações que eram normais nos tribunais seculares, a Inquisição se mostra sob uma luz relativamente favorável; este fato, em conjunção com o usual bom nível da condição de seus cárceres, nos faz considerar que o tribunal teve pouco interesse pela crueldade e que tratou a justiça com a misericórdia.” 

Estes pontos de vista são repudiados pela maioria dos historiadores; Richard L. Kagan, por exemplo, diz que Kamen não conseguiu "entrar na barriga da besta e avaliar o que realmente significava para as pessoas que com ela viviam."

Para Kagan, são necessários estudos que realmente utilizem os minuciosos arquivos da inquisição para poder reconstruir o mundo dos que foram presos na sua rede.

sexta-feira, setembro 23, 2022

Quo Vadis - Filme Ambientado na Roma Antiga

Quo Vadis - Filme Ambientado na Roma Antiga - Quo Vadis é um filme épico dos Estados Unidos de 1951, do gênero drama, dirigido por Mervyn LeRoy. O roteiro foi escrito por S.N. Behrman, Sonya Levien e John Lee Mahin, baseado em livro de Henryk Sienkiewicz e ambientado na Roma Antiga.

Sinopse

Após três anos em campanha, o general Marcus Vinicius retorna a Roma e encontra Lygia, por quem se apaixona. Ela é uma cristã e não quer nenhum envolvimento com um guerreiro. Mas, apesar de ter sido criada como romana, Lygia é a filha adotiva de um general aposentado e, teoricamente, uma refém de Roma.

Marcus procura o imperador Nero, para que ela lhe seja dada pelos serviços que ele fez. Lygia se ressente, mas de alguma forma se apaixona por Marcus. Enquanto isso, as atrocidades de Nero são cada vez mais ultrajantes e, quando ele queima Roma e culpa os cristãos, Marcus salva Lygia e a família dela. Nero os atira aos leões, mas, no final, Marcus, Lygia e o cristianismo prevalecerão.

Na filmagem da obra de Sienkiewicz, foram utilizados cerca de 32 mil figurinos e milhares de figurantes, dentre eles os então desconhecidos Bud Spencer, Sophia Loren (então com 17 anos) e Elizabeth Taylor.

A cena da Arena

Esta produção estadunidense de Quo Vadis foi a única a não respeitar o romance, no tocante à cena em que Ursus enfrenta o touro na arena do circo de Roma. Na obra de Sienkiewicz, a amada de Vinícius é amarrada ao corpo do animal, completamente despida. Para defendê-la, Ursus teria que lutar com o touro, mas, ao fazê-lo, colocaria em risco a integridade física de sua protegida, o que tornava sua tarefa extremamente difícil. Aliás, era essa a intenção de Pompeia ao planejar o cruel espetáculo.

Todas as demais versões cinematográficas respeitaram esse detalhe (salvo quanto à nudez da personagem, que nem mesmo a versão de 2001, ousou adotar), menos a de Mervyn LeRoy, que preferiu colocar Lígia (convenientemente trajada) atada a um tronco fincado na arena, assistindo Ursus enfrentar o touro.



 

O artista

O artista é o criador de coisas belas.

O objetivo da arte é revelar a arte e ocultar o artista.

O crítico é aquele que sabe traduzir de outro modo ou para um novo material a sua impressão das coisas belas.

A mais elevada tal como a mais rasteira, forma de crítica é um modo de autobiografia.

Os que encontram significações torpes nas coisas belas são corruptos sem sedução, o que é um defeito.

Os que encontram significações belas nas coisas belas são os cultos, para esses há esperança.

Eleitos são aqueles para quem as coisas belas apenas significam Beleza.

Um livro moral ou imoral é coisa que não existe. Os livros são bem escritos, ou mal escritos. E é tudo.

 
Oscar Wilde – O Retrato de Dorian Gray 



 

Os hipócritas

Em 1986, Maradona usou uma camisa escrito: "Não as drogas" e Platini "Não a corrupção".

Anos depois Maradona teve Overdose e Platini foi preso por corrupção...

E o Pelé? Bem, o Pelé não estava de camiseta com mensagem, mas no encerramento da sua carreira profissional disse que o mundo deveria cuidar melhor das crianças; alguns anos depois ele não reconheceu sua filha legítima.

Moral da história: o ser humano é hipócrita por natureza, então pare de idolatrar pessoas, um craque do futebol é apenas um craque do futebol!


 

 

Noite dos Cristais



Noite dos Cristais do Reich, foi um progon contra os judeus pela Alemanha Nazi na noite de 9–10 de novembro de 1938, levada a cabo pelas forças paramilitares das SA e por civis alemães.

As autoridades alemãs olharam para o acontecimento sem, no entanto, intervir. O nome Kristallnacht deve-se aos milhões de pedaços de vidro partidos que encheram as ruas depois das janelas das lojas, edifícios e sinagogas judaicas terem sido partidas.

As estimativas sobre o número de vítimas causadas pela violência variam. Os primeiros relatos indicavam que 36 judeus tinham sido mortos durante os ataques. 

Mais recentemente, as análises ao progrom efetuadas a documentos acadêmicos feitas por historiadores como Richard J. Evans, refere um valor mais elevado, cerca de 91 mortos.

Quando se inclui as mortes posteriores, devido a maus-tratos dos judeus detidos, e suicídios, o número de mortos sobe a centenas. Além dos mortos, cerca de 30 000 judeus foram detidos e enviados para campos de concentração.

As casas dos cidadãos judeus, hospitais e escolas foram pilhados e destruídas pelos atacantes à marretadas. Mais de mil sinagogas foram incendiadas (95 só em Viena) e mais de sete mil negócios foram destruídos ou danificados. 

Martin Gilbert escreve que mais nenhum acontecimento na história dos judeus alemães entre 1933 e 1945 foi tão difundido à medida que ia acontecendo, e os relatos dos jornalistas estrangeiros que trabalhavam na Alemanha causaram ondas de choque em todo o mundo.

Times escreveu na época: "Nenhum jornalista estrangeiro se dedicou a enegrecer a Alemanha antes que o mundo pudesse superar o número de incêndios e espancamentos, de assaltos violentos a pessoas indefesas e inocentes, que desonraram aquele país ontem".

O pretexto para os ataques foi o assassinato do diplomata alemão Ernet vom Rath por Herschel Grynszpan, um polaco judeu nascido na Alemanha que vivia em Paris.

À Noite dos Cristais seguiram-se perseguições econômicas e políticas aos judeus, vistas pelos historiadores como uma parte da mais abrangente política racial da Alemanha nazi, e o início da Solução Final e do Holocausto.

Primeiras perseguições nazis

Na década de 1920, muitos judeus alemães foram integrados na sociedade alemã como cidadãos alemães. Serviram no exército e na marinha, e contribuíram em todos os sectores empresariais alemães, na ciência e na cultura. 

As condições para os judeus começaram a mudar depois da nomeação de Adolf Hitler (líder do Partido Nazi nascido na Áustria) para Chanceler da Alemanha em 30 de janeiro de 1933, e da Lei de assumpção de poderes (23 de março de 1933) por Hitler depois do incêndio do Reichstag em 27 de fevereiro de 1933. 

Logo no seu início, o regime de Hitler rapidamente começou a desenvolver alterações para introduzir politicas antijudaicas.

A propaganda nazi apontou o dedo a cerca de 500 000 judeus na Alemanha, representantes de apenas 0,86% da população, como o inimigo responsável pela derrota alemã na Primeira Guerra Mundial e pelo desastre econômico que se lhe seguiu, como a hiperinflação da década de 1929, e o Crash de Wall Street. 

Iniciado em 1933, o governo alemão redigiu uma série de leis antijudeus restringindo os direitos dos judeus alemães a ganhar o seu próprio sustento, de usufruírem de cidadania plena e de acesso à educação, incluindo a Lei da Restauração do Serviço Público Profissional de 7 de abril de 1933, que proibia os judeus de trabalhar na função pública. 

As leis seguintes, datadas de 1935, Leis de Nuremberg, retiraram a cidadania aos judeus alemães e os proibiam de casar com não-judeus alemães.

Estas leis tiveram como resultado a exclusão dos judeus da vida social e política da Alemanha. Muitos procuram asilo no estrangeiro; centenas de milhares emigraram, mas como Chaim Weizmaann escreveu em 1936:

"O Mundo parecia estar dividido em duas partes - aqueles lugares onde os judeus não podiam viver, e aqueles onde não podiam entrar". 

Na Conferência de Évian a 6 de julho de 1938, foi discutida a questão da imigração dos judeus e dos ciganos para outros países.

Nessa altura em que a conferência teve lugar, mais de 250 000 judeus já tinham fugido da Alemanha e da Áustria (que tinha sido anexada pela Alemanha em março de 1938); mais de 300 000 judeus alemães e austríacos continuaram a procurar refúgio e asilo derivada da opressão.

À medida que o número de judeus e de ciganos desejosos de fugir aumentava, as restrições contra eles cresceram, com muitos países restringindo as suas políticas de admissão de refugiados.

Em 1938, a Alemanha "tinha entrado numa nova fase de atividade antissemita". Alguns historiadores acreditam que o governo nazi tinha planejado novas operações de violência contra os judeus, e estavam à espera de serem provocados; existem evidências destes planos em 1937. 

Numa entrevista de 1997, o historiador alemão Hans Mommsen afirmou que uma das principais motivações para o pogrom era o desejo por parte dos Gauleiters do NSDAP de se apropriarem dos bens e dos negócios dos judeus. Mommsen disse:

A necessidade de dinheiro que a organização do partido tinha, vinha do facto de o tesoureiro do partido, Franz Xaver Schwarz, manter as organizações regionais do partido com pouco dinheiro em caixa.

No outono de 1938, a pressão crescente sobre os bens judeus, alimentou a ambição do partido, em especial desde que Hjalmar Schacht foi nomeado ministro da Economia do Reich.

Isto, contudo, era apenas um aspecto da origem do progrom de novembro de 1938. O governo polaco ameaçou extraditar todos os judeus que eram cidadãos polacos, mas que ficariam na Alemanha, criando, assim, um fardo de responsabilidade do lado alemão.

A reação imediata da Gestapo foi empurrar os judeus polacos - 16 000 pessoas - para a fronteira, mas esta medida fracassou devido à teimosia das autoridades alfandegárias polacas.

A perda de prestígio devido ao cancelamento desta operação forçou um pedido de compensação. Assim, a reação radical ao ataque de Herschel Grynszpan contra o diplomata Ernst vom Rath resultou no progrom de novembro.

Os antecedentes do progrom ficaram marcados por uma significativa oposição de interesses entre as diferentes agências do partido e do Estado.

Enquanto o Partido Nazi estava interessado em melhorar a sua força financeira ao nível local e regional, apropriando-se dos bens judeus, Hermann Goring, responsável pelo Plano de Quatro Anos, esperava ganhar acesso às divisas estrangeiras para poder pagar as importações de matérias-primas. Heydrich e Himmler tinham interesse em promover a emigração judaica".

A liderança sionista na Palestina escreveu em fevereiro de 1938 que de acordo com "uma fonte privada muito segura - a qual pode ser encontrada nas mais altas instâncias da liderança SS", havia "uma intenção de colocar em prática um verdadeiro e genuíno pogrom na Alemanha, em larga escala, num futuro próximo".

Expulsão dos judeus polacos da Alemanha

Em agosto de 1938, as autoridades alemãs anunciaram que as permissões de residência para estrangeiros estavam sendo canceladas e teriam que ser renovadas.

Nos estrangeiros incluíam os judeus nascidos na Alemanha, mas de origem exterior. Um polaco disse que não seria aceito judeus de origem polaca depois de outubro.

Na chamada Polenaktion, mais de 12 000 judeus polacos, entre os quais o filósofo e teólogo rabi Abraham Joshua Heschel, e o futuro crítico literário Marcel Reich-Ranicki, foram expulsos da Alemanha em 28 de outubro de 1938, por ordem de Hitler.

Receberam ordens para abandonar as suas casas nessa mesma noite, e apenas tinham direito a levar uma mala por pessoa para levar os seus pertences. À medida que os judeus eram expulsos, os seus bens deixados para trás eram confiscados tanto pelas autoridades nazis como pelos seus vizinhos.

Os deportados eram levados desde as suas casas para estações ferroviárias e colocados dentro de comboios que iam até à fronteira com a Polónia, onde os guardas polacos os enviavam de volta, através do rio, para a Alemanha.

Este impasse continuou durante vários dias, debaixo de chuva torrencial, com os judeus marchando sem comida ou abrigo entre as fronteiras.

Cerca de quatro mil tiveram autorização para passar para a Polônia, mas cerca de oito mil foram forçados a ficar na fronteira. Ali aguardaram em condições muito complicadas para receberem autorização para entrar na Polônia.

Um jornal britânico escreveu aos seus leitores que centenas [de pessoas] "estão espalhadas, sem dinheiro e sem ajuda, em pequenas aldeias ao longo da fronteira para onde tinham sido levadas". 

As condições nos campos de refugiados "eram tão más que alguns tentaram fugir para a Alemanha e foram mortos", recorda uma mulher britânica que tinha sido enviada para ajudar os que tinham sido expulsos.

Atentado contra Ernst vom Rath

Entre aqueles que foram expulsos encontrava-se a família de Sendel e Riva Grynszpan, judeus polacos que tinham emigrado para a Alemanha em 1911 e estabelecido a sua vida em Hanôver.

No julgamento de Adolf Eichmann em 1961, Sendel Grynszpan recordou os acontecimentos sobre a sua deportação de Hanôver na noite de 27 de outubro de 1938: "E então puseram-nos em carros da polícia, em camionetas de prisioneiros, cerca de 20 homens em cada veículo, e levaram-nos para a estação de trens.

As ruas estavam cheias de pessoas gritando: Juden raus! Auf nach Palästina!" ("Fora com os judeus! Para a Palestina!"). 

O seu filho de 17 anos de idade, Herschel, vivia em Paris com um tio. Herschel recebeu um postal da sua família a partir da fronteira polaca, descrevendo a expulsão da família: "Ninguém nos disse o que estava acontecendo, mas apercebemo-nos que ia ser o nosso fim ... Não temos um tostão. Podes enviar-nos alguma coisa?". Ele recebeu o postal em 3 novembro de 1938.

Na manhã de segunda-feira, 7 de novembro de 1938, comprou um revólver e uma caixa de balas, depois dirigiu-se para a embaixada alemã e pediu para ver um responsável pela embaixada.

Após ser levado para o gabinete de Ernst vom Rath, Grynszpan disparou cinco tiros contra Vom Rath, dois dos quais o atingiram no abdômen.

Vom Rath era um diplomata do Ministérios das Relações Exteriores que tinha uma opinião antinazi, por causa do tratamento que os nazis davam aos judeus, e estava sob a investigação da Gestapo por ser politicamente pouco confiável. 

Grynszpan não tentou escapar da polícia francesa e confessou livremente os disparos. No seu bolso, tinha um postal para a sua família com a mensagem: "Que Deus me perdoe ... Tenho que protestar assim para que todo o mundo ouça o meu protesto, e o que vou fazer".

No dia seguinte, o governo alemão retaliou, proibindo as crianças judias das escolas básicas alemãs de as frequentarem, suspendendo as atividades culturais dos judeus, e proibindo a publicação dos jornais e revistas judeus, incluindo os três jornais nacionais alemães judeus.

Um jornal do Reino Unido descreve a última ação, que impôs uma barreira entre a população e os seus líderes, como "tendo a intenção de criar a desordem na comunidade judaica e quebrar os últimos laços que a unem.". Os seus direitos como cidadãos tinham acabado.

Morte de Ernst vom Rath

Ernst vom Rath morreu dos ferimentos em 9 de novembro. As notícias da sua morte chegaram a Hitler nessa noite enquanto jantava com elementos-chave do Partido Nazi num jantar comemorativo do Putsch da Cervejaria em 1923.

Após intensas discussões, Hitler deixou o jantar repentinamente sem efetuar o seu discurso habitual.

O ministro da Propaganda Joseph Goebbels fez esse discurso, em seu lugar, e disse que "o Führer decidiu que... as demonstrações não devem ser preparadas ou organizadas pelo partido, mas devem acontecer de forma espontânea, não podem ser prejudicadas". 

O chefe do partido Walter Buch afirmaria mais tarde que essa mensagem era clara; com estas palavras, Goebbels tinha dado ordens aos chefes do partido para organizar um pogrom.

Algumas das chefias do partido discordaram das ações de Goebbels, temendo a crise diplomática que elas provocariam. Heinrich Himmler escreveu: "Suponho que isso seja da megalomania de Goebbels...e da estupidez que são responsáveis por dar início a esta operação agora, num momento particularmente difícil na diplomacia". 

O historiador israelita Saul Friedlander acredita que Goebbels tinha razões pessoais para ir em frente com a Kristallnacht. Goebbels tinha passado, recentemente, pela humilhação de a sua campanha de propaganda durante a crise nos Sudetas ter sido ineficaz, e encontrava-se passando por uma crise no relacionamento com a atriz checa Lida Baarová.

Goebbels precisava de uma oportunidade para ficar bem visto aos olhos de Hitler. À 1h20 do dia 10 de novembro de 1938, Reinhard Heydrich enviou um telegrama urgente e secreto à Sicherheitspolizei (Polícia de Segurança) e às Sturmabteilung (SA), com instruções acerca dos motins. Incluía as linhas gerais para a proteção dos negócios estrangeiros não-judeus e propriedades.

A polícia recebe ordens para não interferir nos motins a não ser que as instruções fossem violadas. A polícia também foi instruída para recolher os arquivos das sinagogas e dos escritórios comunitários judeus, e para prender "os judeus adultos saudáveis, que não sejam muito velhos", para serem transferidos para campos de concentração.