Entende-se
por guerra naval todo o combate decorrido nos mares, oceanos, ou
noutras grandes superfícies aquáticas, tal como grandes lagos e rios de
grande envergadura. O registo mais antigo de uma batalha naval teve lugar em
cerca de 1210 a.C., ao largo de Chipre.
Tal
como acontece com as restantes formas de batalha, as tácticas navais modernas
baseiam-se, sobretudo, em fogo e mobilidade, que se pode traduzir na
combinação eficiente do poder de fogo entregue, conseguida através dos
batedores e ocupação das melhores posições no terreno.
A
mobilidade é, efetivamente, um componente crucial no combate moderno; uma frota
naval pode viajar centenas de quilómetros num único dia. Na guerra naval, a
chave encontra-se, sobretudo, em conseguir detectar o inimigo sem ser
detectado.
Por
esse motivo, é gasto muito tempo e esforço em negar essa possibilidade às
formas inimigas. Existe também o conceito de campo ou área de
batalha: a zona ao redor da força naval dentro da qual o comando assume que
consegue detectar, perseguir, atacar e destruir as ameaças antes de estas constituírem
perigo.
É por
este motivo que a Marinha prefere o combate em mar aberto, já que a presença de
terra, aliado à topologia subaquática, diminuem este espaço, limitando as
oportunidades de manobra e, consequentemente, facilitando ao inimigo determinar
a localização da frota, ao mesmo tempo que dificulta a detecção das forças
inimigas.
Em
águas curtas, a detecção de submarinos ou minas navais é especialmente
problemática. Um dos cenários estudados pelo planejamento naval norte-americano durante
a Guerra Fria foi um eventual conflito entre duas grandes frotas em alto
mar, ambas bem equipadas e atualizadas, a Marinha dos Estados Unidos e a
Marinha Soviética.
A
preocupação principal foi para os Grupos de Combate de Porta-Aviões (grupos
aeronavais ou, em inglês, Carrier Battle Groups, CVBGs). No combate naval
moderno, entra como variável também a possibilidade de se lançar um ataque
mortífero a partir de 600 milhas náuticas, o que aumenta consideravelmente
a área de batalha.
E é aí
que entra, com as suas vantagens e desvantagens, a guerra eletrônica. Os
submarinos constituem uma das grandes ameaças para as operações ofensivas
de CVBGs, já que dispõem de vários mecanismos de camuflagem, como o
revestimento anti-eco, hidro jatos ultra silenciosos, etc., que se
tornaram na derradeira vantagem.
A
progressiva mudança das operações para águas rasas aumentou drasticamente esta
ameaça, de forma a que a simples suspeita de ameaça submarina é, muitas vezes,
suficiente para provocar a retirada da frota, já que as consequências de um
submarino não-detectado são desastrosas.
Por
outro lado, os mísseis são a outra forte ameaça no combate naval moderno. Podem
ser lançados a partir de outros navios, submarinos, ou unidades aéreas e, a sua
grande velocidade (atingindo os Mach 4) reduz o ataque para escassos segundos.
Assim,
torna-se imperativo destruir quaisquer plataformas de lançamento antes que
possam sequer disparar, o que permite reduzir o número de ameaças de míssil de
uma vez só.
Muitas
das vezes, não é fácil ou sequer possível conseguir está proeza, pelo que os
recursos antiaéreos deverão ser balanceados entre a guerra aérea exterior
e interior.
Guerra
Pré-Canhões
A guerra naval pré-canhões era honestamente insana. Toda a estratégia consistia em abalroar os navios inimigos e depois travar uma batalha de infantaria nos conveses oscilantes e rachados, com os mastros queimando e os homens caindo no mar. Parece uma das experiências mais frenéticas da história da humanidade.
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