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sábado, fevereiro 11, 2023

Estranho


 

Estranho é pensar tanto em você é te ver em cada cômodo, cada quarto de meus pensamentos.

Estranho é ter que me esgueirar pelos cantos, fugindo do seu ângulo de alcance, adiantando ou atrasando o relógio para que não me perceba, nem mesmo meu rastro.

Estranho é olhar, tentar reconhecer, ir lá no fundo e ainda assim nada saber.

Estranho mesmo é ter estado dentro de você e você de mim e hoje, ao te ver passar, pensar, como tudo tragicamente morreu assim?

Estranho, muito estranho saber que nada existiu verdadeiramente em você, durante todos os nossos dias, foram apenas ilusão e nada mais!

Encruzilhadas



Não é de hoje que as encruzilhadas são tidas como sítios especiais para as gentes. Ponto de propiciação para algumas religiões é também lugar onde se celebra acordos e se firma compromissos.

Para alguns é ponto de encontro com o diabo, para outros é ponto certo para se deixar oferendas aquele que abre os caminhos, como Exu, no candomblé; como um dia a Hécate pelos gregos, sempre associada a lua, a magia e a bruxarias.

Não só os caminhos em cruz, mas os encontros em X ou em T trazem os seus significados e servem a demandas diversas. Lugar em que se pode mudar sentido e direção é sempre significativo e sugere tempo e lugar de decisões.

Histórias contadas pelo sertão e pelo Brasil afora situam nas encruzilhadas aparecimento de fantasmas, e não vai longe o tempo em que nelas se enterravam os pagãos, indignos do solo sagrado dos cemitérios.

Foi num desses cruzamentos que, na zona rural do Mississipi, Robert Johnson americano famoso guitarrista e compositor de blues “comprou” ao diabo o seu talento ao preço de sua alma. À meia noite, claro!

Rezas fortes também têm seu lugar em caminhos que se atravessam e ganham poder quando ali pronunciadas.

Está no livro de Ezequiel: “com efeito, o rei da Babilônia se deteve na encruzilhada, no começo dos dois caminhos, a fim de recorrer à sorte.” Estava lá o rei seguindo a palavra de Iahweh Deus!

Mitos, lendas, superstições e religiosidade são servos do tempo que tudo modifica e ressignifica, degringolando significados, debulhando verdades, revelando História!

Helenita Monte de Hollanda 

A Miséria Lucrativa...

Em Israel chove menos que no sertão nordestino.

Mesmo assim, o país driblou a estiagem e se tornou um grande produtor agrícola. Do chão seco tirou limão, do limão, fez uma limonada.

Já no Brasil, somos férteis em assistencialismo a conta gotas!

Toda seca, um bocadinho de água e um montão de dinheiro enviado para não resolver NADA!

A famigerada indústria da seca diz que o povo tem que depender, tem que se humilhar, tem que pagar a "boa ação" do político com fidelidade, com votos!

É o velho-novo cabresto que impede as mudanças e atrofia o Nordeste.

Não iludam o nordestino!

Um povo não pode viver de esmolas.

Água só não basta!

Tem que ter irrigação tem que ter tecnologia, para o sertanejo não depender dos coronéis da terra, nem dos santos do céu.

 (Rachel Sheherazade)

 “... Já no Brasil, somos férteis em assistencialismo a conta gotas!"

Sem jamais esquecermos que, essas “contas gotas" se transformam em verdadeiras cachoeiras de votos em dia de votação!

Votos que caem nas urnas para logo depois serem convertidos em novos milhões nas contas pessoais dos velhos e novos "coronéis" dessa terra!

Bolsas isso e aquilo fazendo com que as pessoas não queiram mais trabalhar, está faltando agricultor, domesticas, serventes e etc.



sexta-feira, fevereiro 10, 2023

Grace Kelly - De Atriz a Princesa de Mônaco

Grace Kelly - De Atriz a Princesa de Mônaco - Grace Patrícia Grimaldi nascida Grace Patrícia Kelly nasceu na Filadélfia nos Estados Unidos no dia 12 de novembro de 1929. Foi uma atriz de cinema americana que, após estrelar vários filmes importantes no início da década de 1950, tornou-se Princesa de Mônaco ao se casar com o Príncipe Rainier III, em abril de 1956.

Grace é considerada a décima terceira lenda do cinema mundial pelo Instituto americano do cinema. Sua morte se deu em virtude de um acidente automobilístico em 14 de setembro de 1982. Kelly é também considerada, além de um ícone da moda, a "princesa mais bonita da história". 

Como atriz, estrelou onze filmes, entre eles “Amar é sofrer”, pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Atriz e o Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático. No total, a atriz recebeu dez nomeações aos principais prêmios da indústria cinematográfica mundial, tais como o BAFTA e o Globo de Ouro, das quais venceu seis vezes.

Além de atriz e aristocrata, Grace Kelly também foi uma filantropa dedicada especialmente a pessoas que desejavam seguir a carreira artística. Seus trabalhos humanitários se intensificaram após seu casamento com o príncipe, pois ela ficara impossibilitada de exercer sua profissão de atriz. 

Kelly foi madrinha de várias instituições sociais entre elas a Association mondiale des amis de l'enfance, uma organização internacional criada por ela, que tem como objetivo ajudar crianças carentes.

Em 2011, foi anunciada a compra dos direitos autorais de Grace of Mônaco pela produtora Stone Angels para uma adaptação cinematográfica da obra. O longa, com o mesmo nome do livro, foi dirigido por Olivier Dahan, com produção de Pierre-Ange e roteiro de Asash Amel. 

O filme, protagonizado pela atriz Nicole Kidman, está centrado na história do período de dezembro de 1961 a novembro de 1962, quando Grace desempenhou papel decisivo em uma negociação política entre o presidente da França o Charles de Gaulle e seu marido.

Em 14 de setembro de 1982, Grace Kelly morreu em um acidente automobilístico em Monte Carlo, Mônaco. O carro que a princesa dirigia saiu da estrada e caiu em um despenhadeiro, causando um derrame cerebral e, consequentemente, sua morte aos cinquenta e dois anos. 

Após sua morte, especulou-se que sua filha mais nova, Stéphanie, dirigia o automóvel no momento do acidente. Tal informação, no entanto, é negada pela própria Stéphanie, afirmando não se sentir culpada pela morte de sua mãe "porque não tem nada com o acidente".

Seu funeral, ocorrido em 18 de setembro daquele ano, contou com a presença de vários aristocratas, entre eles a rainha da Espanha e a, na época, princesa Diana e foi assistido por cerca de trinta milhões de pessoas através da televisão. 

Pouco depois de sua morte, em sua cidade natal, foi levantado um monumento em sua homenagem, que está localizado no final do Rio Schuylkill. Grace foi sepultada na Catedral de São Nicolau, em Mônaco.




 

Anjos e Demônios - Filme baseado no romance homônimo de Dan Brown.

Anjos e Demônios - Filme baseado no romance homônimo de Dan Brown. - Anjos e Demônios é um filme dos Estados Unidos de 2009, dos gêneros de suspense, drama e policial, dirigido por Ron Howard, com roteiro de Akiva Goldsman e David Koepp baseado no romance homônimo de Dan Brown.

Lançado mundialmente no dia 15 de maio de 2009 e distribuído pela Sony e produzido por Brian Grazer, o longa tem novamente Tom Hanks interpretando o professor Robert Langdon, e ainda Ayelet Zurer, como a física italiana Vittoria Vetra, e Ewan McGregor no papel de Patrick McKenna, o carmelengo do papa.

A equipe de produção do filme trabalhou intensamente para conseguir lançar um teaser trailer no mesmo período do lançamento do quinto romance de Dan Brown, O Símbolo Perdido. Entretanto o lançamento do livro foi adiado para setembro de 2009. Antes de O Símbolo Perdido, foram lançados o Código da Vinci, Anjos e Demônios, Ponto de Impacto e Fortaleza Digital.

Após o sucesso de O Código Da Vinci e Anjos e Demônios, o estúdio Sony Pictures confirmou que Tom Hanks voltará a interpretar o simbologista Roberto Langdon no terceiro filme da franquia “The Da Vinci Code” que se chamará Inferno, e será baseado no best-seller homônimo. O filme será dirigido por Ron Howard, como os anteriores.

Enredo

Depois de um bizarro homicídio no CERN, na Suíça, Robert Langdon é chamado para investigar um desaparecimento meticulosamente planejado de uma substância perigosa conhecida como antimatéria.

Além disso, um emblema Illuminati queimado sobre o cientista morto reaviva a hipótese dessa sociedade secreta ainda existir, lançando Langdon numa procura às respostas das questões levantadas pelos recentes acontecimentos.

A história é desenrolada durante o Conclave, diante de uma Roma que acompanha de perto a eleição papal e os misteriosos assassinatos de Cardeais.

Desenvolvimento

Em 2003, a Sony Pictures adquiriu os direitos da produção de Anjos e Demônios e O Código Da Vinci através de um acordo com o autor Dan Brown.

Em maio de 2006, seguindo ao lançamento da adaptação cinematográfica do segundo livro, a Sony contratou o roteirista Akiva Goldsman, que escreveu o roteiro, para iniciar uma adaptação de Angels & Demons

As filmagens foram agendadas para início em fevereiro de 2008 e o filme seria lançado em dezembro do mesmo ano, porém, por conta da Greve dos roteiristas dos Estados Unidos, as filmagens foram paralisadas e adiado para maio de 2009. David Koepp reescreveu o roteiro antes do reinício das filmagens.

Filmagem

As filmagens começaram em 4 de junho de 2008, em Roma, sob o falso título de trabalho Obelisco, sendo que o restante do filme foi filmado no Sony Pictures Studios em Los Angeles.

Os funcionários da Igreja Católica Romana consideraram o Código Da Vinci ofensivo e proibiram as filmagens em suas igrejas, de modo que as cenas dos respectivos locais foram feitas nos estúdios da Sony.

O Palácio Caserta dobrou para o interior do Vaticano, e a Biblioteca Angélica foi usada como a Biblioteca do Vaticano. Filmagens adicionais ocorreram na Universidade da Califórnia em Los Angeles, em julho.

Boicote

O L’Osservatore Romano, jornal oficial do Vaticano, publicou um artigo, dizendo que a Igreja "não poderia aprovar" um filme tão problemático. 

O jornal de Turim La Stampa disse que o Vaticano iria em breve convocar um boicote contra o filme, ainda que no mesmo artigo o Arcebispo Velasio De Paolis tenha advertido contra o "efeito bumerangue", que poderia chamar mais a atenção ao filme e até torná-lo mais popular.

Produtores pediram permissão a autoridades da Igreja para filmar cenas de Anjos e Demônios no Vaticano, mas os pedidos foram negados.

Membros da Igreja defenderam um boicote contra O Código da Vinci quando foi lançado em 2006, mas teve um efeito muito pequeno na popularidade do filme, baseado no best-seller de Dan Brown.

Recepção Critica

Angels & Demons tem recepção mista por parte da crítica especializada. Com tomatometer de 37% em base de 249 críticas, o Rotten Tomatoes publicou um consenso: "Angels & Demons é um passeio de emoção em ritmo acelerado, e uma melhoria em relação a última adaptação de Dan Brown, mas a história muitas vezes oscila entre implausível e ridículo e não se traduz de forma eficaz para a tela grande". Por parte da audiência do site tem 57% de aprovação.

Elenco Peincipal: Tom Hanks como Robert Langdon, Ayelet Zurwr como Vittoria Vetra, Ewan McGregor como O carmelengo Patrick McKenna, Stellan Skarsgard como Comandante Maximilian Richter


 

 

Divina


Divina! És uma feiticeira de condão perigoso, cujo poder mágico me modificou totalmente, porque já não resta nada de o ser que eu era antes. Das minhas paixões, das minhas dedicações, das minhas ânsias, das minhas abominações.

Nada que não seja uma cobiça grandiosa, uma sede ávida de ti.

O prazer de imaginar a vista do que ainda não vi, de imaginar o gozo do que ainda não gozei...

Querida, por ti, pelo teu amor, pela tua atenção, por um dos teus afagos, por um dos teus maneios, sinto ferver no sangue o germe de todas as bravuras e de todas as abjeções.

Por ti poderei ser santo ou delinqüente, porque é tua a minha carne, como minha alma.

Te amo! Desde que ti vi pela primeira vez...

Lembra-se daquela noite em que me apareceste envolta em brancas espumas?

Francisco Silva Sousa

quinta-feira, fevereiro 09, 2023

Blaise Pascal

Blaise Pascal nasceu em Clermont, no dia 19 de junho de 1623. Filho de Etienne Pascal e Antoinette Begon ficou órfão de mãe aos três anos de idade. Suas extraordinárias qualidades de inteligência, reveladas desde os primeiros anos da infância, tornaram-se todo o orgulho do pai de Pascal, que quis encarregar-se pessoalmente de sua educação. 

O jovem Pascal manifestou, desde logo, um pendor excepcional pelas matemáticas, a tal ponto que, segundo sua irmã Gilberte, chegou a descobrir os fundamentos da geometria euclidiana. 

Aos dezesseis anos de idade, escreveu um tratado de tal profundeza que se dizia não ter sido escrito outro, depois de Arquimedes, que se lhe pudesse comparar. Esse tratado despertou o entusiasmo de Descartes.

Enquanto isso continuava Pascal os seus estudos do latim e do grego, nos quais seu pai o havia iniciado, e, nos intervalos, dedicava-se também à lógica, à física, à filosofia. Aos dezoito anos de idade, inventou uma máquina de calcular. 

Aos vinte e três, já era senhor de imenso cabedal científico, tendo descoberto várias leis sobre a densidade do ar, o equilíbrio dos líquidos, o triângulo aritmético, o cálculo das probabilidades, a prensa hidráulica, etc. Um dia, porém, na ponte de Neuilly, foi vítima de um acidente e começou a sofrer de alucinações, vendo aparecer sempre diante de si um abismo aberto para tragá-lo. 

Desde então, tornou-se profundamente religioso, renunciou a todos os seus conhecimentos e, passando a viver solitariamente, internado na abadia de Port-Royal, dedicou-se exclusivamente à defesa do cristianismo. Dá-se, hoje, o nome de abismo de Pascal à dificuldade que certos problemas sociais ou morais oferecem em sua elucidação.

A expressão grão de areia de Pascal encontra explicação na seguinte passagem desta obra: "Cromwell teria destruído toda a cristandade, a família real se teria perdido e a sua se tornado poderosa como nunca, se não fosse um pequeno grão de areia que se introduzira em sua uretra. 

E até Roma teria tremido sob o seu domínio, se essa areiazinha, que não valia nada em outro lugar, introduzindo-se ali, não o tivesse morto, derrubando sua família e restabelecendo o rei." Assim, com aquela locução, se exprime a ideia de que pequenas causas podem acarretar grandes efeitos.

        Toda a vida de Pascal é tida como um grande exemplo de sofrimento resignado e de piedade. Morreu com trinta e nove anos, no dia 19 de agosto de 1662


Rambo II - Da Série é um dos melhores

Rambo II - Da Série é um dos melhoresRambo: First Blood Part II é um filme americano de 1985, dirigido por George P. Cosmatos, com história de Kevin Jarre e roteiro de Sylvester Stallone e James Cameron. É o segundo filme da série em que Sylvester Stallone interpreta o veterano de guerra John Rambo. 

No Brasil, o filme recebeu três dublagens distintas. A primeira, mais rara, feita por André Filho, a segunda feita pelo atual dublador oficial Luiz Feier Motta para os discos lançados pela Flashtar. Por fim, existe ainda uma terceira dublagem, feita para os discos lançados pela Studio Canal.

Enredo

O filme começa com John Rambo preso em um campo de trabalho sendo chamado pelo seu antigo coronel, Samuel Trautman, para uma missão no Vietnã: ele deverá verificar se existe prisioneiros de guerra americanos. 

O local é o mesmo do qual ele escapou em 1971 e é considerado uma das 3 pessoas mais preparadas para tal. Em troca, ganharia sua liberdade e a possibilidade de voltar ao exército americano. Ele aceita e é incumbido de apenas tirar fotos dos prisioneiros para provar para o governo e para a população que estes existem. 

No local, Co Bao, uma mulher do local que está trabalhando para os americanos estará a sua espera para auxiliá-lo na missão, que deverá ser cumprida em um período de 36 horas. Durante a sua chegada às terras vietnamitas, por um salto de paraquedas, Rambo perde grande parte dos seus equipamentos e toca o solo somente com uma faca, arco e flechas. 

Co Bao o leva para um acampamento onde estão muitos prisioneiros de guerra americanos. Ele resolve ignorar as ordens recebidas e invade o acampamento para tentar algum resgate. Na tentativa de libertar um prisioneiro, ele se encontra novamente com Co Bao e tentam escapar do local, matando muitos soldados e destruindo até um barco da marinha que estava a sua procura, pois os vietnamitas encontraram os soldados por ele mortos. 

Isso enquanto o coronel inicia a operação de resgate de Rambo, encontra-o, mas no momento do salvamento, recebe ordens do marechal Murdock para que aborte a missão e, sob a mira do revólver de um dos ocupantes do helicóptero, acata as ordens superiores e Rambo é preso com o prisioneiro que tentava libertar. 

Murdock teme o que pode acontecer consigo e com seu partido se a situação dos prisioneiros vier a público. Rambo então clama por vingança a Murdock, foge da prisão com o auxílio de Co Bao, que entrou no acampamento se passando por uma prostituta.

Quando achavam que estavam a salvo, ela cuida dele e acabam se beijando, mas logo depois são surpreendidos por um grupo de soldados que a matam. Rambo, desejando mais ainda a vingança, ataca os vietnamitas e os russos que os apoiavam, exterminando-os do acampamento. Salva os prisioneiros e exige que Murdock vá atrás de todos os outros. Assim, nega voltar ao exército e obtém sua liberdade de volta.

O argumento do filme muito se assemelha ao roteiro de Braddock - O Super Comando (Missing in Action), de 1984, estrelado por Chuck Norris.

Produção

Os produtores do filme acharam que o filme seria mais lucrativo se Rambo obtivesse um parceiro em sua missão de resgate. Este parceiro seria interpretado por John Travolta, porém, Stallone não aprovou a ideia.

A ideia original de titulo para o filme foi de James Cameron, que queria que o nome do filme fosse First Blood II: The Mission (traduzindo para português A Missão).

Recepção Comercial

O filme que custou em torno de 27 milhões de dólares para fazê-lo, foi sucesso de bilheteria. Só na América do Norte rendeu $150 milhões, ficando ao lado dos 2 filmes mais bem sucedidos de 85 na América do Norte, junto de Back to the Future e Rocky IV, este último do próprio Stallone.

Apesar de o filme ter sido sucesso comercial, na crítica a história foi diferente, o filme foi massacrado. Chegando até a ser indicado e vencendo como pior filme de 1985 no Golden Raspberry Awards.

Premiação

Apesar de ser indicado ao pior filme do ano, foi o único filme da série a ser indicado pela Acaddemy Award por melhor edição de som.



 

A Toga


Olhando o sol diretamente, não verão figuras tracejadas sobre a terra. Os viajantes sem destino, não terão à ajuda do vento no seu curso.

Que lei nos poderá juntar quando quebradas seu jugo, que não seja à porta de uma prisão?

Quais leis temerão se bailarem sem claudicar em nenhuma cadeia de ferro criada pela mão do homem?

Não haverá jamais, alguém que possa nos acusar em juízo sem nunca ter também cometido um erro sequer! Difícil! Impossível! Entretanto é assim que funciona.

A toga lhes dá poder de julgo sobre os erros alheios, e benevolência a si e aos seus!

Francisco Silva Sousa

quarta-feira, fevereiro 08, 2023

Profecias de Jesus.


Não pensem que eu vim trazer paz ao mundo. Não vim trazer a paz, mas a espada. Eu vim para pôr os filhos contra os pais, às filhas contra as mães e as noras contra as sogras. E assim os piores inimigos de uma pessoa serão os seus próprios parentes.

Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor.

Não serve para ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira. (Mateus 10: 34-39)

P.S: Quanto egoísmo! É justamente assim que o mundo está hoje graças a esse tipo de ensinamento da bíblia.

Me tornei invisível


Me tornei invisível. Já não sei em que data estamos. Nessa casa não há folhinhas e, em minha memória tudo está revolto.
As coisas antigas foram desaparecendo, e eu também fui apagando sem que ninguém se desse conta.

Quando a família cresceu, me trocaram de quarto. Depois, me passaram a outro menor ainda acompanhada de minhas netas. Agora ocupo a edícula no quintal de traz.

Prometeram-me trocar o vidro quebrado da janela, mas se esqueceram. E as noites, por ali sopra um ventinho gelado que aumenta minhas dores reumáticas.
Um dia à tarde me dei conta que minha voz desapareceu.

Quando falo, meus filhos e netos não me respondem.

Conversam sem olhar para mim, como se eu não estivesse com eles. Às vezes, digo algo, acreditando que apreciarão meus conselhos. Mas não me olham, não me respondem. Então, me retiro para o meu canto antes de terminar a caneca de café.

O faço para que compreendam que estou enojada, para que venham procurar-me e me peçam perdão..., mas ninguém vem. No dia seguinte lhes disse:

- Quando eu morrer, então sim, vão sentir minha falta.

E meu neto perguntou:

- Estás viva, vovó? (rindo-se)

Estive três dias chorando em meu quarto, até que numa certa manhã, um dos meninos entrou a jogar umas rodas velhas...

Nem o bom dia me deu. Foi então quando me convenci de que sou invisível. Uma vez, os meninos vieram dizer-me que no dia seguinte iríamos todos ao campo. Fiquei muito feliz.

Fazia tanto tempo que não saia! Fui a primeira a levantar. Quis arrumar as coisas com calma.

Nós, os velhos tardamos muito, assim, me ajeitei a tempo para não os atrasar.
Em pouco tempo, todos entravam e saiam da casa correndo, jogando bolsas e brinquedos no carro.

Já estava pronta e muito alegre. Parei na porta e fiquei esperando. Quando se foram, compreendi que não estava convidada. Talvez não coubesse no carro.

Senti como meu coração se encolhia, o queixo me tremia como alguém que tinha vontade de chorar. Eu os entendo, são jovens, riem, sonham se abraçam, se beijam.

E eu... Antes beijava os meninos, me agradava tê-los nos braços, como se fossem meus. E, até cantava canções de berço que havia esquecido, mas um dia... Minha neta acabava de ter um bebê.

Me disse que não era bom que os velhos beijassem aos meninos por questões de saúde. Desde então, não me aproximei mais deles. Tenho tanto medo de contagiá-los!

Eu os bendigo a todos e os perdoo, por que... Que culpa eles têm de que eu tenha me tornado invisível?

Texto original “El dia que me volvi invisible” Autora: Silvia Castillejon Peral Cidade do México 2002 

terça-feira, fevereiro 07, 2023

Noite das Facas Longas - Expurgo na Alemanha Nazista



Noite das Facas Longas - Expurgo na Alemanha Nazista ou Noite dos Longos Punhais foi um expurgo que aconteceu na Alemanha Nazista na noite do dia 30 de junho para 1 de julho de 1934, quando a facção de Adolf Hitler do Partido Nazista realizou uma série de execuções políticas extrajudiciais. 

Os maiores alvos do expurgo foram membros da facção strasserista do partido, incluindo seu líder, Gregor Strasser.

Entre as vítimas também estavam proeminentes conservadores antinazistas (como o ex-chanceler Kurt von Schleicher e Gustav Ritter von Kahr, que havia suprimido o Putsch da Cervejaria de Hitler em 1923). 

Muitos daqueles que foram mortos pertenciam às lideranças da Sturmabteilung (SA), uma das organizações paramilitares do partido chamada de "camisas-pardas".

Adolf Hitler revoltou-se contra o líder da SA, Ernst Rohm, pois temia a independência daquela facção (que já contava com três milhões de integrantes). Adicionalmente, Hitler estava desconfortável com o apoio declarado de Rohm à ideia de uma "segunda revolução" para redistribuir a riqueza na sociedade alemã. 

Hitler também queria conciliar líderes da Reichswehr (o exército oficial alemão), cuja cúpula temia e desprezava a SA por causa da ambição particular de Rohm de absorver o Reichswehr entre seus comandados.

Sob diversos aspectos os interesses de Rohm chocavam-se com os da Reichswehr, cujos oficiais - em especial o marechal Paul von Hindenburg, presidente da nação na época - demonizavam a figura de Rohm, a quem acusavam de ser homossexual e viciado que tinha aspirações de derrubar o regime nazista, instigando uma revolta no povo alemão para forçar a queda de Adolf Hitler.

Com isso, Hitler, então chanceler da Alemanha nomeado por Hindenburg, decidiu não entrar em choque com o poder político dos militares e, ao invés disso, executou um expurgo contra as autoridades máximas da SA, assim como todos seus inimigos políticos.

Ao menos 85 pessoas morreram durante o evento e milhares de opositores políticos foram presos. A maioria das mortes foi causada pela Schutzstaffel (SS), um grupo de elite especial, e pela Gestapo (Geheime Staatspolizei), a polícia secreta. Com o expurgo, foi consolidado o apoio do exército alemão a Hitler. 

O expurgo reforçou e consolidou o apoio do Reichswehr a Hitler, além de também ter fornecido uma base jurídica para o nazismo, visto que os tribunais alemães rapidamente deixaram de lado séculos de proibições de execuções extrajudiciais para demonstrar lealdade ao regime. 

A Noite das Facas Longas foi um divisor de águas no governo alemão e estabeleceu Hitler como "o juiz supremo do povo alemão", como ele mesmo disse em seu discurso no Reichstag, em 13 de julho de 1934.

Antes do seu acontecimento, o evento foi classificado com o codinome "colibri" (Kolibri), escolhido aleatoriamente, que se tornou palavra-chave para iniciar a operação. A frase "Noite das Facas Longas" origina-se de um verso de uma canção da SA que tem como tema principal a execução destes massacres. 

Devido ao peso da expressão, a Alemanha refere-se a este assunto com o nome de "Rohm-Putsch", nome empregado pela propaganda nazista na época.

Hitler e a Sturmabteilung

O presidente Paul von Hindenburg nomeou Hitler chanceler no dia 30 de janeiro de 1933. Ao longo dos meses seguintes, durante o chamado Gleichschaltung, Hitler eliminou todos os partidos rivais na Alemanha, até o país tornar-se, no verão de 1933, um estado unipartidário, sob sua direção e controle. 

Mas mesmo com a consolidação de seu poder político, Hitler não tinha poder absoluto.

Como chanceler, ele não podia comandar o exército, que permanecia sob a liderança formal de Hindenburg, um veterano altamente respeitado, mas que ao longo dos anos tornava-se cada vez mais frágil e demente. 

Enquanto muitos líderes políticos estavam impressionados com o poder de liderança de Hitler e suas promessas, como o retorno da conscrição e uma política externa mais agressiva, o exército continuava independente e orientado a não se reunir ao regime nazista.

Sturmabteilung (SA) era uma organização paramilitar nazista que permaneceu autônoma dentro do próprio partido. 

Desenvolveu-se a partir dos Freikops, um movimento criado após a Primeira Guerra Mundial, organização nacionalista que era composta por alemães desfavorecidos financeiramente, desiludidos e irritados com o governo de seu país, pois acreditavam que este havia traído e humilhado a Alemanha para assinar o Tratado de Versalhes.

Os Freikorps conseguiram estabilizar-se na nova República de Weimar. Ernst Rohm era seu comandante principal e foi-lhe dado o apelido "Rei da Máquina de Guerra da Baviera". Mais tarde, Röhm tornou-se líder da Bavarian Freikorps

Durante a década de 1920, a SA funcionava como milicia de Hitler, e era usada para intimidar adversários políticos, especialmente os sociais-democratas e os comunistas.

 Também conhecida como "camisas-pardas", a SA ganhou destaque por suas violentas batalhas de rua contra os comunistas. 

O violento confronto entre estes dois grupos, contribuiu para desestabilização da Alemanha no período entreguerras na República de Weimar. Em junho de 1932, o número de batalhas nas ruas já tinha chegado a quatrocentos, resultando em 82 mortos. 

Estes confrontos foram essenciais para a subida de Hitler ao poder, pois este prometia acabar totalmente com a violência urbana.

Mesmo a nomeação de Hitler como chanceler, seguido da supressão de todos os partidos políticos, exceto o dos nazistas, não tinha acabado com a violência da SA. Os camisas pardas percorriam as ruas alemãs para torturar bêbados que andavam sozinhos à noite. 

Denúncias de abuso de poder eram comuns até o verão de 1933. Estes comportamentos perturbaram a classe média da Alemanha e elementos conservadores do exército.

Abismado com estes comportamentos, o passo seguinte de Hitler seria atacar a Sturmabteilung. No dia 6 de julho de 1933, em uma reunião de políticos nazistas, Hitler discursou e falou que no momento que o NSDAP tivesse seus objetivos alcançados, a sua maior preocupação era consolidar-se no poder.

O discurso de Hitler era uma direta referência à queda da SA, que para ele era o último objetivo que faltava para sua consolidação. Entretanto, esta não era uma missão fácil, pois a organização era constituída, em sua maioria, por adeptos do nazismo. 

A SA teve seu momento de crescimento durante a Grande Depressão, quando o povo alemão perdeu a confiança nas tradicionais instituições; enquanto o nazismo não era totalmente aceito pela classe trabalhadora, ela cumpria todos seus deveres e focava seus atos sempre nesta classe. 

Os líderes da SA acreditavam que a promessa socialista do regime nazista poderia quebrar totalmente o patrimônio dos aristocratas da época, sendo favorável aos trabalhadores.

Conflito entre o exército e a SA

Ninguém na SA falava mais sobre "a continuação da revolução alemã", como Rohm. Como um dos primeiros membros do Partido Nazi, ele tinha participado do Putsch da Cervejaria, uma tentativa de Hitler de subir ao poder em 1923. 

Como veterano da Primeira Guerra Mundial, Rohm tinha avisado que iria matar doze homens em retaliação a cada soldado morto da SA. 

Rohm via a violência como uma maneira de subir ao poder. Não contente somente com a liderança da SA, ele fazia lóbi para que Hitler o apontasse como ministro da Defesa, posição ocupada pelo General Werner von Blomberg.

O exército alemão desprezava os adeptos da SA, e isso fez muitos integrantes da tropa de assalto sentirem que o exército não estava totalmente comprometido com a causa nacional-socialista. 

Líderes da SA denunciaram o exército e diziam que "Alguns destes oficiais do exército são suínos. A maioria dos oficiais são velhos e têm que ser substituídos por jovens. Estamos esperando a morte do Hindenburg, e nós da SA iremos contra o exército." 

Apesar da grande hostilidade entre o exército e a Sturmabteilung, Blomberg e os demais militares viam a SA como fonte de futuros soldados do exército. Rohm, entretanto, queria eliminar os velhos soldados de então e dar à SA o poder de ser o novo exército alemão.

 Limitado o exército, pelo Tratado de Versalhes, a ter o máximo de cem mil soldados, as tropas da SA passavam os três milhões em 1934. 

Em janeiro de 1934, Rohm deu a Blomberg um memorando pedindo que a SA se tornasse a nova força nacional e se fundisse com o Reichswehr. Em resposta, Hitler encontrou com Blomberg e a liderança da SA e da SS no dia 28 de fevereiro de 1934. 

Sobre pressão de Hitler, Rohm relutantemente assinou um acordo reconhecendo a supremacia do Reichswehr sobre a SA. Hitler anunciou para todos que a SA seria apenas uma auxiliar no trabalho do Reichswehr. Após Hitler se retirar, Rohm declarou que não iria seguir as ordens do "ridículo" - uma humilhante referência a Hitler.

Pressão contra a SA

Rohm tinha o sonho de tornar suas tropas de assalto o novo embrião do exército alemão. Na primavera de 1934, essa visão era completamente inversa à ideia de Hitler, que era de consolidar e expandir o Reichswehr, unindo-o ao governo nazista. 

Como resultado disso, criou-se um conflito interno no Partido e, após várias reuniões, o premiê da Prússia, Hermann Goring, o ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, o chefe da SS. Heinrich Himmler, e o deputado Rudolf Hess, todos da cúpula do partido, organizaram-se contra Rohm.

Entre os líderes do Partido Nazista, todos sabiam que Rohm era a única pessoa que não era mais leal a Adolf Hitler, e o seu desprezo ao partido irritava Hitler e Hess. A violência que a SA pregava na Prússia preocupava muito Göring, presidente da Prússia. 

Em uma tentativa de isolar os poderes de Rohm, em 20 de abril de 1934 ele transferiu o controle político da Prússia para Himmler: Göring acreditava que Himmler não suportaria o controle da SA e poderia vir a tentar expulsar Rohm do partido. 

Himmler invejava o poder da SA e criou um grupo especial de guarda-costas de Hitler, a Schutzstaffel, (SS). Com a criação da SS, Hitler via que já era tempo de acabar com a SA e tirar Rohm do poder.

Membros conservadores no exército e na indústria, além de políticos ligados a Hitler, faziam pressão para reduzir a influência que Rohm tinha no país. Enquanto a homossexualidade incomodava parcialmente os conservadores, estes estavam mais preocupados com suas ambições políticas. 

Em 17 de junho de 1934, o vice-chanceler Franz von Papen, aliado de Hindenburg, num discurso em uma universidade, avisou sobre o possível início de uma "segunda revolução" liderada pela SA. No mesmo discurso, criticou o nazismo e as políticas de Hitler. 

Então, von Papen, um católico e aristocrata que rompeu todas suas ligações com o exército e a indústria, ameaçou pedir demissão se Hitler não agisse.

Após um breve encontro com Hitler, Hindenburg ameaçou colocar o país em lei marcial se Rohm continuasse no controle da SA. Esta atitude poderia fazer com que o nazismo perdesse forças e deixou Hitler preocupado. Sob pressão, Hitler pensou em fazer um expurgo, onde eliminaria seus inimigos e líderes da SA.

Em preparação para este expurgo, Himmler e o deputado Reinhard Heydrich, chefe de segurança da SS, criaram um dossiê sugerindo que Rohm tinha recebido doze milhões de marcos alemães da França para depor Hitler do poder. 

Os líderes da SS rapidamente criaram os documentos falsificados e no dia 24 de junho tinham finalizado o projeto da missão com o nome de "Rohm-Putsch". 

Enquanto não era posta em prática, a missão foi chamada de "Operação Colibri". Em 26 de junho, Goring e Himmler fizeram a lista de todas as pessoas que poderiam ameaçar Hitler e o NSDAP, para matar no dia da operação. Em 27 de junho, Hitler criou um grupo especial e planejou detalhadamente tudo o que iria acontecer. 

A exigência principal do chanceler era que a operação fosse discreta e realizada em uma única noite. 

Após o planejamento, Hitler pôs todas suas tropas em alerta. Ele mostrou total confiança em seu plano e participou de um casamento no dia 28 de junho. Após o casamento, ele ordenou ao assistente pessoal de Rohm para reunir toda a tropa da SA e encontrar-se com ele na noite de 30 de junho.

Expurgo

Na manhã de 30 de junho de 1934, Hitler e suas tropas voaram para Munique. Do aeroporto, eles foram para o Ministério do Interior da Baviera, onde se reuniram com dirigentes da SA, que tinham organizado uma briga de rua na noite anterior. 

Enfurecido, Hitler retirou as medalhas e a parte de cima do uniforme de Obergruppenfuhrer de um chefe da polícia de Munique, por desobedecer a suas ordens de manter a cidade em ordem. 

Hitler, acompanhado de seus seguidores, de uma grande tropa da SS e da polícia comum, foi para um hotel em Bad Wiessee, onde estava marcado o encontro entre Rohm e seus comandados.

No início da noite, à testa de uma longa fileira de carros, Hitler seguiu então para Bad Wiessee. "De rebenque na mão", segundo o seu motorista Erich Kempka, Hitler "penetrou no quarto de Rohm, seguido de dois agentes da polícia criminal armados, de revólveres engatilhados. 

Aí bradou: 'Rohm, você está preso!' Ainda tonto de sono, Rohm ergueu a cabeça do travesseiro. 'Heil mein Führer', balbuciou. 'Você está preso!', gritou Hitler novamente. Aí deu meia-volta e saiu do quarto." A cena se repetiu com todos os chefes da SA - apenas um, o silesiano Edmund Heines, foi encontrado na cama com um jovem, também a serviço da SA. Heines opôs certa resistência, mas teve o mesmo fim. 

Goebbels, ministro da Propaganda, justificava o expurgo como repressão das atitudes não aceitas pelo regime nazista.

A SS ainda prendeu um comboio de líderes da SA que chegavam ao hotel para a reunião com Rohm. O Gruppenführer berlinense Karl Ernest estava em Bremen, onde se preparava para sua viagem de núpcias. 

Quando embarcava no navio, foi detido, e, crendo que se tratava de uma das brincadeiras de despedida de solteiro, deixou-se levar. Foi conduzido até Berlim.

Sorria ao exibir seus braços algemados e fez brincadeiras com o grupo das tropas SS que o aguardava no aeroporto. Saiu do avião direto para uma viatura policial, que lá estava à sua espera. Os jornais já continham entre suas notícias a morte do Gruppenführer. 

Mas Ernst, continuando a crer tratar-se de uma brincadeira, foi encostado no muro de Lichterfeld e fuzilado. Recusando-se a acreditar no que passava, balbuciou ainda um "Heil, Hitler!".

O fato de Rohm nunca ter tentado iniciar uma revolução contra Hitler não o poupou de ser denunciado. Chegando aos quartéis de Munique, Hitler fez um discurso para a população. Consumido de ódio, ele denunciou Rohm como "o pior traidor da história da humanidade" e disse ainda que "figuras desobedientes, sem disciplina e doentes" seriam mortas. 

A plateia, que continha membros da SA que escaparam da prisão, aprovou o discurso. No retorno a Berlim, Goebbels telefonou para Goring usando o codinome "Colibri", sinal para colocar a Gestapo nas ruas e executar os inimigos do governo.

Perseguição contra velhos inimigos

O evento não se limitou ao expurgo da SA somente. Hitler aproveitou a ocasião e perseguiu sociais-democratas e comunistas. Entre os perseguidos, estava o vice-chanceler Papen, que tinha discursado contra o nazismo e todos seus aliados. 

Em Berlim, Goring fez com que a SS invadisse a Vice Chancelaria. Oficiais da Gestapo também foram em busca do secretário de Papen, Herbert von Bose.

A Gestapo achou-o e executou-o. Mais tarde, foram ao sócio de Papen, Edgar Jung, autor do discurso de Papen contra o regime nazista, e mataram-no. A Gestapo também matou Erich Klausener, líder da Ação Católica da Alemanha. 

O vice-chanceler foi preso, apesar dos seus protestos afirmando que sua prisão era ilegal e contra a constituição. Entretanto, Hitler ordenou sua liberação dias depois e proibiu Papen de fazer qualquer referência contra o nazismo.

Hitler, Göring e Himmler também ordenaram a Gestapo a agir contra velhos inimigos. Kurt von Schleicher, ex-chanceler, e sua esposa, foram assassinados em suas casas. Outros mortos foram Gregor Strasser, ex-nazista que se desfiliara do partido em 1932, e Gustav Ritter von Kahr, ex-comissionário que participara do Putsch em 1923. 

O corpo de Kahr foi encontrado na floresta de Munique e tinha sido cortado por golpes de picareta. A série de assassinatos teve um inocente, Willi Schmid, crítico musical do Münchner Neuste Nachrichten, jornal de Munique, confundido pela Gestapo com um adversário antigo de Hitler.

Destino de Rohm

Rohm ficou pouco tempo na prisão de Stadelheim, em Munique, enquanto Hitler decidia seu destino. Todos concordavam, que o trabalho de Rohm para o Partido Nazi tinha chegado ao fim. 

Mas, devido às leis da época, ele não poderia permanecer na prisão ou ser exilado. Então Hitler decidiu que Rohm deveria ser sentenciado com a pena de morte.

Em 2 de julho, a mando de Hitler, Theodor Eicke, que mais tarde se tornaria chefe do campo de concentração de Dachau, e um oficial da SS, visitaram Rohm. Uma vez dentro da cela, eles lhe deram uma pistola e dez minutos para ele se matar ou eles o obrigariam a isso à força. 

Rohm negou, dizendo a eles: "Se eu vou ser morto, deixe o senhor Hitler fazer isso." Após dez minutos, os membros da SS não escutaram mais nada na cela, e retornaram. Ao abrir a porta, Rohm estava de pé e nu. O oficial, desconfiado, deu-lhe um tiro à queima-roupa.

Consequências

Após a realização do expurgo e da perda de várias vidas, dificilmente o evento poderia ser mantido em segredo, como desejado por Hitler. No primeiro momento, houve uma divisão dentro do Partido Nazista de como encarar a situação. 

Goring deu instruções à polícia para queimar "todos os documentos relacionados a eventos dos últimos dois dias". Entretanto, Goebbels tentou impedir que os jornais publicassem a lista de mortos, mas divulgou a notícia que Rohm e Schleicher tentaram derrubar o governo e tirar Hitler do poder. 

Em 13 de julho de 1934, Hitler justificou o expurgo em uma rádio nacional. Para ele, havia um grande movimento para acabar com o nazismo e controlar o exército, e ele tinha que impedir isto imediatamente, com o orgulho alemão.

Hitler autorizou a publicação de artigos nos jornais com a seguinte frase "Os acontecimentos ocorridos nos dias 30 de junho e 1 de julho e prisões efetuadas no dia 2 foram atos de autodefesa utilizados pelo estado." 

O Ministro da Justiça Franz Gurtner, demonstrou sua lealdade a Hitler, ao criar uma lei contra os envolvidos no expurgo. A lei assinada por Hitler e pelo ministro do Interior, Wilhelm Frick, era a "lei de autodefesa", que legalizava os assassinatos acontecidos.

Reação

Com unanimidade, o exército aplaudiu a Noite das Facas Longas, despistando o fato de dois dos mortos serem os generais Kurt von Schlenicher e Ferdinand von Bredow. O presidente Hindenburg, herói militar da Alemanha, mandou um telegrama a Hitler expressando seu "profundo sentimento de gratidão". 

O apoio do exército ao expurgo, entretanto, teria consequências de longo prazo para a instituição. A ameaça da SA de tirar o exército do poder finalmente tinha chegado ao fim, mas Hitler queria vê-la aproximada do regime nazista.

Sem um relatório independente da imprensa sobre o acontecimento, rumores sobre a Noite das Facas Longas rapidamente tomaram conta da Alemanha. Muitos alemães não acreditavam nas notas postas nos jornais por Joseph Goebbels

Ao mesmo tempo, outros acreditavam que Hitler tinha salvado a Alemanha de entrar em estado de caos. Uma professora de Hamburgo disse em seu diário que muitos alemães admiravam a coragem de Hitler. Ela comparou Hitler a Frederico, o grande, lendário rei da Prússia. Outros estavam horrorizados com o número de execuções, principalmente por serem alemães.

Hitler chamou Victor Lutze para assumir o lugar de Rohm na SA, dando-lhe ordens para acabar com a “homossexualidade, deboche, embriaguez e estilo de vida elevado" na SA. 

Hitler disse a Lutze que fizesse com que a SA parasse de gastar dinheiro em limusines e banquetes, atitudes consideradas extravagantes. Lutze, conhecido por ser um homem de pouco poder e fraco, fez com que a SA perdesse gradualmente seu poder na Alemanha Nazista.

Com ele, a organização paramilitar passou de três milhões de membros em agosto de 1934 para 1,2 milhão em abril de 1938. Todas as referências ao nome de Rohm foram extintas nos uniformes e documentos, sendo substituídas pelas palavras "Blut und Ehre" ("sangue e honra").

A Noite das Facas Longas mostrou um triunfo de Adolf Hitler e foi sua consolidação no governo, estabilizando-o como "juiz supremo do povo alemão". Mais tarde, em abril de 1942, ele se colocaria como "poder acima da lei na Alemanha". 

Este acontecimento também seria exemplo para a pequena resistência contra o regime nazista da época, visto que qualquer pessoa que fosse contra o governo seria severamente punida.