Malas de pessoas enviadas
para campos de concentração: Cada mala é uma família, uma vida!
Malas das Vítimas do Holocausto - Em exibição permanente do
Museu da Segunda Guerra Mundial, em Gdansk, Polônia.
O Museu da Segunda Guerra
Mundial de Gdansk é o único museu do mundo totalmente dedicado ao assunto, e faz
sentido ter se estabelecido ali nessa cidade. Afinal, foi lá que em setembro de
1939 deu-se início a Segunda Guerra Mundial, com um ataque da Alemanha à base
polonesa na Península de Westerplatte.
As tropas alemãs invadiram
a Polônia no dia 1º de setembro de 1939, deflagrando assim a Segunda Guerra
Mundial.
Em resposta à agressão
alemã, a Grã-Bretanha e a França declararam guerra à Alemanha nazista.
Em setembro de 1939, após
derrotar o exército polonês, os alemães reprimiram impiedosamente os poloneses,
assassinando milhares de civis, criando enormes programas de trabalho escravo e
realocando centenas de milhares de pessoas para áreas controladas pela Alemanha
nazista.
A política alemã tinha por
objetivo destruir a nação e a cultura da Polônia, além de explorar
impiedosamente o trabalho dos camponeses e trabalhadores poloneses.
Os alemães assassinaram
milhares de líderes civis poloneses, de todos os tipos. Muitos outros foram
enviados como prisioneiros para campos de concentração.
Um grande número de pessoas
de etnia alemã foi levado para colonizar o território polonês, o qual havia
sido esvaziado de sua população nativa através de deportações forçadas pelos
nazistas.
A ocupação alemã da Polônia
foi excepcionalmente brutal.
Os nazistas consideravam poloneses
a raça inferior. Após a derrota militar da Polônia em setembro de 1939, os
alemães lançaram uma campanha de terror com o objetivo de destruir a nação e a
cultura polonesas.
Reduziu os poloneses a uma
população de camponeses e trabalhadores sem lideranças, trabalhando unicamente
para o benefício dos governantes alemães.
Nas semanas seguintes ao
ataque alemão contra a Polônia, as unidades das SS, da polícia e do exército
dispararam contra milhares de civis poloneses, dentre muitos membros da
nobreza, do clero e da elite intelectual daquele país.
Na primavera de 1940, as
autoridades da ocupação alemã lançaram o AB-Aktion, um plano para eliminar
sistematicamente os poloneses considerados membros da "classe de possível
liderança".
O objetivo era eliminar os
poloneses percebidos como capazes de organizar formas de resistência ao domínio
alemão, bem como aterrorizar a população polonesa até a sua submissão total.
Os soldados alemães
atiraram contra milhares de professores, padres e outros intelectuais em atos
coletivos.
Os oficiais nazistas
enviaram outros milhares de pessoas para o recém-construído campo de
concentração de Auschwitz, para Stutthof e para outros campos de concentração
na Alemanha, onde os poloneses não judeus constituíram a maioria dos presos até
o mês de março de 1942.
Hitler pretendia
"germanizar" a Polônia, substituindo a população polonesa por
colonizadores alemães.
Apenas uma quantidade
pequena de poloneses, suficientes para executar o trabalho mais primário, foi
mantida naquele país; os demais foram expulsos ou mortos.
Como primeiro passo daquele
processo, os governadores nazistas dos territórios anexados (Arthur Greiser no
Warthegau e Albert Forster em Danzig – Prússia Ocidental) deportaram à força
centenas de milhares de poloneses para a área do Generalgouvernement.
Mais de 500 mil pessoas de
etnia alemã foram então assentadas naquelas áreas vazias de seus habitantes
originais poloneses.
Em 1942–43, unidades das SS
e da polícia realizaram ações de germanização na região de Zamosc no
Generalgouvernement, removendo à força cerca de 100 mil civis poloneses, dentre
eles 30 mil crianças.
Famílias foram separadas à
força, muitos prisioneiros foram enviados para os campos de concentração ou
para o trabalho escravo em outros locais, e mais de 4 mil crianças foram
enviadas à Alemanha como sendo “adequadas para a germanização”.
Ao todo, pelo menos 20 mil
crianças polonesas foram retiradas de suas famílias, enviadas para a Alemanha e
submetidas a políticas de educação "germanizadora".
No entanto, enquanto a
guerra durasse, a Alemanha precisava da mão-de-obra polonesa. Os oficiais
nazistas impuseram uma obrigação de trabalho sobre os poloneses fisicamente capazes,
dentre eles crianças a partir de 12 anos.
As autoridades alemãs
ditavam onde e como os poloneses seriam empregados, e podiam levar à força
poloneses para trabalharem na Alemanha.
A polícia capturava
poloneses nas ruas, em trens, mercados e igrejas, e em incursões em aldeias e
bairros para preencher cotas de trabalho.
Os poloneses que tentavam
evitar o recrutamento para o trabalho forçado eram enviados pelos oficiais
alemães para campos de concentração e tinham suas famílias punidas.
Entre 1939 e 1945, pelo
menos 1,5 milhão de cidadãos poloneses foram deportados para o território
alemão para realizar trabalho forçado. Centenas de outros milhares foram
aprisionados em campos de concentração nazistas.
Fomos, claro, sobreviventes
de um período durante o qual qualquer pessoa saudável, com 14 anos ou mais,
tinha que trabalhar 10 horas por dia, 6 dias por semana.
Caso contrário, éramos
enviados para campos de trabalho escravo na Alemanha ou para trabalhar nas
fábricas da máquina de guerra alemã. - Wallace Witkowski descrevendo as
difíceis condições de vida também para os não judeus na Polônia
Em resposta a atividades de
resistência, os oficiais nazistas aplicavam indiscriminadamente fortes medidas
de retaliação.
Eles respondiam a ataques
contra os alemães com prisões em massa e execuções de civis, além de
regularmente capturar civis e os executar como represália por operações de
rechaço.
As operações alemãs de
"pacificação" em áreas com atividade de guerrilha incluíam expulsões
em massa de civis - sendo muitos deles enviados para os campos de concentração.
Liderado por Wladyslaw
Sikorski, foi estabelecido um governo polonês no exílio, inicialmente sediado. Grupo:
Divulgação de fatos e conhecimentos: ciências e afins.
Cabelo de mulheres prisioneiras,
pronto para ser embarcado para Alemanha, é encontrado na libertação do campo de
extermínio de Auschwitz. Polônia, 1945.