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domingo, outubro 16, 2022

A vida dupla de Joana de Leeds - A Papisa


 

A vida dupla de Joana de Leeds - A Papisa - Joana de Leeds nascida na Grã-Bretanha no século XIV, foi uma freira inglesa que, em algum ponto de 1318, fingiu sua própria morte e fugiu do convento de St. Clement, em York. Teria ido para Beverley, onde passou a viver com um homem.

Para poder fugir sem levantar suspeitas, Joana fingiu ter uma doença fatal e criou uma boneca de si mesma, que suas colegas sepultaram em solo sagrado.

Quando o arcebispo de York, William Melton, soube do esquema da freira, escreveu às autoridades religiosas de Beverley, explicando a armação de Joana, exigindo que ela fosse devolvida imediatamente ao convento de St. Clement. Não há registros de seu retorno ou de ações posteriores do arcebispo.

Sobre Joana

Pouco ou quase nada se sabe sobre Joana. Sabe-se que ela era freira residente no convento de St. Clement de York, uma ordem beneditina, nos primeiros anos do século XIV. O que se sabe sobre sua vida é uma anotação feita pelo Arcebispo de York, William Melton, nos registros de seu arcebispado.

Em 1318, cansada de sua vida enclausurada e isolada, Joana disse estar com uma doença mortal e fingiu sua própria morte, criando uma boneca com sua aparência, que depois tomou o lugar de seu cadáver. 

Várias de suas colegas de convento a ajudaram na empreitada, ainda que não se saiba se fizeram voluntariamente ou se também foram enganadas por ela.

Acreditando, ou fingindo acreditar, na morte da freira, suas colegas a sepultaram em solo consagrado, segundo o arcebispo Melton. 

Não se sabe com certeza os motivos para a fuga de Joana, mas o arcebispo escreveu que se devia aos "prazeres da carne" e que por isso ela era incapaz de manter a castidade e o celibato, sendo imprópria para a ordem monástica e suas exigências de voto de pobreza.

“Cansada da vida dentro das paredes de seu convento, uma freira fez o que alguém desiludido com seu trabalho faria: ela fingiu sua morte, fez uma efígie realista ser enterrada em seu lugar e fugiu para viver uma vida de luxúria carnal.”

Joana acabou sendo descoberta em Beverley, vivendo "indecentemente" com um homem, segundo o arcebispo. Melton então orientou seu retorno ao convento. Ela foi considerada uma apóstata por fugir voluntariamente de suas obrigações. Em sua carta para o decano de Beverley, ele disse:

Com uma mente maliciosa simulando uma doença corporal, ela fingiu estar morta, sem temer pela saúde de sua alma, e com a ajuda de inúmeros cúmplices, malfeitores e malícia, criou um boneco à semelhança de seu corpo... [ela] não teve vergonha em ter seu enterro em um espaço sagrado... Ela perverteu seu caminho de vida de maneira arrogante para o caminho da luxúria carnal e para longe da pobreza e da obediência. Tendo quebrado seus votos e descartado o hábito religioso, ela agora vagueia livremente pelo notório perigo para sua alma e pelo escândalo de toda a sua ordem.”

Não se sabe se Joana voltou ou não para St. Clement. É possível que o arcebispo tenha considerado que ele cumpriu seu dever ao exigir que Joana voltasse sem realmente tomar medidas para garantir que isso acontecesse.

Joana não foi a primeira freira a fugir de St. Clement. Em 1301, outra freira, conhecida apenas por Cecília, conheceu um grupo de homens nos portões do priorado. Ela teria arrancado seu hábito, colocado uma roupa comum e fugiu para Darlington, onde viveu com um homem chamado Gregory de Thornton por cerca de três anos.

Outro escândalo assolou o convento em 1310. Joana de Saxton foi punida pelo arcebispo William Greenfield por algum delito desconhecido, mas que envolveria imoralidade.

A punição da freira foi diminuída quando ele escreveu à abadessa, Agnes de Mathelay, estabelecendo algumas condições para a futura conduta de Saxton. 

Entre as restrições, ela não podia deixar o claustro sem a companhia de outras freiras. Não podia receber visitas e nem poderia ter contato com a Lady de Walleys.

Caso Walleys visitasse o priorado, Sexton deveria estar ausente. 

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