Ernest
Miller Hemingway nasceu em Oak Park, cidade localizada no estado americano de
IIIinois no dia 21 de julho de 1899. Foi um escritor norte-americano. Trabalhou
como correspondente de guerra em Madri durante a Guerra Civil
Espanhola (1936-1939).
Esta
experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos
Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em
Cuba. Em 1953, ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção, e em 1954, ganhou o prêmio
Nobel de Literatura. Suicidou-se em Ketchum, em Idaho, em 1961.
Ainda muito jovem, quando a
Grande Guerra (1914-1918) assombrava o mundo, decidiu ir à
Europa pela primeira vez. Hemingway havia terminado o segundo grau em
Oak Park e trabalhado como jornalista no jornal The Kansas City
Star.
Tentou alistar-se no
exército, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à
guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na
Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que viria a ser sua
inspiração para a criação da heroína de Adeus às Armas (1929) – a inglesa
Catherine Barkley.
Atingido por uma bomba,
retornou para Oak Park, que, no entanto, depois do que havia visto na Itália,
tornara-se monótona demais para ele.
Voltou então à Europa
(Paris) em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro
casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para a revista
canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se
aproximou de outros principiantes Ezra Pound: (1885 – 1972), Scott
Fitzgerald (1896 – 1940) e Gertrud Stein (1874 –
1946). Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em
paris conhecida como “geração perdida”, nome inventado e popularizado por
Gertrude Stein.
A vida e a obra de
Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos.
Uma breve, mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma
relação emotiva e ideológica com os espanhóis.
Em Pamplona, em meados
do século XX, fascinou-se pela touromaquia, chegando a tourear como
amador, experiência que abordaria no seu livro O Sol Também Se
Levanta (1926).
O seu segundo casamento
(1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem viria a ter dois
filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. Em Key West, no
entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente
internacional. Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline se tornou instável.
Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e
companheiro de farra.
Já na década de 1930,
resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que
terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na
época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho).
Na cidade, hospedava-se no
Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da
cidade, que se tornou o lar do escritor e o cenário que comporia sua história e
a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que
teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor.
Em Cuba, o escritor se
apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan
American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se
apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhom, motivo do
segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald,
quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher
a cada livro".
Assim, Hemingway partiu
para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um
romance que resultou no seu terceiro casamento. Ao cobrir a Guerra Civil
Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance,
não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo, o que
viria a ser o tema do livro Por Quem os Sinos Dobram (1940),
considerada sua obra-prima.
Quando a república
espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado,
Hemingway retornou para Cuba com Martha.
Em Cuba, durante a Segunda
Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de informantes com a finalidade
de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis
simpatizantes do fascismo na ilha.
Também passou a patrulhar o
litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis
submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigação estadunidense
via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um
simpatizante do comunismo.
Em 1946, o escritor
casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary Welsh, também jornalista,
mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável
emocionalmente.
Levando uma vida
turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido vários
relacionamentos românticos. Em 1952, publicou “O Velho e o Mar”, com o qual
ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção (1953).
Foi laureado com o Nobel de
Literatura de 1954 devido ao seu "domínio da arte da narrativa,
mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência
que exerceu no estilo contemporâneo.
Ao longo da vida do
escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com
muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e
financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de
canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora.
Ela enviou-lhe, pelo correio,
a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito,
não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma
como lembrança.
Aos 61 anos e enfrentando
problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória,
Hemingway decidiu-se pela primeira alternativa: era, também, portador de
hemocromatose, a qual está relacionada à depressão, hipertensão e diabetes.
Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine, em Idaho, nos Estados Unidos.
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