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sábado, janeiro 28, 2023

O Ego


 

O ego tende a equiparar o ter com o ser: eu tenho, logo eu sou. E quanto mais eu tenho, mas eu sou. O ego vive através da comparação. Como você é visto pelos outros se transforma em como você vê a si mesmo.

O senso de autoestima do ego está, na maioria dos casos, ligado ao valor que você tem aos olhos dos outros.

Você precisa que os outros lhe deem uma noção de si mesmo, e se você vive em uma cultura que, em grande medida, iguala o valor que você tem com aquilo você tem, se você não conseguir ver através dessa ilusão coletiva, você estará condenado a correr atrás de coisas o resto da sua vida, na esperança vã de encontrar o seu valor e plenitude do seu senso de identidade lá.

A/D

Volúvel

No confessionário:

- Padre, eu sou noiva há três anos e vou casar na semana que vem. Ontem à tarde, encontrei um ex-colega de trabalho, ficamos conversando e depois ele me convidou para conhecer o apartamento dele, aí eu fui. E terminamos na cama. Sabe padre, é que eu sou tão volátil...

- Volúvel, minha filha.

- Antes de ontem eu encontrei um amigo que não via há muitos meses, conversamos, fomos jantar, aí ele me levou pra conhecer um motel novo que inauguraram. Eu fui, e terminamos na cama, padre. É que eu sou tão volátil, padre.

- Volúvel, minha filha, volúvel.

- No dia anterior, eu vi um amigo meu lá no shopping, fui falar com ele e conversa vai conversa vem ele me levou pro apartamento dele e terminamos na cama. É que eu sou tão vo... Como é mesmo a palavra, padre?

- Puta, minha filha, puta!"




Quando vier a primavera


Quando vier a Primavera, se eu já estiver morto, as flores florirão da mesma maneira, e as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.

Se soubesse que amanhã morria a a Primavera era depois de amanhã, morreria contente, porque ela era depois de amanhã.

Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; e gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.

Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é.

Alberto Caeiro

sexta-feira, janeiro 27, 2023

Templo Kailasa

Bombaim, na Índia é uma das maiores estruturas do mundo.

Esculpido de uma seção sólida e única de uma encosta, cerca de 2,4 milhões de toneladas cúbicas de pedras foram removidas durante a sua construção, no século VIII. Os construtores esculpiram o templo usando cinzel de uma polegada; e o templo levou duzentos anos para ficar pronto.

O templo é dedicado à Shiva, o deus fatal da trilogia Hindu. O complexo inclui um santuário de animais, uma varanda, o salão principal e um lugar sagrado, todos com painéis talhados e esculturas.

Acredita-se que o templo tenha sido construído pelos deuses que vieram dos céus em máquinas voadoras. Pode ser que a planta do templo sustente esta teoria, porque foi feita com desenhos religiosos que representam o cosmos.

Foi construído no século 8 pelo Rashtrakuta rei Críxena que como atestado em inscrições canaresas. Este é um dos 34 templos e mosteiros conhecidos coletivamente como as Grutas de Ellora.

Estes se estenderem por mais de 2 km, foram escavadas lado a lado na parede de um penhasco alto basalto no complexo localizado na Ellora. O Kailasa (caverna 16) é um exemplo notável da arquitetura Dravidian em razão da sua proporção impressionante, obra elaborada, conteúdo arquitetônico e escultural ornamentação de rock-cut arquitetura.

O templo foi encomendado e concluído entre 757-783 d.C, quando Críxena eu dominava a dinastia Rashtrakuta. Ele é projetado para lembrar Monte Kailash, a casa do Senhor Shiva. É um megalith esculpida em uma única rocha.

Erich von Daniken achava que astronautas antigos criaram muitas das estruturas grandiosas da Terra e cita o Templo de Kailasa como um exemplo.

O templo atrai caçadores de mistérios antigos que buscam pistas da sua construção e vinculam estas pistas a outras civilizações antigas.



 

Ponto de vista

"Há grandes chances do seu ponto de vista não ser o único possível!"

 Carl Sagan



 Significado de Ponto de vista

Substantivo masculino Lugar onde fica o observador ou quem pretende ver, enxergar algo; local de onde se vê melhor.

(Figurado) Modo como se concebe ou se analisa uma situação específica; perspectiva: segundo o ponto de vista capitalista, a empresa visa o lucro.

Atitude é tudo

Joel era o tipo do cara que você gostaria de conhecer.

Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.

Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo:

- Se melhorar, estraga.

Ele era um gerente especial, em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.

Ele era um motivador nato.

Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Joel estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:

- Você não pode ser uma pessoa tão positiva todo o tempo. Como você faz isso?

Ele me respondeu:

- A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo: Joel, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o   ocorrido. Eu escolho aprender algo.  Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.

- Certo, mas não é fácil - argumentei.

- É fácil sim, disse-me Joel. A vida é feita de escolhas.  Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver a sua vida.

Eu pensei sobre o que Joel disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde, soube que Joel cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes.

Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram   em pânico e atiraram nele.

Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.

Encontrei Joel mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu:

- Se melhorar estraga.

Contou-me o que havia acontecido perguntando:

- Quer ver minhas cicatrizes?

 Recusei ver seus antigos ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.

 - A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu. Então, deitado no chão, ensanguentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver.

- Você não estava com medo? Perguntei.

 - Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: "esse aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.

- O que fez? Perguntei.

- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim".  Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei:  "Sou alérgico a balas!" Entre as risadas, lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como morto."

Joel sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças à sua atitude.

Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "Atitude é tudo".

A/D



J

quinta-feira, janeiro 26, 2023

Zoológico Humano - O Descaso com o semelhante



 

Zoológico Humano - O Descaso com o semelhante - Nativos levados para a Europa a fim de serem exibidos como animais em zoológicos, em 1889!

Zoológico Humano: La Vergonzosa “Exportación” de humanos.

Foram levados à Europa para serem exibidos e tratados como animais.

Foi assim que a maioria morrera.

Às vezes, eles prometiam aventuras e outras vezes eram simplesmente levados embora sem prometer muito. Das frias costas de Magalhães, os galeões partiram no início do século XIX em direção ao Velho Mundo, com uma carga muito cobiçada.

Em nome da ciência e do progresso, os embarques tiveram a autorização do Estado do Chile e Uruguai. Esse foi o destino de três grupos de indígenas pertencentes às etnias Tehuelche, Charrúa Kawésqar e Selk'nam entre 1878 e 1900.

Fotografados, medidos e forçados a se apresentar em público, muitos deles não conseguiram retornar à terra de onde foram arrancados. Vítimas do Imaginário. Sua ideia era promover o fenômeno do zoológico, uma mina de ouro no final do século XVIII.

Patenteando sua invenção como "Zoológico Humano", o empresário alemão Carl Hagenbeck aproveitou seus contatos com o mundo científico e se dedicou ao recrutamento de nativos. Entre eles, um grupo de tehuelches.

Capturado em 1879, o grupo patagônico foi o primeiro a chegar à Europa. 

Interessados ​​pelos comentários de Darwin, que descreveu os fueguinos como seres "abjetos e miseráveis", os cientistas não esconderam o interesse em saber se eles eram ou não o elo perdido entre humanos e macacos.

Eles só tinham que agir como “eles mesmos”. Mas de acordo com o imaginário da selva, todos os nativos chilenos foram providos de arcos, flechas, cachimbos e penas.

O público, que pagava para vê-los cantar, tocar instrumentos ou realizar rituais, também jogava carne crua neles, acreditando que fossem canibais. Por causa de sarampo ou varíola, muitos morreram no caminho.

As fontes também confirmam o abuso de várias mulheres pelos guardas, de quem contraíram doenças venéreas. Após serem exibidos em jaulas em Hamburgo, Berlim e Dresden, o grupo de tehuelches voltou a solo chileno três meses depois.

Além do trauma, eles sofreram grandes danos físicos. Os que se seguiram, porém, não tiveram a mesma sorte. Grupo de Divulgação de Estudos: Ciências e Afins.

Incidente em Roswell - Do Livro de Charles Berlitz e William L Moore

Incidente em Roswell - Do Livro de Charles Berlitz e William L Moore - Segundo a lenda dos OVNI, uma espaçonave extraterrena espatifou-se em Novo México nos primeiros dias de julho de 1947. À primeira vista a notícia não passa­ria de um desses incidentes registrados em jornais e nos milhares de livros escritos em todos os idiomas acerca dos OVNI. A diferença no caso é a vitalidade do incidente e sua repercussão nos círculos científicos, jurídicos e governamentais.

Quando este livro estiver indo para o prelo, uma ação civil já terá sido instaurada contra a CIA, através de advogados, pelas partes interessadas - Cidadãos contra Sigilo OVNI - com a finalidade de divulgar informação acerca do incidente nos termos da Lei da Liberdade de Informação.

O caso englobou, além disso, um processo anterior contra a CIA, movido pelos Observadores de Terra dos Discos Voadores. Entre as acusações feitas pelas partes encontram-se a sonegação de informes aos meios de comunicação, desaparecimen­to de dossiês, pressionamento de testemunhas e, de modo geral, ocultamento de informações através do uso de classificação de segurança desnecessária.

Ocorrências registradas na imprensa e no rádio antes de entrarem em vigor os regulamentos de segu­rança impostos pela Força Aérea do Exército (que naquele mesmo ano de 1947 mudou o nome para Força Aérea) indicam que o material do OVNI despedaçado foi levado em transporte governamental de alta segu­rança de uma base a outra e que os despojos da nave e seus ocupantes mortos (um dos quais estava vivo ao ser encontrado) acham-se sob guarda de alta segurança na sede da CIA em Langley, Virgínia.

Os que recordam períodos anteriores a 1947, o ano da primeira "invasão" bastante divulgada dos discos voadores, talvez se lembrem de ter lido relatos factuais acerca do que poderiam ser chamados discos voadores bem antes de estes se popularizarem.

Tratava-se de estranhas narrativas publicadas em jornais meteoroló­gicos e astronômicos, incluindo referências a gigantes­cos objetos alados que surgiam à noite e não eram aviões nem meteoros.

Um exemplo tirado da Monthly Weather Review (março de 1904):

"O tenente Frank H. Schofield, comandante do U.S.S. Supply, comunicou que ele e sua tripula­ção viram nitidamente, a 24 de fevereiro de 1904, três imensos objetos luminosos movendo-se conjun­tamente pelo firmamento noturno, em pleno Atlântico, tendo o maior deles diâmetro seis vezes supe­rior ao do Sol. “

No mesmo tom, o jornal da Royal Astronomical Society of Canada (março de 1913) publicou unia com­pilação de relatórios do Prof. Chant, de Toronto, acer­ca de objetos voadores não-identificados, movimentan­do-se de leste a oeste ao longo da fronteira EUA­ Canadá, numa época em que subsequentes verificações revelaram não ter havido veículos aéreos "humanos" em cruzeiro.

Os depoimentos, colhidos entre inúmeros observadores ao longo da rota, afirmavam que um grande corpo luminoso viajava em linha reta pelo céu, que "o corpo se compunha de três ou quatro partes, cada qual com uma cauda" e que, à medida que um desaparecia, um segundo e um terceiro agrupamento surgiam. "Houve cerca de trinta ou trinta e dois desses corpos visíveis no período de uma hora... Moviam-se aos quatro, três e dois, um ao lado do outro. Tão perfeita era a formação que até parecia frota aérea em manobras...”

Houve outras notícias de OVNI anteriores a 1947, mas eram relativamente raras comparadas aos milhares que desde então foram divulgadas pela imprensa, rádio e televisão mundiais. (Calcula-se em 10.000 páginas os relatórios secretos acerca de OVNI, apenas na sede da CIA.) O crescente fluxo dessas notícias indica um fato pertinente: a frequência dos aparecimentos de OVNI aumenta na proporção direta da nossa evolução cientí­fica e tecnológica.

As instalações de radar que captam OVNI constituem comprovante extra das observações visuais, enquanto o número crescente de aviões em voo coloca pilotos, e às vezes passageiros, em espantosa proximidade de objetos voadores não-identificados. As­tronautas encontram-nos com frequencies no espaço. Tudo isso são ocorrências relativamente recentes.

Contudo, vivo interesse pelos OVNI é ainda consi­derado espécie de aberração, talvez porque nenhuma prova concreta dessas naves tenha sido encontrada ou identificada como tal. Não existe, na verdade, corpus delicti.

Se existisse e tivesse sido encontrado em território sob o controle de qualquer das grandes potências, ou mesmo de potências menos importantes, seria ocultado, o que é compreensível, até que as autoridades do país em questão decidissem o que fazer, ou como manipular o fato de modo a melhor servir a seus interesses e finalidades.

Talvez seja esta a explicação do Incidente Roswell. Contudo, longe de ser apenas um mistério interessante, divulgado pela imprensa e em seguida esquecido, o caso continua em andamento.

Segundo notícias, os despojos da nave ainda são objeto de estudo (talvez com vistas a uma duplicação), prossegue a pesquisa acerca da composição das partes metálicas (e não-metálicas) desco­nhecidas do veículo espacial, as figuras hieroglíficas indecifráveis que, segundo se diz, foram descobertas nos controles interiores estão sendo entregues à análise de computador, e as células e estrutura interna dos membros da tripulação humanoide, porém estranha, continuam a ser submetidas à análise médica.

Do ponto de vista do interesse público, novos depoimentos de tes­temunhas e das famílias de testemunhas que se recusa­ram a fazer declarações, e "reflexões posteriores" de alguns elementos do pessoal militar envolvido no ocultamento constituem, nas páginas que se seguem, prova convincente de que o acidente com a nave espacial não foi, definitivamente, ilusão coletiva, e sim um aconteci­mento real.

Desde o início da era espacial observou-se com frequencies que a raça humana que habita a terra se encontra prestes a entrar em contato com alguns de seus vizinhos do cosmos e obter a prova final de que a nossa forma de vida não é a única desta galáxia.

Talvez isso já tenha acontecido no Novo México em 1947 e só agora, com a descoberta de novos informes e a eventual ajuda da Lei de Liberdade de Informação, as consequências se tornem evidentes.

 Do Livro de Charles Berlitz e William L Moore (Incidente em Roswell)





Khalil Gibran - Autor de O Profeta

Seu nome completo é Gibran Khalil Gibran. Assim assinava em árabe. Em inglês, preferiu a forma reduzida e ligeiramente modificada de Khalil Gibran. É mais comumente conhecido sob o simples nome de Gibran.

 1883

 Nasceu em 6 de dezembro, de pais pobres, em Bicharre, na montanha do Líbano, a uma pequena distância dos Cedros milenares. Tinha oito anos quando, um dia, um vendaval passa por sua cidade. Gibran olha, fascinado, para a natureza em fúria e, estando sua mãe ocupada, abre a porta e sai a correr com os ventos. 

Quando a mãe, apavorada, o alcança e repreende, ele lhe responde com todo ardor de suas paixões nascentes: “Mas, mamãe, eu gosto das tempestades. Gosto delas. Gosto!” (Seu melhor livro em árabe será intitulado Temporais).   

 1884

 Emigra para os Estados Unidos, com a mãe, o irmão Pedro e as duas irmãs, Mariana e Sultane. O pai permanece em Bicharre.

 1898 – 1902

 Volta ao Líbano para completar seus estudos árabes. Matricula-se no Colégio da Sabedoria, em Beirute. Ao diretor, que procurava acalmar sua ambição impaciente, dizendo-lhe que uma escada deve ser galgada degrau por degrau, Gibran retruca: “Mas as águias não usam escadas!”

 1902 – 1908

 De novo em Boston. Sua mãe e seu irmão morrem em 1903. Gibran escreve poemas e meditações para Al-Muhajere (O Emigrante), jornal árabe publicado em Boston. Seu estilo novo, feito de música, imagens e símbolos, atrai-lhe a atenção do Mundo árabe. 

Desenha e pinta numa arte mística abstrata, que lhe é própria. Uma exposição de seus primeiros quadros desperta o interesse de uma diretora de escola americana, Mary Haskel, que lhe oferece custear seus estudos artísticos em Paris.

 1908 – 1910

 Em Paris. Estuda na Académie Julien. Trabalha freneticamente. Freqüenta museus, exposições, bibliotecas. Conhece Auguste Rodin, que lhe prediz um grande futuro. Uma de suas telas é escolhida para a Exposição das Belas-Artes de 1910. Neste ínterim, morrem seu pai e sua irmã Sultane.

 1910

 Volta a Boston e, no mesmo ano, muda-se para Nova Iorque, onde permanecerá até o fim da vida. Mora só, num apartamento modesto ao qual ele e seus amigos chamam As-Saumaa (O Eremitério). Mariana, sua irmã, continua em Boston. Em Nova Iorque, Gibran reúne em volta de si uma plêiade de escritores libaneses e sírios que, embora estabelecidos nos Estados Unidos, escrevem em árabe com idênticos anseios de renovação. 

O grupo forma uma academia literária que se intitula Ar-Rabita Al-Kalamia (A Liga Literária), e que muito contribuiu para o renascimento das letras árabes. Seus porta-vozes foram, sucessivamente, duas revistas árabes editadas em Nova Iorque: Al-Funun (As Artes) e As-Seieh (O Errante).

 1905 – 1920

 Gibran escreve quase que exclusivamente em árabe e publica sete livros nessa língua: 1905, A Musica; 1906, As Ninfas do Vale; 1908, As Almas Rebeldes; 1912, As Asas Partidas; 1914 Uma Lágrima e um Sorriso; 1919, As Procissões; 1920, Temporais. (Após sua morte, será publicado um oitavo livro, sob o titulo de Curiosidades e Belezas, composto de artigos e histórias já aparecidos em outros livros e de algumas páginas inéditas).     

 1918 – 1931

 Gibran deixa, pouco a pouco, de escrever em árabe e se dedica ao inglês, no qual produz também oito livros: 1918, O Demente; 1920, O Precursor; 1923. O Profeta; 1927 Areia e Espuma; 1928, Jesus, o Filho do Homem; 1931, Os Deuses da Terra. (Após sua morte foram publicados mais dois: 1932, O Errante; 1933, O Jardim do Profeta). Todos os livros ingleses de Gibran foram lançados por Alfred A. Knopf, dinâmico editor americano com inclinação para descobrir e lançar novos talentos. 

Ao mesmo tempo que escreve, Gibran se dedica a desenhar e pintar. Sua arte, inspirada pelo mesmo idealismo que lhe inspirou os livros, distingue-se pela beleza e a pureza das formas. Todos os seus livros ingleses foram por ele ilustrados com desenhos evocativos e místicos, de interpretação às vezes difícil, mas profunda e comovedora inspiração. Seus quadros foram expostos várias vezes com êxito em Boston e Nova Iorque. Seus desenhos de personalidades históricas são também célebres.

 1931

 Gibran morre em 10 de abril, no hospital São Vicente, em Nova Iorque. Ele, que escrevera tantas páginas profundas sobre a vida e a morte, agoniza entre gemidos confusos, no decorrer de uma crise pulmonar que o deixara inconsciente. 

O adeus que lhe proporcionaram os Estados Unidos foi grandioso e comovente, e em 21 de agosto de 1931, os restos mortais do maior e mais célebre escritor e pintor do Mundo Árabe contemporâneo, chegaram a Beirute, e foram recebidos e acompanhados até Bicharre com manifestações oficiais e populares de proporções inusitadas.   

Foi enterrado na vertente de uma colina de silêncio e de beleza, num velho convento cavado na rocha, onde Gibran sonhava ir viver como anacoreta seus últimos anos. Seu túmulo transformou-se num lugar de peregrinação. 

Ao lado, o Comitê Nacional de Gibran edificou um museu onde são expostos algumas das suas belas telas e os seus livros em todas as línguas. Em cima do túmulo, esta simples inscrição:

 “Aqui, entre nós, dorme Gibran.”

 Mas lá, na verdade, dorme somente seu corpo. Sua alma, difundida nos seus livros, serve de guia a milhões de leitores na mais fascinante de todas as viagens: a que leva o homem das trevas do egoísmo e da cegueira ao esplendor do dom de si e da compreensão.

 Mansour Challita (Do Livro Asas Partidas) Khalil Gibran



 

quarta-feira, janeiro 25, 2023

Agarre-se a vida

Uma das melhores fotos do ano da National Geographic, onde a cria, sabendo do seu destino, não abandona a mãe. 

Agarre-se à vida 

As mandíbulas de um leopardo pegam o corpo de um babuíno. O predador captou sua presa e está pronto para levá-lo para seus filhotes. É a lei do mais forte. Mas um pequeno detalhe chama a atenção.

Engatado no corpo inerte de sua mãe, um bebê babuíno, com medo no olhar, resiste a abandoná-la. 

A imagem foi capturada pelo fotógrafo basco Igor Altuna. Antes de se tornar viral, a fotografia foi selecionada para ser votada entre as melhores do ano pelo Museu de História Natural de Londres, que todos os anos seleciona as imagens mais chocantes da natureza. 

A própria Altuna explicou em várias entrevistas que a cena "dura" é um exemplo claro de que a "vida selvagem geralmente é cruel e maravilhosa".

E que para o pequeno babuíno essa vez foi cruel.