Josephene Myrtle Corbin
nasceu com uma anomalia que afetava todos os órgãos e membros abaixo do umbigo;
Isso aconteceu devido a uma
síndrome de duplicação que ocorre durante a gravidez, quando os óvulos não se
separam completamente e crescem juntos.
Josephene ingressou no
“freak show” aos 13 anos e engravidou aos 19, tendo uma vida tumultuada e
agitada até sua morte. Sua história intrigou muitas pessoas na época.
Nascida em 1868 no condado
de Lincoln, Tennessee, Josephene Myrtle Corbin sofria de uma rara anomalia
conhecida como dípigo.
Apesar de possuir todas as
suas faculdades mentais e ser fisicamente bonita, ela tinha uma duplicação
completa abaixo do umbigo.
Isso incluía duas bacias,
dois pares de pernas, dois órgãos excretores, duas vaginas e dois úteros.
Embora ela tivesse quatro pernas, apenas uma delas funcionavam adequadamente,
enquanto as outras três não possuíam força suficiente.
Segundo os relatos dos
médicos da época, existia um conjunto completo e distinto de órgãos genitais
internos e externos. Eles estavam entre cada par de pernas, suportando seu
próprio arco púbico.
Além disso, também
funcionavam de forma independente. Ou seja, com exceção do período menstrual,
cada intestino podia ter sua própria constipação, por exemplo. O uso do
banheiro ocorria de maneira independente.
Por conta disso, Myrtle
Corbin se tornou uma atração de circo devido à sua condição incomum.
Aos 13 anos, Myrtle Corbin seguiu
o Circo Barnum como parte do show de aberrações.
Quando apareceu pela
primeira vez vestida, o público não ficou impressionado, mas ao levantar a
roupa e mostrar suas pernas, todos ficaram chocados com a duplicação completa
de seu tronco inferior.
Enquanto trabalhava no
circo, Myrtle recebia uma boa quantia em dinheiro para a época, cerca de US$
250,00.
Depois de viajar pelo país
por algum tempo e juntar dinheiro, ela decidiu parar de trabalhar no circo.
Aos 19 anos, Myrtle
conheceu o médico James Clinton Bicknell e eles se casaram. Um ano depois, ela
começou a sentir dores no lado esquerdo da barriga.
O médico Dr. Lewis Whaley
confirmou que Myrtle estava grávida do útero esquerdo, algo que parecia
impossível na época.
Infelizmente, a primeira
gravidez de Myrtle terminou em um aborto. Depois de um tempo afastada de cena,
Myrtle retornou com quatro filhos saudáveis.
Josephene Myrtle Corbin
faleceu uma semana antes de completar 60 anos, em maio de 1928, no Texas. Ela
foi vítima de erisipela, uma infecção bacteriana da pele que afeta a camada
superior da derme.
Ela provoca inflamação,
vermelhidão, inchaço e dor na área afetada. É causada principalmente pela
bactéria Streptococcus pyogenes, que normalmente entra no corpo através de
feridas, cortes, arranhões ou picadas de insetos.
No entanto, mesmo com a
doença, a morte não foi o fim para a família. Muitos curiosos e médicos tinham
interesse no corpo de Myrtle para entender como seu organismo funcionava.
Por causa disso, o marido
de Myrtle, James Bicknell, esperou até que ela fosse enterrada, sepultada e o
concreto da sepultura estivesse completamente endurecido antes de deixar o
local.
Isso porque havia muitas
pessoas querendo “roubar” o corpo para pesquisas e apresentações em outros
shows.
Após a morte de Myrtle
Corbin, surgiram vários relatos de casos semelhantes na mídia, mas todos foram
posteriormente desmentidos.
Um exemplo é o caso de
Ashley Braistle, que apareceu vestida de noiva casando com um homem chamado
Wayne em 1994.
Depois de se tornar famosa
e aparecer em vários jornais e revistas, Ashley morreu tragicamente em um
acidente de esqui.
No entanto, foi revelado
que tudo não passava de uma grande mentira e que a morte da mulher havia sido
forjada apenas para encerrar a farsa.
Myrtle Corbin foi única em
sua condição e carreira, e continua sendo lembrada por sua história
surpreendente.