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quarta-feira, setembro 28, 2022

Mortos no Titanic

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O número exato de mortos no naufrágio é incerto devido a vários fatores, como confusão sobre a lista de passageiros, que incluía nomes de pessoas que cancelaram a viagem no último momento e o fato de alguns passageiros terem embarcado sob pseudônimos. 

O número total de mortos já foi colocado entre 1490 e 1635 pessoas. O número mais aceito é aquele da Junta Comercial britânica, 1514 mortos.

Passg.

categ

Total a Bordo

% Total a bordo

Salvos

Mortos

%Salvos

%Mortos

%Salvos Total a bordo

%Mortos total a bordo

Crianças

1ᵃClasse

6

0,3%

5

1

83 %’

17%

0,2%

0,04%

Crianças

2ᵃClasse

24

1,1%

24

0

100%

0%

1,1%

0%

Crianças

3ᵃClasse

79

3,6%

27

52

34%

66%

1,2%

2,4%

 

Total

109

4,9%

56

53

51%

49%

2,5%

2,44%

Mulheres

1ᵃClasse

144

6,5%

140

4

97%

3%

6,3%

0,2%

Mulheres

2ᵃClasse

93

4,2%

80

13

86%

14%

3,6%

0,6%

Mulheres

3ᵃClasse

165

7,4%

76

89

46%

54%

3,4%

4,0%

Tripulação

 

23

1%

20

3

87%

13%

0,9%

0,1%

 

Total

425

19,1%

316

109

74%

26%

14,2%

4,9%

Homens

1ᵃClasse

175

7,9%

57

118

33%

67%

2,6%

5,3%

Homens

2ᵃClasse

168

7,6%

14

154

8%

92%

0,6%

6,9%

Homens

3ᵃClasse

462

20,8%

75

387

16%

84%

3,3%

17,4%

Tripulação

 

885

39,8%

192

693

22%

78%

8,6%

21,2%

 

Total

1.690

75,9%

338

1.352

20%

80%

15,2%

60,8%

Total

 

2.224

100%

710

1.514

32%

68%

31,9%

68,1%

Menos de um terço daqueles que estavam a bordo do Titanic sobreviveram. Alguns sobreviventes morreram pouco tempo depois; ferimentos e os efeitos da exposição causaram a morte de muitos daqueles resgatados pelo Carpathia. 49% das crianças, 26% das mulheres passageiras, 82% dos homens passageiros e 78% da tripulação morreram. 

Os números mostram enormes diferenças nos índices de sobrevivência das diferentes classes a bordo do navio, especialmente entre as mulheres e crianças. 

Apesar de menos de 10% das mulheres da primeira e segunda classe juntas terem morrido, 54% daquelas na terceira pereceram.

Similarmente, cinco das seis crianças na primeira classe e todas da segunda classe sobreviveram, porém 52 das 79 na terceira morreram. A única criança da primeira classe a morrer foi Loraine Allison, de dois anos de idade. 

Proporcionalmente, as maiores perdas foram sofridas por homens da segunda classe, dos quais 92% morreram. Além disso, três animais de estimação que estavam a bordo sobreviveram.



Causas do Acidente com o Titanic

Causas do Acidente com o Titanic. O naufrágio do Titanic pode ser atribuído a diversas causas, tanto naturais quanto humanas. Seu número total de mortos, um dos maiores em toda história do transporte marítimo em tempos de paz, também pode ser explicado por vários fatores.

O naufrágio em si foi o resultado de circunstâncias especiais. Apesar de ser mais raro encontrar icebergs no Atlântico Norte em abril, a grande presença de gelo em 1912 se deu a um inverno particularmente suave, que fez com que um número muito maior de icebergs alcançasse a rota do Titanic do que em condições mais normais. 

Isso explica o motivo da embarcação ter navegado diretamente para um campo de gelo, apesar de estar viajado mais ao sul do trajeto recomendado. Além disso, a noite do dia 14 de abril foi escura, sem Lua ou vento, dificultando a observação de icebergs.

Essa situação foi agravada pela falta de binóculos para os vigias no cesto de gávea, resultado da mudança de hierarquia dos oficiais com a chegada de última hora de Henry Wilde para assumir como oficial chefe.

Frederick Fleet, um dos vigias que avistou o iceberg, afirmou que acreditava que poderia ter avistado o gelo antes caso tivesse binóculos.

Além disso, os compartimentos estanques não eram altos o suficiente para evitar a progressão da água porque os projetistas não queriam criar obstáculos para os passageiros nos conveses superiores, seu casco tinha apenas um fundo duplo para protegê-lo de cardumes de peixes e os componentes de aço utilizados em sua construção tornavam-se frágeis em temperaturas muito baixas (que naquela noite estava entre –1 °C e –2 °C). 

Apesar do aço empregado no casco fosse o melhor disponível para navios comerciais na época, seus rebites sofreram pela escassez de aço disponível, forçando a Harland and Wolff utilizar ferro forjado, que era bem menos resistente. 

A velocidade do Titanic no momento da colisão, apesar de considerada alta para as circunstâncias climáticas daquela noite, estava de acordo com as normas marítimas da época. 

Embora testemunhos de certos passageiros afirmarem que Ismay teria pressionado os oficiais para aumentar a velocidade do navio, a comissão americana de inquérito considerou que não havia provas suficientes de que o presidente da White Star Line realmente tivesse tomado essa atitude.

Por fim, o elevado número de mortos pode ser atribuído à falta de botes salva-vidas com capacidade suficiente para todos a bordo, mas também à falta de conhecimento, preparo e organização da tripulação na hora de lançá-los.

Estes últimos fatores poderiam até mesmo ter feito botes adicionais irrelevantes, já que os oficiais e marinheiros não teriam condições de preenchê-los adequadamente, principalmente nos momentos finais do naufrágio quando a água já alcançava o convés superior.



Inquéritos sobre o Acidente com o Titanic

Inquéritos foram instaurados no Reino Unido e nos Estados Unidos logo após o naufrágio. O inquérito americano começou em 19 de abril, sob a presidência do senador William Alden Smith, enquanto o inquérito britânico teve início em 2 de maio, sob a presidência de lorde John Bigham, 1º Barão Mersey. 

Ambos chegaram a conclusões amplamente semelhantes: os regulamentos sobre o número de botes salva-vidas que navios deveriam carregar estavam datados e inadequados, o capitão Smith não deu a atenção adequada aos avisos de gelo, os botes não tinham sido preenchidos de forma correta e a colisão foi um resultado direto do Titanic ter entrado em uma área de perigo em uma velocidade muito elevada. 

O capitão Stanley Lord do Californian também foi criticado por ambos os inquéritos por ter ignorado os fogos de artifício vistos por sua tripulação e não ter prestado assistência ao Titanic.

Todavia, os dois inquéritos concluíram que negligência por parte da White Star Line não havia sido um fator. O inquérito americano chegou a conclusão que todos os envolvidos estavam seguindo as práticas habituais, dessa forma podendo apenas categorizar o desastre como um “caso fortuito”. 

O inquérito britânico concluiu que Smith tinha seguido as duradouras práticas que até então não haviam se mostrado inseguras (com Mersey comentando que apenas os navios britânicos na década anterior haviam transportado 3,5 milhões de passageiros com apenas 73 mortos), e que ele tinha feito "apenas aquilo que outro homem habilidoso teria feito na mesma posição". 

O inquérito britânico se encerrou com um aviso: "O que foi erro no caso do Titanic sem dúvida nenhuma será negligência em qualquer caso similar no futuro".

O desastre levou a grandes mudanças nas regulamentações marítimas a fim de implementar novas medidas de segurança, como garantir a presença de mais botes salva-vidas, que exercícios de emergência fossem propriamente realizados e que os equipamentos de rádio em navios comerciais fossem operados ininterruptamente. 

A Patrulha Internacional do Gelo foi criada para monitorar a presença de icebergs no Atlântico, com as regulamentações marítimas sendo harmonizadas mundialmente pela Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar. Todas as medidas e organizações permanecem ativas até hoje.

 

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