Nelson Agostini Xavier nasceu em São Paulo em 30 de
agosto de 1941. Foi um ator, crítico de teatro e diretor artístico.
Nelson Xavier faleceu em 10 de maio de 2017 em
Uberlândia, Minas Gerais. Ao longo 50 anos de carreira participou vários
trabalhos no cinema, teatro e na TV.
Nelson Xavier em 1957 formou-se no curso de artes
cênicas da Escola de Arte Dramática em São Paulo (EAD) da Universidade de São
Paulo (USP).
Foi um dos atores envolvidos no Teatro de Arena de
São Paulo. Começou sua carreira na revista Visão como crítico
de teatro.
Estreou nas telonas em 1959, com dezoito anos de idade, no filme Fronteiras
do Inferno; e, no ano seguinte, esteve em Cidade Ameaçada.
Em 1963, participou de Seara Vermelha interpretando
Vicente e, logo em seguida, em Os Fuzis como Mário. Em
1965, foi Timbira em A Falecida e esteve no elenco de Arrastão.
Encerrou o decênio nos longas O ABC do Amor; Desesperato e Massacre
no Supermercado, este último no papel de Detetive Chico.
No início da década de 1970, viveu Paco em Dois Perdidos
numa Noite Suja; foi Valu em Os Deuses e os Mortos, papel que
lhe rendeu o prêmio Coruja de Ouro do Instituto Nacional de Cinema como
Melhor Ator Coadjuvante; e Marcos em É Simonal.
Em 1971, fez participação especial no filme As confissões de
Frei Abóbora e, nos dois anos seguintes, deu vida a Henrique em A
Culpa; um ex-malandro em Vai Trabalhar Vagabundo e Catitu
em Rainha Diaba. Em 1976, participou dos longas Dona
Flor e Seus Dois Maridos como Mirandão, Marilia e Marina como
Marcelo, Ovelha Negra: Uma Despedida de Solteiro como o chefe
de orquestra Mário e Soledade - A Bagaceira como
Pirunga.
No ano seguinte, esteve no elenco de Feminino Plural e
foi Benedito em Gordos e Magros. Concluiu o decênio em 1978 no
filme A Queda como Mário, personagem que garantiu o Urso de
Prata do Prêmio do Júri no Festival de Berlim e eleito Melhor Ator pelo
Festival de Brasília; além de participar das obras O Bom Burgês e A
Rainha do Rádio, na pele de Raul e o prefeito Lourival Vista,
respectivamente.
Na década de 1980, deu-se início em Bububu no Bobobó e O
Bandido Antônio Dó, além de viver um investigador em Eles Não Usam
Black-tie e um advogado em Amor e Traição. Em 1983,
interpretou Capitão em Gabriela e em O Cangaceiro
Trapalhão. Logo em seguida, deu vida a Dom Velasquez em O
Mágico e o Delegado, personagem que garantiu o prêmio de Melhor Ator no
Festival de Brasília.
No ano seguinte, participou das obras Para Viver um Grande Amor
com Carioca e Tensão no Rio como Coronel Flores;
encerrando a década no filme O Rei do Rio como Nico Sabonete.
No início da década de 1990, interpretou Devair em Césio 137 – O
Pesadelo de Goiânia, além de viver Padre Xantes e Babalu em Brincando
nos Campos do Senhor e Vai Trabalhar Vagabundo II respectivamente.
Em 1994, esteve no elenco de Lamarca.
Dois anos mais tarde, fez participação especial em Sombras de
Julho e encerrou o milênio como protagonista do filme O
Testamento do Senhor Napumoceno, vivendo Napumoceno da Silva Araújo,
vencedor do Festival de Gramado como Melhor Ator; além de participar do
longa A Garota do Rio como o bicheiro gay. Na
década de 2000, só participou das obras Benjamim e Narradores de Javé,
interpretando doutor Cantagalo e narrado por Zaqueu, respectivamente.
Nelson Xavier só voltaria as telonas em 2010 nos longas Sonho
Roubado como Horário e interpretando o personagem principal em Chico
Xavier, papel que lhe garantiu indicação como Melhor Ator no Prêmio ACIE de
Cinema; além de repetir o mesmo em As Mães de Chico Xavier. No
ano seguinte, esteve no elenco de O Filme dos Espíritos como o
psiquiatra Levy. Em 2012, foi o vendedor de caixões Timbira no curta A
Dama do Estácio.
Dois anos mais tarde, participou de A Despedida como
Almirante, papel que lhe garantiu, pela segunda vez na carreira, o Kikito de
Melhor Ator no Festival de Gramados; além de atuar em Trash – A
Esperança vem do Lixo como um presidiário.
Encerrou o decênio atuando em A Floresta que se Move como
Heitor e tendo seu último trabalho no cinema foi como Amador em Comeback
- Um Matador Nunca se Aposenta, eleito 'Melhor Ator' no Festival do
Rio e no Prêmio SESC de Cinema.
Vida pessoal
Foi casado durante dois anos com a atriz Joana Fomm. Em seu terceiro
casamento, Xavier foi casado por mais de vinte anos com a cantora Via
Negromonte.
No ano de 2004, Xavier descobriu um câncer de próstata. Dez anos
depois, o ator se disse curado da doença.
Nelson teve quatro filhos.
Morte
Morreu aos 75 anos, vítima do câncer de próstata, em 10 de maio de 2017,
em Uberlândia no interior de Minas Gerais, e foi cremado no Memorial do
Carmo no Caju.
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