A fé
não move montanhas. Na verdade, coloca montanhas onde não há nenhuma!
(Friedrich Nietzsche)
As
religiões são especialistas em lavagens cerebrais de seus fiéis, até chegar ao
ponto de pôr fim a própria vida aplaudindo.
Vi o
filme Jim Jones, o Pastor do Diabo onde retrata o suicídio coletivo da seita
Templo dos Povos.
(https://www.youtube.com/watch?v=mggdQoZDozA).
É impressionante como o ser humano é manipulável.
Após
perseguições nos Estados Unidos, a seita arrendou terras na Guiana na
localidade Port Kaituma, perto da fronteira com a Venezuela. Lá Jim Jones, com
sua família, pretendia criar o “Projeto Agrícola” do Templo dos Povos.
A
comunidade foi denominada de Jonestown, que começou a receber os primeiros
fiéis da igreja de San Francisco, chegaram em 1977 e no ano seguinte já eram
mais de 900 dos quais, a maioria eram afro-americanos.
A ideia
era criar uma comunidade rural autossustentável em uma localidade cujo solo era
pobre e com abstinência de água. A comunidade estava inchada levando se em
conta os recursos disponíveis nas imediações. Esse foi o motivo que culminou
com a deterioração das condições de vida na comunidade.
Em 1973
oito jovens conseguiram fugir da comunidade e fizeram sérias denúncias em
relação à seita e o grupo de dirigentes do Templo se fechou em torno de Jim
Jones e sua liderança pessoal. Relatos de ex-membro falaram de planos e
simulações de suicídio coletivo.
O cerco
se fechou quando o fisco deixou de isentar o Templo e Jim Jones de forma
referia-se ao governo dos Estados Unidos como o Anticristo em marcha para o
fascismo, e ao capitalismo como o regime econômico do Anticristo. Depois surgiram
contra Jones acusações de sequestro de crianças de ex-integrantes do
Templo.
Outras
denúncias que incluíam: ameaças físicas, morais e mentais diretamente aos
membros da seita, separados de qualquer contato com suas famílias; tortura
psicológica, com privação de sono e de alimentos; exigência de entrega de
propriedades e 25% da renda de cada membro da seita; interferências de Jones na
escolha do casamento e na vida sexual dos casais; isolamento das crianças em
relação aos seus pais; campanha constante junto à mídia para dar uma impressão
favorável e boa a Jones e ao Templo.
Depois
das denúncias o congressista Leo Ryan foi até o local verificar a veracidade
dos fatos e falou aos presentes que quem quisesse deixar o local que o
acompanhasse, mas ninguém se manifestou. O senador ao voltar para o campo de
pouso para embarcar de volta aos Estados Unidos foi metralhado com toda sua
comitiva.
Após o
assassinato do congressista Leo Ryan, os 909 habitantes de
Jonestown, incluindo 304 crianças, morreram de envenenamento por cianeto,
principalmente em torno pavilhão principal do assentamento.
Isto
resultou no maior número de civis estadunidenses mortos em um ato
deliberado até o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. O
FBI recuperou mais tarde uma gravação de áudio de 45 minutos do suicídio
em andamento.
Leo Ryan
Leo
Joseph Ryan, Jr. Nasceu no dia 5 de maio de 1925. Foi um político
norte-americano do Partido Democrata. Foi deputado federal pela Califórnia de
1973 até seu assassinato na Guiana pelos membros do Peoples Temples pouco
antes do massacre de Jonestown em 1978.
Ryan
foi o primeiro e único congressista americano a ser assassinado devido às
funções do mandato. Recebeu postumamente a Medalha de Ouro do Congresso,
em 1983.
Como Político
Após os
distúrbios de Watts em 1965, Ryan conseguiu um emprego como professor substituto
para investigar e documentar as condições na área de Los Angeles. Em 1970, ele
iniciou uma investigação nas prisões da Califórnia.
Enquanto
como presidente do comitê da Assembleia que supervisionava a reforma prisional,
ele usou um pseudônimo para entrar na Prisão Estadual de Folsom como recluso.
Durante
seu tempo no Congresso, Ryan viajou para Newfoundland para investigar a
prática da caça às focas. Ele também era conhecido por suas críticas vocais à
falta de supervisão do Congresso da Agência Central de Inteligência (CIA)
e foi coautor da Emenda Hughes-Ryan, aprovada em 1974, que exige que o
presidente dos Estados Unidos relatasse atividades secretas da CIA ao
Congresso.
Em
1978, Ryan viajou para a Guiana para investigar alegações de que pessoas
estavam sendo mantidas contra sua vontade no assentamento Peoples Temple
Jonestown. Ele foi baleado e morto em uma pista de pouso em 18 de novembro,
quando ele e seu grupo tentavam partir.
Pouco
depois dos tiroteios na pista de pouso, 909 membros do assentamento de
Jonestown morreram em um assassinato em massa - suicídio ao beber Flavor Aid
misturado com cianeto.
Ryan
foi o segundo membro titular da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a
ser assassinado no cargo, depois de James M. Hinds em 1868.
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