Siwa é um oásis no Deserto da Líbia, cerca de
50 km (30 mi) leste da fronteira Líbia e 560 km
(348 mi) do Cairo.
A presença humana no oásis está atestada desde o
Paleolítico. No que diz respeito às relações do oásis com a civilização do
Antigo Egito, nada se sabe destas até ao período da XXVI dinastia.
De acordo com uma lenda transmitida pelo historiador
grego Heródoto, o rei Cambises da Pérsia (524 a.C.) teria enviado um exército
de 50 000 soldados para atacar o oásis, mas este teria desaparecido no
meio das areias do deserto próximas do oásis.
O oásis tornou-se famoso na Antiguidade devido a
nele se encontrar o oráculo de Amon, cujo templo teria sido construído pelo
faraó Amásis.
A localização do templo foi identificada em 1899 pelo
egiptólogo alemão Georg Steindorff em Aghurmi (a leste).
Este templo era de dimensões pequenas (14 x 22 m),
julgando-se ter sido construído por trabalhadores gregos, possivelmente da
Cirenaica. Em Um el-Ubeida encontram-se ainda as ruínas de um templo dedicado a
Amon-Ré que possui inscrições do faraó Nectanebo II.
Depois de ter conquistado o Egito aos Persas,
Alexandre Magno dirigiu-se ao oásis de Siwá para consultar o oráculo,
tendo sido confirmado não só como filho de Zeus, mas do deus egípcio Amon.
Este ato é interpretado como uma manobra de
propaganda que visava legitimar o poder de um estrangeiro sobre o Egito.
Pouco se sabe da história do oásis durante o período
romano, embora os sacerdotes tenham continuado a prestar culto a Amon até
ao século VI d.C.
O primeiro europeu a visitar o oásis foi William
George Browne em 1792 (De fato, o primeiro europeu a visitar o Oasis foi
Alexandre o Grande em 330 a.C).
Teve que o fazer disfarçado de árabe dado que os
habitantes eram hostis a estrangeiros. Em 1820 o oásis foi conquistado por
Mehmet Ali, governador do Egito (na época parte do Império Otomano).
Nos anos 80 do século XX foi construída uma estrada de asfalto que liga o oásis a Marsa Matruh, quebrando-se assim o isolamento
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