Propaganda

quinta-feira, maio 18, 2023

Laborioso

 

O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista Joseph Schumpeter, em 1945, como a base de sua teoria da Destruição Criativa.

Segundo Schumpeter, o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e capitalista, que consegue reunir recursos financeiros, organizar as operações internas e realizar as vendas da sua empresa. 

De fato, Schumpeter chegou a escrever que a medida para uma sociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de negócios privado.

Mais tarde, em 1967, com Kenneth E. Knight, e, em 1970, com Peter Drucker, foi introduzida ao empreendedorismo a ideia da necessidade de arriscar em algum negócio para montar uma organização.

Já em 1985, com Gifford Pinchot III, foi introduzido o conceito de intraempreendedor, ou seja, uma pessoa empreendedora, mas que trabalha dentro de uma organização.

Para Frank (1967) e Peter Drucker (1970), o empreendedorismo refere-se a assumir riscos.

Schumpeter amplia o conceito, afirmando que "o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologia".

Assim, os empreendedores "não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento." (CHIAVENATO, 2007, p.18).

O empreendedor depende intelectualmente da valoração subjetiva, como aparece em Hunt (2002) quando ele defende que, em virtude da fragmentação nos gostos dos consumidores e em virtude da constante mudança nestes gostos. 

É muito raro ver algumas indústrias com ofertas de fato homogêneas já que a maioria das indústrias sofre com muita fragmentação, o que, por si só, abre as portas para a inovação sob responsabilidade do empreendedor.

A competição como um processo de descoberta (Hayek, 1948) faz com que as empresas aprendam pouco a pouco o que agrada e o que não agrada.

Klein (2008), seguindo a visão de Cantillon-Knight-Mises do empreendedorismo como julgamento, aponta que oportunidades também são subjetivas e existem apenas na mente de quem decide, daí pode-se inferir que a visão de Kirzner (1979) do empreendedor como “alerdemota para oportunidades” é incompleta, nem todas as oportunidades existem para serem descobertas, nas palavras de Bylund (2011):

o empreendedor imagina oportunidades e, dependendo do seu julgamento e do cálculo econômico de preços futuros antecipados, escolhe agir para tentar transformar em realidade o lucro anteriormente imaginado

Para inovar o empreendedor precisa de recursos, estes estão espalhados na economia e podem até mesmo não existir perfeitamente ainda, é também papel do empreendedor agir para alocar todos os recursos necessários de forma a buscar os resultados desejados.

Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso Robert D. Hisrich, em seu livro “Empreendedorismo”. 

Segundo ele, "empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal".


Laborioso - "Se um homem, por amor aos bosques, caminha por eles metade de cada dia, corre o risco de ser visto como um vadio; mas se passa o dia inteiro como especulador, derrubando esses bosques e tornando a terra devastada antes do tempo, é considerado um cidadão laborioso e empreendedor. Como se uma cidade não tivesse interesse algum por uma floresta, a não ser o de derrubá-la!"

Thoreau - Foto: Pixabay

0 Comentários: