A
abelha abutre, também conhecida como abelha carniceira, é um pequeno grupo de
três espécies sul-americanas de abelhas sem ferrão do gênero Trigona que se
alimentam de carne em decomposição.
Essas
abelhas produzem uma substância similar ao mel, não derivada do néctar, mas de
secreções proteicas das glândulas hipofaríngeas.
Tais
secreções provavelmente originam-se da dieta carnívora das abelhas, que
consomem carniça fora do ninho. Este comportamento peculiar foi descoberto
apenas em 1982, quase dois séculos após a primeira classificação das abelhas.
As
abelhas abutres possuem uma coloração marrom-avermelhada, com poucos pelos mais
claros no tórax, e seu tamanho varia entre 8 e 22 mm. Como muitas abelhas sem
ferrão, possuem mandíbulas robustas e potentes para despedaçar carne.
Foram
observadas forrageando em mais de 75 espécies diferentes de animais. As
forrageiras entram em carcaças animais pelas órbitas oculares para coletar
carne.
Assim
como as abelhas processam o néctar para produzir mel, a carne consumida por uma
abelha forrageira é regurgitada ao retornar à colmeia e passada a uma operária.
A carne
é então digerida pelo intestino ácido da abelha, que ajuda a decompor a carne,
antes de regurgitar uma substância proteica similar ao mel pelas glândulas
hipofaríngeas, as mesmas usadas para produzir geleia real.
Diferentemente das abelhas melíferas, as abelhas abutres não geram excesso de mel, produzindo apenas o necessário para a sobrevivência da colmeia.
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