Chamava-se Phillis, porque esse era o nome do navio que a trouxe, e Wheatley, que era o nome do comerciante que a comprou. Ela nasceu no Senegal. Em Boston, os traficantes de escravos a colocaram à venda:
- Ela tinha sete anos e
diziam: - Vai ser uma boa égua! Foi apalpada, nua, por muitas mãos.
Aos treze anos, ela já
escrevia poemas numa língua que não era a sua. Ninguém acreditava que ela era a
autora. Aos vinte anos, Phillis foi questionada por um tribunal de dezoito
homens iluminados de toga e peruca.
Ela teve que recitar textos
de Virgílio e Milton e algumas mensagens da Bíblia, e também teve que jurar que
os poemas que tinha escrito não foram plagiados. De uma cadeira, ela fez seu
longo exame, até que o tribunal a aceitou: ela era mulher, ela era negra, ela
era escravizada, mas ela era uma poetisa."
Phillis Wheatley foi a
primeira escritora afro estadunidense em publicar um livro nos Estados Unidos.
Foi a primeira poetisa afro-estadunidense a publicar nos Estados Unidos.
Nascida na África
ocidental, ela foi vendida como escrava, com sete ou oito anos, e transportada
para a América do Norte. Foi comprada pela família Wheatley de Boston, que lhe
ensinou a ler e a escrever e incentivou sua poesia quando descobriram seu
talento.
A publicação de seus Poems
on Various Subjects, Religious and moral. (Poemas sobre vários
assuntos, religiosos e morais) de1773, deu-lhe fama, tanto na Inglaterra quanto
em outras colônias americanas. Personalidades como George
Washington elogiaram seu trabalho.
Durante a visita de
Wheatley à Inglaterra com seu mestre, o poeta afro-estadunidense Jupiter Hammon
elogiou seu trabalho em um poema. Wheatley foi emancipada após a morte de
seu mestre, John Wheatley.
Casou-se logo depois. Dois
dos seus filhos morreram quando bebês. Depois que seu marido foi preso por
dívida, em 1784, Wheatley caiu na pobreza e morreu de doença, rapidamente
seguido pela morte de seu último filho.
Embora a data e o local de
seu nascimento não estejam documentados, os estudiosos acreditam que Phillis
Wheatley tenha nascido em 1753, na África Ocidental - provavelmente na
atual Gâmbia ou no Senegal.
Wheatley foi levada para a
Boston, Massachusetts, em 11 de julho de 1761, em um navio
negreiro chamado O Phillis. O navio era propriedade de Timothy
Fitch e seu capitão chamava-se Peter Gwinn.
Aos oito anos, ela foi
vendida para John Wheatley, um rico comerciante de Boston, que comprou a menina
para ser uma serviçal para sua esposa, Susanna. John e Susanna Wheatley deram a
ela o nome do navio que a trouxe para a América.
Seu sobrenome ficou sendo o
de seus mestres, como era o costume no período escravagista. Assim, recebeu o
nome Phillis, em alusão ao navio negreiro, e Wheatley, nome da família que a
comprou como escrava.
A filha dos Wheatley, Maria,
ensinou a Phillis a leitura e a escrita. Seu filho Nathaniel também a ajudou.
John Wheatley era conhecido como um progressista, em toda a Nova Inglaterra.
Sua família deu a Phillis uma educação sem precedentes para uma pessoa
escravizada e para uma mulher de qualquer raça.
Com 12 anos, Phillis lia os
clássicos gregos e latinos e passagens difíceis da Bíblia. Aos 14 anos,
ela escreveu seu primeiro poema, "To the University of Cambridge, in
New England” (Para a Universidade de Cambridge, na Nova Inglaterra).
Reconhecendo a sua
habilidade literária, a família Wheatley apoiou a educação de Phillis e
dispensou-a das tarefas domésticas. Os Wheatleys muitas vezes exibiam as
habilidades da jovem para amigos e familiares.
Fortemente influenciada por
seus estudos das obras de Alexandre Pope, John Milton, Homero e outros, Phillis
Wheatley começou a escrever poesia.
Em 1773, aos 20 anos,
Phillis acompanhou Nathaniel Wheatley para Londres, em parte por causa de sua
saúde, mas também porque Susanna acreditava que ela teria uma chance melhor de
publicar sua poesia lá.
Ela teve um encontro com o
prefeito de Londres, bem como com outros importantes membros da sociedade
britânica, incluindo Selina Hastings, a Condessa de Huntingdon, que declarou
seu apoio ao trabalho de Wheatley e permitiu que um volume de poemas de
Wheatley, publicado em Londres, em 1773, fosse dedicado a ela.
Em 1774, Phillis Wheatley
escreveu uma carta ao Reverendo Samson Occom, elogiando suas ideias sobre como
os escravos deveriam ter direitos de nascimento nos Estados Unidos.
Wheatley também trocou
cartas com o filantropo britânico John Thornton, que, por sua vez, discutiu
Wheatley e sua poesia em sua correspondência com John Newton. Além de sua
poesia, ela foi capaz de expressar seus pensamentos, comentários e dúvidas com
outras pessoas.
Em 1775, Phillis Wheatley
enviou uma cópia de um poema intitulado “To His Excellency, George Washington”
(A sua Excelência, George Washington) ao próprio.
Em 1776, Washington
convidou Wheatley para visitá-lo em sua sede em Cambridge, Massachusetts; ela
foi, em março de 1776. Thomas Paine republicou o poema no Pennsylvania
Gazette, em abril de 1776.
Em 1778, Wheatley foi
legalmente emancipada, após a morte de seu mestre, de acordo com os próprios
termos deixados por ele. Sua filha Mary Wheatley morreu logo depois.
Três meses mais tarde,
Phillis Wheatley casou-se com o vendedor John Peters, um negro livre. Eles
enfrentaram dificuldades, especialmente más condições de vida e a morte de dois
bebês.
Wheatley escreveu outro
livro de poesia, mas não conseguiu publicá-lo por causa de sua situação
financeira, a perda de clientes após a sua emancipação (muitas vezes a
publicação de livros foi baseada na obtenção de assinaturas prévias, como uma
garantia de pré-vendas) e a competição de Guerra Revolucionária.
No entanto, alguns dos
poemas que deveriam ter sido publicados nesse volume apareceram mais tarde em
panfletos e jornais. Seu marido, John Peters, foi preso por dívida, em 1784,
deixando Wheatley em condição extrema de pobreza e com um filho doente.
Passou a trabalhar como
ajudante de empregada doméstica para apoiá-los. O racismo e o sexismo, que
marcavam o período a forçaram a um tipo de trabalho doméstico ao qual ela não
estava acostumada, mesmo antes de se tornar uma pessoa livre.
Wheatley morreu em 5 de dezembro de 1784, aos 31 anos. Seu filho bebê morreu três horas e meia depois dela.
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