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terça-feira, maio 23, 2023

A Condenação de Galileo Galilei e a Interferência da Igreja Católica na Ciência.


Galileu mostra ao Doge de Veneza como usar o telescópio (afresco de Giuseppe Bertini)

A Condenação de Galileo Galilei e a Interferência da Igreja Católica na Ciência. - Galileo di Vincenzo Bonaulti de Galilei, mais conhecido como Galileu Galilei foi um engenheiro, físico e astrônomo italiano nascido em Pisa, portanto, florentino, às vezes descrito como polímata.

Frequentemente é referenciado como "pai da astronomia observacional", "pai da física moderna", "pai do método cientifico” e "pai da ciência moderna".

Galileu nasceu no dia 15 de fevereiro de 1564 em Pisa – Florença, estudou o princípio da relatividade e fenômenos como a rapidez e a velocidade, a gravidade e a queda livre, a inércia e o movimento de projeteis, mas também trabalhou em ciência e tecnologia aplicadas.

Nesse âmbito, ele descreveu as propriedades de pêndulos e "balanços hidrostáticos", inventou o termoscópio e várias bússolas militares, e usou o telescópio para observações científicas de objetos celestes. Isso tudo na época que a tecnologia vivia uma distância enorme.

Suas contribuições à astronomia observacional incluem a confirmação visual das fases de Vênus, a observação dos quatro maiores satélites de Júpiter, a observação dos anéis de Saturno e, a análise das manchas solares.

Galileu defendeu os controversos heliocentrismo e copernicanismo, quando a maioria adotava modelos geocêntricos, como o sistema ticônico (combinação dos sistemas Copernicano e Ptolemaico). 

Galileu teve a oposição de astrônomos, que duvidavam do heliocentrismo por conta da ausência da observação de uma paralaxe estelar. 

O assunto foi então investigado em 1615 pela igreja através da Inquisição Romana, que concluiu que o tema era "tolo e absurdo em filosofia e formalmente herético, pois contradiz explicitamente em muitos lugares o sentido da Sagrada Escritura.

Mais tarde, Galileu defendeu suas opiniões no Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas Mundiais (1632), que parecia atacar o papa Urbano VIII e, assim, alienou-o dos jesuítas, que até então o haviam apoiado. 

Foi julgado pela Inquisição, considerado "veementemente suspeito de heresia" e forçado a se retratar, e passou o resto de sua vida em prisão domiciliar. 

Enquanto estava preso, escreveu a obra Duas Novas Ciências, na qual resumiu o trabalho feito, cerca de quarenta anos antes, nas duas ciências atualmente designadas cinemática e força dos materiais


 Imagem: Galileu frente ao tribunal da inquisição Romana, pintura de Cristiano Banti

A condenação de Galileu Galilei

A condenação de Galileu Galilei: Quando a ciência foi amordaçada pela Igreja. O julgamento de Galileu Galilei em 1633 é um dos momentos mais sombrios da história da ciência.

O famoso astrônomo e físico foi considerado culpado de heresia pela Igreja Católica por defender a teoria heliocêntrica de Copérnico de que a Terra orbita em torno do Sol.

A condenação de Galileu é um exemplo de como a ciência pode ser amordaçada quando as crenças religiosas são colocadas acima da razão e da evidência.

A Igreja Católica, na época, considerava a teoria de Galileu uma ameaça ao dogma da criação divina e, por isso, censurou suas ideias.

Galileu foi obrigado a renunciar suas crenças sob ameaça de tortura e, mais tarde, passou o resto de sua vida em prisão domiciliar.

O julgamento de Galileu mostrou o poder que as instituições religiosas exerciam sobre a sociedade na época e o preço que os cientistas tinham que pagar por se opor às doutrinas religiosas.

Apesar da condenação de Galileu, a teoria heliocêntrica acabou sendo comprovada e a ciência progrediu, levando a uma melhor compreensão do universo.

Hoje, reconhecemos a coragem de Galileu em enfrentar a oposição da Igreja e defendemos a liberdade de pensamento e a independência da ciência.

A condenação de Galileu é uma lembrança sombria de como a ignorância e a intolerância podem atrasar o progresso e o avanço da humanidade.

Morte de Galileu

Galileu continuou a receber visitantes até 1642, quando, após sofrer febre e palpitações cardíacas, morreu em 8 de janeiro de 1642, aos 77 anos. 

O Grão-Duque da Toscana, Ferdinando II, desejava enterrá-lo no corpo principal da Basílica de Santa Cruz, ao lado dos túmulos de seu pai e de outros ancestrais, e erigir um mausoléu de mármore em sua homenagem.

Esses planos foram abandonados, no entanto, depois que o papa Urbano VIII e seu sobrinho, o cardeal Francesco Barberini, protestaram porque Galileu havia sido condenado pela Igreja Católica por "veemente suspeita de heresia". Foi então sepultado em uma pequena sala ao lado da capela dos noviços, no final de um corredor, do transepto sul da basílica até a sacristia.

Foi enterrado novamente no corpo principal da basílica em 1737, depois que um monumento foi erguido lá em sua homenagem; durante essa exumação, três dedos e um dente foram removidos de seus restos mortais. 

Um desses dedos, o dedo médio da mão direita de Galileu, está atualmente em exposição no Museo Galileo, em Florença, Itália. 


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