Propaganda

sexta-feira, maio 26, 2023

As Raízes - Sempre voltamos

        

Um célebre poeta polaco, descrevendo em magníficos versos uma floresta encantada do seu país, imaginou que as aves e animais ali nascidos, se por acaso longe se achavam, quando sentiam aproximar-se à hora de morte, voavam ou corriam e vinham todos expirar a sombra das árvores do bosque imenso, onde tinham nascido. 

O amor da Terra Natal, não pode ser explicado por mais bela e delicada imagem. Todos nós temos nossas origens e essa origem, um lugar no mundo.

Coração sem amor é como um campo árido, quase sempre cheio de espinhos e sem uma única flor que nele se abra e o amenize.

Haveria somente um homem em que palpitasse coração tão seco, tão gelado e sem vida de sentimento: - O homem que não amasse o lugar do seu nascimento?

Depois dos pais que recebem o nosso primeiro grito, o solo Pátrio recebe os nossos primeiros passos: É um duplo receber, que é um duplo dar.

Com efeito, é impossível negar que, em seus naturais e suaves predileções, o coração reconhece entre todos os distritos, cidades e diversos pontos do país, o torrão limitado do berço Pátrio.



Seja ele pobre esquecido ou decadente, agreste ou devastador, é sempre amado por nós e sempre grato para nós.

Por isso em meus pensamentos sempre digo: Vida! Vida! Foste tu que deste a ler a minha alma, a última página do livro da vida? Então, não me negues o direito de um dia morrer em minha Terra Natal.

É por isso e por muito mais, é porque foi meu berço, berço daqueles a quem mais amei e amo, é porque no seu seio tenho sepulturas queridas, é porque me guarda em seus lares, amigos dedicados, é porque desejo na minha velhice, um abrigo em seus campos e, seu cemitério o leito para dormir o ultimo sono, e enfim por todos esses laços da vida e da morte, que a cidade de Itaitinga me é tão querida!

0 Comentários: