Um
célebre poeta polaco, descrevendo em magníficos versos uma floresta encantada
do seu país, imaginou que as aves e animais ali nascidos, se por acaso longe se
achavam, quando sentiam aproximar-se à hora de morte, voavam ou corriam e
vinham todos expirar a sombra das árvores do bosque imenso, onde tinham
nascido.
O amor
da Terra Natal, não pode ser explicado por mais bela e delicada imagem. Todos
nós temos nossas origens e essa origem, um lugar no mundo.
Coração
sem amor é como um campo árido, quase sempre cheio de espinhos e sem uma única
flor que nele se abra e o amenize.
Haveria
somente um homem em que palpitasse coração tão seco, tão gelado e sem vida de
sentimento: - O homem que não amasse o lugar do seu nascimento?
Depois
dos pais que recebem o nosso primeiro grito, o solo Pátrio recebe os nossos
primeiros passos: É um duplo receber, que é um duplo dar.
Seja
ele pobre esquecido ou decadente, agreste ou devastador, é sempre amado por nós
e sempre grato para nós.
Por
isso em meus pensamentos sempre digo: Vida! Vida! Foste tu que deste a ler a
minha alma, a última página do livro da vida? Então, não me negues o direito de
um dia morrer em minha Terra Natal.
É por
isso e por muito mais, é porque foi meu berço, berço daqueles a quem mais amei
e amo, é porque no seu seio tenho sepulturas queridas, é porque me guarda em
seus lares, amigos dedicados, é porque desejo na minha velhice, um abrigo em
seus campos e, seu cemitério o leito para dormir o ultimo sono, e enfim por
todos esses laços da vida e da morte, que a cidade de Itaitinga me é tão
querida!
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