No meu
coração, o amor jamais se extinguirá, e na minha existência, a esperança será
um farol eterno. Meus passos caminham firmes, ancorados na fé, e meu desejo
incansável trilha os caminhos da vitória.
A
escassez, que outrora secou minha fonte, forjou em mim a riqueza do espírito, e
a simplicidade, com sua leveza, sempre encontra abrigo em minha alma.
Das
quedas que sofri, aprendi a arte de me erguer. A falta de emprego, embora
pesada, não me arrastou à loucura, mas me ensinou a paciência e a força de
recomeçar.
As
tentações da carne, com seus apelos fugazes, não abafaram meu desejo profundo
de amar verdadeiramente. No calor das batalhas, quando as vozes se erguiam e a
dor ameaçava me consumir, encontrei as palavras que me salvaram do abismo.
Os
débitos, que pesavam como correntes, não me levaram ao desespero. A
impaciência, que por vezes bateu à minha porta, não me conduziu à insanidade.
Pelo contrário, cada obstáculo moldou em mim uma coragem serena, uma
determinação que não se curva.
Quando
o dia da vitória chegar, não erguerei minha voz para humilhar ninguém; e se o
dia da queda vier, estarei pronto para os golpes, mas nunca derrotado.
Ofereço
meu rosto aos beijos da vida e às suas agressões, sem revolta, sem indiferença,
mas com a dignidade de quem escolhe seguir em frente.
Amei,
apesar das tormentas, e em cada instante encontrei o sentido de um amanhã mais
luminoso. Expulsei o egoísmo do meu coração, pois sei que é na partilha que
preservo meu futuro.
Quando
me negaram um olhar de compaixão, busquei forças para perdoar. Perdi o
conforto, mas me adaptei ao essencial, descobrindo que o imprescindível é,
muitas vezes, o suficiente.
Os
sofrimentos, longe de me afundarem em desespero, ensinaram-me a valorizar cada
instante de alegria. Cada lágrima derramada foi um lembrete de que sou humano,
um minúsculo ponto nesse imenso Universo, mas um ponto que pulsa, que resiste,
que sobrevive sem se deixar levar pelas correntezas do desânimo.
No meio
dos espinhos, descobri flores delicadas que, com sua beleza frágil, também são
armas de resistência. Nos desertos áridos da vida, encontrei oásis que saciaram
minha sede de esperança.
Não me
canso de buscar o bem, de semear a paz, sem me importar a quem ela alcance. Nas
encruzilhadas dos caminhos tortuosos, nunca pensei em parar, em desistir.
As
dores que senti, a solidão que me feriu, as tristezas que roubaram meu sono e as
insônias que me fizeram refletir - tudo isso me transformou. Cada cicatriz é um
testemunho de que sobrevivi, de que cresci, de que me tornei mais forte.
E
assim, sigo adiante, com a certeza de que, apesar de tudo, poderei ser um
vencedor. Não um vencedor que ostenta troféus ou se vangloria, mas aquele que,
em silêncio, carrega no peito a vitória de nunca ter desistido.
Pois,
enquanto houver amor em meu coração, esperança em meu olhar e coragem em meus
passos, nenhuma tempestade será maior que minha vontade de viver.
Francisco Silva Sousa -
Foto: Pixabay
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