Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua de estar sendo perseguida e do
tormento de só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas.
Pois formas tão perfeitas de beleza vêm do
fulgor das trevas.
E, o meu Senhor, habita o rutilante escuro de
um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente e farta de
fadigas.
E de fragilidades tantas eu me faça mais
pequena.
E diminuta e tenra como só soem ser aranhas e
formigas.
Que este amor só me veja de partida.
Hild Hilst
0 Comentários:
Postar um comentário