Carpe diem é parte da frase latina carpe diem quam minimum credula postero (literalmente: aproveita o dia e confia o mínimo possível no amanhã'), extraída de uma das Odes, de Horácio (65 a.C – 8 a.C), e tem numerosas traduções possíveis: "colhe o dia" (tradução literal), "desfruta o presente", "vive este dia", "aproveita o dia" ou "aproveita o momento".
O poeta latino exorta sua interlocutora, Leucônoe, a desfrutar do prazer que a vida oferece, a cada momento. No contexto da decadência do Império Romano, a frase resumia o ideal horaciano, de origem estóico-epicurista, de aproveitar o que há de bom em cada instante, já que o futuro é incerto.
Entretanto a frase é frequentemente
repetida, com um sentido (inexato) de convite ao viver alegre e despreocupado.
Origem
A frase
é extraída de Odes I, 11.8, de Horácio. As Odes (em
latim: Carmina), 103 poemas reunidos em quatro livros, foram
dedicadas ao protetor do poeta, Mecenas. Os três primeiros livros foram
publicados em 23 a.C, e o quarto, depois de 15 a>C.
Na ode 11 (8 versos) do livro I, o poeta dirige-se a Leucônoe (a menina "dos pensamentos ingênuos"), enquanto ela se ocupa de cálculos astrológicos ("os números babilônicos") para saber se eles viverão muito tempo.
O conselho dado pelo poeta é não se preocupar se viverão muito ou
pouco mas beber e aproveitar o presente, pois o futuro é incerto : carpe
diem.
Latim
Tu ne
quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec
Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.seu pluris hiemes
seu tribuit Iuppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus maré
Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. dum
loquimur, fugerit ínvida aetas: carpe diem quam minimum credula postero.
Português
Tu não
questiones — é crime saber — o fim que para mim, que para ti os deuses terão
dado, ó Leucônoe, nem mesmo consultes os números babilônicos. Quão melhor, o
que quer que será, ser suportado!
Quer
Júpiter te haja concedido muitos invernos, quer seja o último o que agora
quebra as tirrenas ondas contra as pedras, sejas sábia, diluas os vinhos
e, por ser breve a vida, limites a longa esperança. Enquanto falamos, foge
invejoso o tempo: aproveita o dia, minimamente crédula no amanhã.
0 Comentários:
Postar um comentário