Oskar
Schindler nasceu na cidade de Svitavy na República Checa em 28 de abril de
1908. Foi um industrial alemão sudeto, espião e membro do Partido
Nazi, que salvou da morte 1200 judeus durante o
Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições,
localizadas nas atuais Polônia e República Checa, respectivamente.
É o tema principal do
romance de 1982, Schindler’s Ark, e do filme de 1993, A Lista de Schindler’s que mostra a sua
vida como um oportunista interessado no lucro, inicialmente, mas que acabou por
mostrar uma iniciativa e dedicação extraordinárias com o objetivo de salvar as
vidas dos seus empregados judeus.
Schindler cresceu em
Zwittau, Morávia, e teve vários trabalhos até se juntar à Abwehr, o serviço de informação da Alemanha Nazi, em 1936. Aderiu
ao Partido Nazi em 1939. Antes da ocupação alemã da Checoslováquia, em 1938,
Schindler recolhia informações sobre caminhos-de-ferro e movimentos de tropas
para o governo alemão.
Foi preso por espionagem
pelo governo checoslovaco, mas foi libertado segundo os termos do Acordo de
Munique, em 1938. Schindler continuou o seu trabalho de recolher informações
para os nazis, na Polônia, em 1939, antes da invasão daquele território, no
início da Segunda Guerra Mundial.
Em 1939, Schindler obteve
uma fábrica de utensílios de cozinha em Cracóvia, Polônia, que empregava 1750
trabalhadores, dos quais cerca de mil eram judeus no auge da fábrica, em 1944.
As suas ligações da Abwehr ajudaram Schindler a proteger os
trabalhadores judeus de uma deportação certa e da morte nos campos de
concentração nazis.
De início, Schindler
estava apenas interessado em fazer dinheiro fácil com o negócio. Mais tarde
começou a proteger os seus trabalhadores sem olhar custos. Com o tempo,
Schindler teve que subornar os oficiais nazis com dinheiro e ofertas de luxo,
obtidas no mercado-negro, para manter os seus empregados seguros.
Quando a Alemanha começou
a perder a guerra, em julho de 1944, as Schutzstaffel (SS)
começaram a fechar os campos de concentração a leste e a evacuar os restantes
prisioneiros para oeste. Muitos foram mortos no campo de concentração de
Auschwitz e Gros-rosen.
Schindler convenceu o SS-Hauptsturmfuhrer Amon Goth, comandante
do Campo de concentração de Kraków-Plaszów.
a transferir a sua fábrica para Brunnlitz, na região dos Sudetas, poupando,
assim, os seus trabalhadores da morte nas câmaras de gás.
Utilizando os nomes
fornecidos pelo oficial da Polícia dos Guetos Judeus Marcel Goldberg, o
secretário de Göth, Mietek Pemper, compilou, e passou a papel, uma lista de 1,2
mil judeus que viajaram para Brünnlitz em outubro de 1944.
Schindler continuou a
subornar os oficiais das SS para impedir o massacre dos seus empregados, até ao
final da Segunda Guerra Mundial na Europa, em maio de 1945, altura em que tinha
já gasto a sua fortuna em subornos e no mercado-negro para comprar provisões
para os seus funcionários.
Schindler foi viver na
Alemanha a seguir à guerra, onde foi apoiado financeiramente por organizações
judaicas de salvamento. Depois de receber um reembolso parcial pelos seus
gastos em tempo de guerra, viajou para a Argentina, com a sua esposa, para uma
quinta.
Quando entrou em
bancarrota em 1958, Schindler deixou sua mulher e regressou à Alemanha, onde
foi malsucedido em vários negócios, e teve que ser ajudado pelos seus Schindler Juden ("Judeus de
Schindler") – aqueles cujas vidas ele salvou durante a guerra. Schindler
recebeu a designação de Juntos entre as nações pelo governo de Israel em
1963, e morreu a 9 de outubro de 1974.
Oskar Schindler
Fábrica de Oskar Schindler
em Cracóvia
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