Pergaminho
é uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha,
preparada para nela se escrever. Designa ainda um suporte de inscrição de
palavras materializada pela escrita.
O seu
nome lembra o da cidade grega de Pérgamo, na Ásia Menor, onde se acredita possa
ter se originado ou distribuído. Quando feitos de peles delicadas de bezerros
ou cordeiros, eram chamados de velino.
Estas
peles davam um material de escrita fino, macio e claro, usado para documentos e
obras importantes. Esse importante suporte da escrita também foi largamente
utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média, até a
descoberta e consequente difusão do papel, uma invenção dos chineses.
Nos
mosteiros cristãos eram mantidas bibliotecas de pergaminhos, onde
monges letrados no período se dedicavam à cópia de manuscritos antigos,
devendo-se a essa atividade monástica a sobrevivência e divulgação dos textos
clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente à
época do Império Romano.
Na
atualidade o pergaminho é utilizado, sim, para a confecção de diplomas
universitários, títulos e letras do Tesouro Nacional por ser considerado um
material difícil de ser falsificado, graças às nuances naturais e à sua grande
durabilidade.
Se
antigamente essa matéria-prima era distribuída apenas por muitas empresas
da Europa, hoje na Região Nordeste do Brasil converteu-se em expressiva
fonte de renda, auxiliando a economia local.
Origem
A
palavra é derivada do nome koinê da cidade grega de Pérgamo, na Anatólia,
onde o pergaminho foi supostamente desenvolvido por volta do século II a.C.,
provavelmente como um substituto para o papiro, que então estava se tornando
mais escasso. As peles de animais exigem mais mão-de-obra para serem
processadas manualmente do que os papiros de origem vegetal (e, portanto, eram
provavelmente mais caras).
No
entanto, além de estar mais facilmente disponível, o pergaminho provavelmente
também tinha várias vantagens práticas sobre o papiro, incluindo uma superfície
de escrita mais lisa. Também teria sido mais durável se fosse razoavelmente
conservado e teria sido mais resistente ao manuseio incorreto ocasional
História
A
história do pergaminho é indissociável da palavra escrita, uma vez que
descendeu dos tabletes de argila. Um uso subsidiário foi encontrado por
cientistas, principalmente Thomas Graham, que empregou pergaminhos para a
separação de soluções aquosas que chamou de dialise; a este respeito, o
pergaminho é considerado semelhante a tripa de salsicha feitas de
intestinos.
A
palavra pergaminho evoluiu seguindo o nome da cidade de Pérgamo, que foi um
próspero centro de produção de pergaminhos durante o período helenístico. A
cidade dominou tanto o comércio que mais tarde surgiu uma lenda que dizia que o
pergaminho havia sido inventado em Pérgamo para substituir o uso do papiro que
havia sido monopolizado pela cidade rival de Alexandria.
Este
relato, originado nos escritos de Plínio, o Velho (História Natural, Livro
XII, 69-70), é falso porque o pergaminho já era usado na Anatólia e em
outros lugares muito antes da ascensão de Pérgamo.
O
historiador Heródoto menciona a escrita em peles como comum em sua época,
o século V a.C.; e em suas Histórias (v.58) ele afirma que os jônicos da
Ásia Menor estavam acostumados a dar o nome de peles (diphtherai) aos
livros; esta palavra foi adaptada pelos judeus helenizados para descrever rolos
de pergaminhos
0 Comentários:
Postar um comentário