A Abadia
de Malmesbury em Wilthire, na Inglaterra. Era também uma das poucas
casas monásticas inglesas com uma história contínua a partir do século VII até
a Dissolução dos Mosteiros, no século XVI. Ela foi dedicada aos santos
Pedro e Paulo. O historiador do século XII Guilherme de Malmesbury era
desta comunidade.
A
abadia foi fundada como um mosteiro beneditino por volta de 676 d.C. pelo
poeta e acadêmico Aldelmo (Aldhelm), um sobrinho do rei Ine de Wessex. Em
941, o rei Etelstano foi enterrado ali. Por volta do século XI, ela
abrigava a segunda maior biblioteca da Europa, sendo considerada um grande
centro cultural e de aprendizado.
A
abadia estava praticamente completa em 1180. O coruchéu de 131 metros de
altura e a torre sobre a qual ela se apoiava desabaram numa tempestade por
volta de 1500, destruindo também a maior parte da igreja, incluindo dois terços
da nave e do transepto.
A torre
oeste caiu também por volta de 1550, demolindo as três capelas mais a oeste na
nave. Como resultado destes dois colapsos, menos da metade do edifício original
permanece em pé atualmente.
O
complexo todo, que era composto por quase 93 km² em vinte paróquias
(chamadas de Malmesbury Hundred), foi fechado na Dissolução dos Mosteiros,
em 1539, por ordem do rei Henrique VIII da Inglaterra e foi vendido, com todas
as terras, para William Stumpe, um rico comerciante.
Ele
devolveu a abadia para cidade para que fosse utilizada como igreja paroquial e
recheou os demais edifícios com teares para a sua tecelagem. Atualmente,
a Abadia de Malmesbury continua em pleno uso como a igreja paroquial de
Malmesbury, na Diocese de Bristol.
Os
documentos anglo-saxões de Malmesbury, mesmo que acrescidos por
falsificações e extensões realizadas no scriptorium da própria abadia,
contém importante material sobre a história do Reino de Wessex e da igreja
dos saxões orientais a partir do século VII.
Hoje,
muito da abadia permanece intacto. O terço ainda em pé da nave da igreja foi
restaurado e é um local de devoção ainda ativo e há planos de construir um
centro de visitantes no local.
Tentativa
de voo
Durante
a Guerra Civil Inglesa, acredita-se que Malmesbury tenha trocado de mãos pelo
menos sete vezes e a posse da abadia foi duramente perseguida. Centenas de
marcas de balas ainda podem ser vistos nos lados sul, oeste e leste da muralha
da abadia.
Ali
também foi o local de uma primeira tentativa de voo quando, em 1010, o monge
Eilmer de Malmesbury tentou voar numa primitiva Asa-delta a partir da
torre. Eilmer voou por mais de 200 metros antes de cair, quebrando ambas as
pernas. Ele depois lamentou que a única razão pela qual ele não voou mais longe
foi a falta de uma cauda em seu planador.
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