O
termo zelota ou zelote significa literalmente alguém que zela pelo
nome de Deus. A sua origem prende-se ao movimento político judaico do
século I que incitou o povo da Judeia a rebelar-se contra o Império
Romano e expulsar os romanos pela força das armas, o que levou à primeira
guerra judaico-romana (66 - 70).
A História
A seita
foi estabelecida por Judas, o galileu, que liderou uma revolta contra a
dominação Romana no ano 6 d.C., rejeitando o pagamento de tributo pelos
israelitas a um imperador pagão, sob a alegação de que tal ato era uma traição
contra Deus, o verdadeiro rei de Israel.
Foram
denominados como zelotas por seguirem o exemplo de Matatias, seus filhos e
seguidores, que externaram o seu zelo pela a lei de Deus quando Antioco IV
Epifânio tentou suprimir a religião judaica, assim como o exemplo de
Fineias, que também demonstrou o seu zelo no deserto, durante uma época de
apostasia (Nm 25:11; Sl 106:30).
Após a
destruição do Segundo Templo pelos romanos no ano 70, rebeldes Zelotas
fugiram de Jerusalém para Masada. Os romanos então construíram uma
enorme rampa pelo lado oeste do platô e destruíram a muralha.
De
acordo com o historiador Flávio Josefo, os rebeldes cometeram suicídio em
massa para não serem capturados. A seita dos zelotas é referida por Flávio
Josefo como vil, que a responsabiliza pela incitação da revolta que
conduziu à destruição de Jerusalém e do Segundo Templo, referenciais para a
cultura e religião judaicas.
Um dos
apóstolos de Jesus Cristo é referido como “Simão, o Zelote" (Lc
6:15 e At 1:13), ou por causa de seu zeloso temperamento ou por causa de alguma
anterior associação com o partido dos Zelotas.
Paulo
de Tarso, referindo a si mesmo, afirma que foi um zelote religioso (At 22:3; Gl
1:14), enquanto que os muitos membros da igreja de Jerusalém são descritos como
"todos são zelosos da lei" (At 21:20).
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