Luís
Alfredo Garavito Cubillos nasceu no dia 25 de janeiro de 1957 no município de
Génova, cidade de Quindio na Colômbia. Conhecido como "La Bestia"
("A Besta"), "El Monstruo de Génova" (O Monstro de Gênova),
foi um estuprador e assassino em série de nacionalidade colombiana.
Em 1999
admitiu ter estuprado e assassinado 140 crianças. O número de suas
vítimas é baseado na localização de ossadas que foram listadas num mapa
desenhado pelo próprio assassino, mas este número pode superar 300 vítimas.
Foi
descrito pela imprensa local como “o maior assassino em série do planeta” em
virtude de seu número de vítimas. Quando foi capturado, Garavito foi condenado
ao máximo de pena possível na Colômbia, que foi de 40 anos.
Entretanto,
como confessou seus crimes e ajudou as autoridades policiais a localizar os
corpos de suas vítimas, a lei colombiana permitiu que recebesse alguns
benefícios legais, incluindo a redução de sua pena a 22 anos e possibilitando
sua saída ainda mais cedo caso fosse considerado um preso cooperativo e de bom
comportamento.
Nos
anos seguintes, a população colombiana sentiu que a possível saída de Garavito
da prisão estava cada vez mais perto, considerando que sua sentença não foi
punição suficiente pelos crimes por ele cometidos.
A lei
colombiana não autoriza a prolongamento da sentença, porque em casos de assassinos
em série, como Garavito, não há precedentes no país, assim não tendo o sistema
legal como analisar este caso.
No final de 2006, entretanto, uma revisão criminal dos casos contra Garavito por uma jurisdição diferente da que o condenou poderia prolongar o cumprimento de sua pena, devido a existência de crimes que ele não admitiu e, logo, não fora condenado. Em março de 2022, Garavito ainda continuava preso.
Garavito
morreu no dia 12 de outubro de 2023 aos 66 anos. Ele havia sido diagnosticado
com câncer no olho e leucemia. Era o mais velho de 7 irmãos e aparentemente
sofreu abusos de violência física e psicológica por parte de seu pai. Em seu
testemunho, ele se descreveu como vítima de abuso sexual quando era mais
jovem.
Assassinatos Prisão e sentença
As
vítimas de Garavito eram crianças pobres, camponeses ou crianças de rua, e suas
idades variavam de 8 a 16 anos. Garavito se aproximava delas nas ruas
oferecendo presentes e pequenas quantias em dinheiro.
Depois
de ganhar sua confiança, ele levava sua vítima para passear, assim quando a
vítima se cansava ele poderia se aproveitar dela. Ele as estuprava, cortava
suas gargantas e, geralmente, as desmembrava. A maioria dos corpos das vítimas
apresentava sinais de tortura.
Segundo
a RCN em março de 2022, fez vítimas em 11 dos 32 departamentos do país. O
Prensa Libre escreveu em abril 2022, que ele era "o maior agressor de
crianças da humanidade".
Garavito foi capturado no
dia 22 de abril de 1999, após o que confessou o assassinato de 140 crianças.
Entretanto, ele ainda é investigado pelo homicídio de 172 crianças em mais
de 59 cidades colombianas.
Foi considerado culpado
em 138 dos 172 casos em que fora acusado; outros casos ainda continuam em
investigação. As sentenças para estes 138 casos somaram 1853 anos e 9 dias de
prisão. Em virtude das restrições na lei colombiana, entretanto, ele não pode
ser mantido preso por mais de 30 anos.
Considerando, ainda, sua
ajuda às autoridades colombianas sua pena fixou-se em 22 anos de reclusão. Prevendo
sua saída em 2022, a Procuradoria Geral colombiana iniciou novas investigações
em 2018 para averiguar se ele poderia ser condenado por outros crimes, o que
poderia mantê-lo na prisão.
Comoção pública e Morte
Devido à redução da pena
de Garavito, muitos cidadãos colombianos começaram a criticar a possibilidade
de sua saída da prisão e alguns alegavam que ele merecia prisão perpétua ou
a pena de morte, porém nenhuma dessas alternativas era possível na Colômbia.
Em 2006, um canal de
televisão local conseguiu uma entrevista com Garavito, que foi ao ar em 11 de
junho de 2006. Nesta entrevista, Pirry explica que durante a entrevista o
assassino tentou minimizar seus crimes e demonstrou vontade de seguir a
carreira política com vista a combater a exploração sexual infantil.
Pirry também descreveu as
condições em que se encontrava Garavito, que devido a seu bom comportamento ele
poderia ser solto em 3 anos. Depois que esta entrevista foi ao ar, as críticas
a Garavito aumentaram na mídia e círculos políticos.
Uma revisão criminal nos
casos de Garavito por uma jurisdição diferente da que o condenou poderia
prolongar o cumprimento de sua pena, devido à existência de crimes que ele não
admitiu e, logo, não fora condenado.
0 Comentários:
Postar um comentário