Quando essa oliveira brotou, há 4000 anos, por volta do ano 2000 antes de Cristo. Na China alguém estava descobrindo o Bronze, e o último mamute era caçado pelos humanos. Acabava a sétima dinastia egípcia e em Creta, o rei Minos iniciava a construção do palácio que inspiraria o mito do Minotauro e seu labirinto.
No mesmo período que essa árvore germinou foi quando nossa espécie descobriu a existência do vidro. A árvore, que está na Grécia, viu o homem caminhar da idade do bronze e chegar na era atômica, e atual.
Ela viu o mundo mudar, viu reis, déspotas,
políticos, poetas, guerreiros e profetas surgirem, e morrerem. Ela passou pelas
muitas, incontáveis guerras. E ela ainda continua a dar azeitonas a cada
temporada. (Adriano Alves – Facebook)
As Oliveira
A oliveira (nome
cientifico Olea europaea L.) é uma árvore da família das
oleáceas. A oliveira produz azeitonas, que são usadas para fazer azeite.
Tem pouca altura e tronco retorcido, sendo nativas da parte oriental do mar
Mediterrâneo, bem como do norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio.
A
árvore e seus frutos dão seu nome à família de plantas que também incluem
espécies como o lilás e o jasmim. De seus frutos, as azeitonas, os humanos
no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite.
Este
óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e
por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos. A
Civilização Minoica, que floresceu na ilha de Creta até 1 500
a.C., prosperou com o comércio do azeite, que primeiro aprendeu a cultivar.
Já os
gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos
minoicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em
várias passagens, tanto a árvore, como seus frutos.
A
longevidade das oliveiras é grande. Estima-se que algumas das oliveiras
presentes em Israel tenham mais de 2 500 anos de idade. Em Santa Iria
de Azoia, Portugal, há uma oliveira com 2 850 anos.
Na
Grécia Antiga já se falava das oliveiras. Conta-se que durante as disputas
pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Posidão teria feito
surgir um belo e forte cavalo com um golpe de seu tridente.
A deusa
Palas Atena teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para
iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em
sabor e energia. Do outro lado do Adriático, os italianos contam que Rômulo e
Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela
primeira vez sob os galhos de uma oliveira.
O fato
concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na
Itália no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central,
com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milênio
a.C.
Múmias da
XX dinastia egípcia foram encontradas vestidas com granalhas trançadas
de oliveira e em Creta, registros foram encontrados em relevos e relíquias da
época minoica (2 500 a.C.).
Os
estudiosos de história concluem que o azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte
da alimentação humana há muito tempo. Concluem que a oliveira é originada do
sul do Cáucaso, das planícies altas do Irão e do litoral mediterrâneo
da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do
Mediterrâneo.
Os
troncos de oliveira, sulcados, velhos e ocos, são um trabalho fascinante da
natureza.
Para os
primeiros dez anos de sua vida, o tronco da oliveira é plano e cinza. Em
seguida, ele começa a formar nós e escurecer na cor. Tem um sistema de raiz
perto da superfície e se ele fica doente produz ramificações para sobreviver.
É por
isso que na Antiguidade Clássica se acredita ser uma “árvore imortal”. Mas é uma
árvore milenar, vivendo até quase três mil anos.
Os
troncos se retorcem e criam formas que nos remetem a outras figuras como esta
oliveira na região da Puglia, na Itália, conhecida como o ‘beijo das oliveiras’
ou ‘oliveiras dançando’.
Na
verdade, é uma só que quase se dividiu neste processo de envelhecimento. Raízes &
Folhas
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