Fomos
preparados para a escravatura de mil e uma maneiras. De todas as maneiras, envidam-se
esforços para fazer de nós escravos - e há motivos para esses esforços. É do
interesse da sociedade que uma pessoa se mantenha escrava, é do interesse do
Estado que uma pessoa se mantenha escrava, e é do interesse dos sacerdotes e
dos pânditas.
Quanto
mais escravizada for uma pessoa, mais poderá ser explorada. Quanto mais
escravizada for uma pessoa, menos possibilidade terá de se revoltar. Se a mente
de uma pessoa estiver completamente dependente, ela não oferece perigo à
sociedade. A revolta e a revolução tornam-se impossíveis.
A
sociedade não quer que ninguém tenha uma mente independente. Daí que, desde a
infância, a sociedade tente de todas as formas tornar uma pessoa dependente. Os
alicerces para transformar em escrava a mente de alguém são a educação e os
condicionamentos. Antes de nos darmos conta disso, já estamos presos a
correntes.
As
correntes têm muitos nomes - podem ser hindus, podem ser jainistas, podem ser
indianas, podem ser cristãs ou maometanas: as correntes têm diferentes rótulos,
diferentes nomes. Há mil e uma correntes a restringir-nos as mentes, e, mais
cedo ou mais tarde, deixamos de reparar nelas.
Osho
(Uma Mente Independente, pág. 46)
0 Comentários:
Postar um comentário