Sylvia
Marie Likens nasceu em Lebanon – Estados Unidos no dia 3 de janeiro de 1949. Foi
uma adolescente norte-americana que foi torturada e assassinada por Gertrude
Baniszewski, por alguns dos seus filhos e diversas outras crianças da
vizinhança.
Seus
pais eram trabalhadores ambulantes de circo e deixaram Sylvia e sua irmã Jenny
aos cuidados da família Baniszewski três meses antes da sua morte em troca de
20 dólares por semana.
Baniszewski,
dois de seus filhos; Paula e John, dois jovens da vizinhança; Coy Hubbard e
Richard Hobbs, foram acusados e condenados pelo crime. Sua tortura e
assassinato foram descritos pelo procurador público do caso como o "mais
terrível crime cometido no estado de Indiana".
Início de vida
Seus
pais se chamavam Lester Cecil (1926 - 2013) e Elizabeth "Betty"
Frances (nascida Grimes; 1927 - 1998). Era filha do meio entre dois conjuntos
de gêmeos: Diana May e Daniel Kay, dois anos mais velhos e Jenny Fay e Benny
Ray, que eram um ano mais novos.
O
casamento dos Likens era instável, e eles viviam se mudando diversas vezes.
Sylvia constantemente era obrigada a ficar com parentes ou conhecidos quando
seus pais estavam em turnê com o circo.
Em seus
16 anos de vida, Sylvia morou em nada menos que 14 endereços diferentes. Antes
ela era deixada na casa da avó ou viajava com os pais quando eles não
encontravam ninguém para cuidar dela e da irmã.
Em sua
adolescência, Sylvia ocasionalmente trabalhava como babá, faxineira, engomando
roupas ou passando recados para amigos e vizinhos, muitas vezes dando à sua mãe
grande parte dos seus ganhos.
Foi descrita
como uma garota amigável, confiante e animada, com longos cabelos castanhos
claros e ondulados que se estendiam abaixo dos seus ombros, e sendo apelidada
de "Cookie" por seus amigos.
Em 1965,
Sylvia e sua irmã Jenny estavam morando com a mãe em Indianápolis, mas logo ela
estaria viajando com o circo novamente. Lester Likens, que havia se separado da
mulher recentemente, deixou as duas filhas com Gertrude Baniszewski, mãe de
Paula, uma garota que as Likens haviam conhecido.
Apesar
de Gertrude e suas sete crianças serem pobres, Lester Likens, em seu
depoimento, disse que não adentrou ao interior da casa para ver suas condições
para receber as filhas, mas encorajou Baniszewski a "endireitar suas
filhas assim como fazia com as próprias crianças".
Morte
Baniszewski,
descrita pelo jornal Indianapolis Star como uma mulher anêmica e
depressiva, fruto do stress de casamentos fracassados, começou a descontar sua
raiva nas meninas Likens, batendo nas duas quando o primeiro pagamento chegou
atrasado.
Baniszewski
aumentou os abusos contra Sylvia. Gertrude a acusou de ter roubado doces de um
supermercado, doces que ela na verdade havia comprado, e humilhou a garota
quando ela admitiu que teve um namorado.
Chutou
Sylvia nos genitais e a acusou de estar grávida. Paula era quem estava grávida
na época, ela derrubou Likens e a chutou no chão. No julgamento foi provado, em
contrapartida da defesa de Baniszewski, que era impossível que Sylvia estivesse
grávida.
Sylvia
foi acusada de fazer fofocas no colégio sobre Stephanie e Paula, acusando-as de
serem prostitutas. Este foi, supostamente, o motivo do namorado de Stephanie,
Coy Hubbard, atacar Sylvia fisicamente usando golpes de judô.
Baniszewski
começou a encorajar Hubbard e outras crianças da vizinhança a atormentar
Likens, incluindo, entre outras coisas, queimar sua pele com cigarros e a
fazendo tirar a roupa e a forçando inserir uma garrafa de Coca-Cola em sua
vagina.
Após
isso, Gertrude começou a agredir Sylvia frequentemente, até que a garota foi
retirada da escola e não lhe foi mais permitido sair de casa. Quando Likens
urinou em sua cama, foi trancada no porão da casa e proibida de usar o
banheiro.
Mais
tarde, ela foi obrigada a consumir a urina e as fezes espalhadas pelo porão.
Nesse período, Baniszewski começou a tatuar no dorso de Sylvia a frase
"I'm a prostitute and proud of it!" com uma agulha aquecida. Como
Gertrude não conseguiu terminar a frase, Richard Hobbs a finalizou.
Sylvia
tentou fugir poucos dias antes da sua morte, após ouvir um plano de Baniszewski
em deixá-la morrer em um bosque das redondezas. Todavia, Sylvia foi pega por
Gertrude, sendo como punição amarrada no porão onde comeu somente biscoitos
secos.
Em 26
de outubro de 1965, após múltiplas escoriações, ela morreu de Hemorragia
cerebral, segundo o relatório médico.
Assim
que Stephanie Baniszewski e Richard Hobbs perceberam que Sylvia não estava
respirando, Stephanie tentou aplicar respiração boca-a-boca até perceber que
ela estava morta.
Julgamento
Baniszewski
mandou Richard Hobbs chamar a polícia, que teve acesso a uma carta a qual
Sylvia tinha escrito alguns dias antes, obrigada por Gertrude, a qual dizia que
ela havia feito sexo com um grupo de jovens por dinheiro, e que eles a levaram
de carro, bateram nela, a queimaram e tatuaram a frase no seu dorso.
Antes
da Polícia ir embora, Jenny Likens parou um dos policiais e sussurrou: "Me
tire daqui e lhe contarei tudo.”
Durante
o conturbado julgamento, Baniszewski negou qualquer responsabilidade pela morte
de Sylvia, alegando insanidade mental. Segundo seu depoimento, ela afirmou que
estava muito doente para tomar conta de suas crianças.
Os
advogados dos menores envolvidos (Paula e John Baniszewski, Richard Hobbs e Coy
Hubbard) afirmaram que eles foram pressionados por Gertrude para cometer as
torturas. Quando Marie Baniszewski, a filha de onze anos de Gertrude, foi
convocada como testemunha de defesa, ela mudou o discurso e admitiu que havia
sido forçada pela mãe para aquecer o alfinete com o qual Hobbs tatuou na pele
de Sylvia Likens e que havia visto a mãe agredir Sylvia no porão.
Em 19
de maio de 1966, Gertrude Baniszewski foi condenada pela prática de assassinato
em primeiro grau, porém foi poupada da pena de morte, e condenada à prisão
perpétua. Sua filha Paula, que deu à luz uma menina durante o julgamento, a
qual deu o nome de Gertrude em homenagem à sua mãe, foi condenada por
assassinato em segundo grau e também foi condenada à prisão perpétua. Richard
Hobbs, Coy Hubbard e John Baniszewski foram enviados para um centro juvenil,
onde ficaram dois anos detidos.
Em 1971,
Paula e Gertrude Baniszewski foram julgadas novamente. Paula confessou sua
culpa e foi solta dois anos depois. Gertrude Baniszewski, todavia, foi
novamente condenada por assassinato em primeiro grau. Ela conseguiu condicional
em 1985, apesar da indignação pública e de pedidos contra sua libertação.
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