Um riso
é bom, ser feliz não faz mal a ninguém. Dou gargalhadas, sou alegre na maior
parte do tempo...
Mas há
tempos que nos mudam, nos transforma, hoje estou triste, hoje chorei, estou
chorando, vou continuar chorando, por dentro.
Esse
mundo ingrato, que nos dá hoje e nos toma no mesmo dia. Ficou ecoando a
despedida, a partida, a ida sem volta.
Por
quê?
Será
que não soube cultivar? Não sei! O tempo dirá quem errou, quem pecou, mesmo por
inocência, ele punirá. Errado ou não, já estou sendo punido.
Francisco
Silva Sousa – Foto: Pixabay
Punição
A punição é
um processo no qual reduz-se a probabilidade de determinada resposta voltar a
ocorrer através da apresentação de um estimulo aversivo, ou a retirada de
um estímulo positivo após a emissão de determinado comportamento indesejado
numa terapia comportamental.
A
teoria comportamental, antes de mais nada, foi uma das primeiras teorias
psicológicas a reconhecer os efeitos indesejados da punição no sentido popular
do termo, e prescrever alternativas científicas para controle e manipulação de
comportamentos nocivos à saúde, indesejáveis e/ou ampliar nossa capacidade de
ensino-aprendizagem com a reflexão e experimentos que produziu sobre esse
processo.
Na
perspectiva da terapia comportamental, a palavra "punição" está
apenas vagamente relacionada ao seu uso cotidiano. Segundo Hall, a punição
se refere ao procedimento de fazer seguir, a um comportamento, uma consequência
que diminua sua força ou probabilidade futura de ocorrência.
Assim,
qualquer evento que diminua a força de um comportamento precedente é chamado de
evento punitivo. Para Skinner, a punição é facilmente confundida com o “reforço
negativo”, e algumas vezes chamado de "controle adversativo".
Os
mesmos estímulos são usados e o reforço negativo pode ser definido como a
punição por não agir. Porém a punição visa a remover um comportamento, ao passo
que o reforçamento negativo gera comportamentos.
Terapia da aversão
Segundo
Wolpe, a terapia de aversão consiste operacionalmente em administrar um
estímulo aversivo para inibir uma resposta emocional indesejável, diminuindo,
assim, sua força de hábito e/ou a apresentação de, no contexto de uma resposta
não desejada, um estímulo aversivo.
Não se
deve esquecer da observação de Skinner de que as contingências punitivas são
exatamente o contrário do reforço e que, por exemplo, quando uma pessoa ameaça
bater em uma criança se ela se portar mal, está apresentando um reforço
negativo se a criança se portar bem para não apanhar.
Ou
seja, a criança "foge" da punição e, segundo esse autor, ela continua
inclinada a comportar-se de forma punível, mas evita a punição fazendo alguma
outra coisa, mesmo que seja o "não fazer nada", ou seja, o comportamento
punido é deslocado por um comportamento incompatível, condicionado como fuga ou
evitação.
Considerando-se
as vantagens do reforçamento positivo e da análise de encadeamentos onde os
hábitos podem ser reorganizados em função de um real controle de estímulos numa
verdadeira "engenharia de comportamentos" ou construção de hábitos
saudáveis.
Além de outros efeitos emocionais não previsíveis de associação a estímulos aversivos como o erro explorado caricaturalmente no filme e no romance de Anthony Burgess Laranja Mecânica, a terapia de aversão tem sido preterida em favor de estratégias cognitivo comportamentais.
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