A vida é feita de contrastes, de risos e lágrimas, de
chegadas e partidas. Há dias em que a felicidade nos envolve como um abraço
caloroso, e gargalhamos sem medo, sentindo a leveza de existir. Mas há outros
dias em que a tristeza nos invade silenciosa, um peso invisível que se aloja na
alma.
Hoje, o
riso cedeu espaço às lágrimas. Chorei, estou chorando, e talvez continue
chorando por dentro, onde ninguém vê, onde a dor se esconde e ecoa em silêncio.
O mundo, ingrato e imprevisível, nos dá e nos toma no
mesmo instante, deixando-nos atônitos diante da despedida que não esperávamos.
A partida abrupta, a ida sem volta, o vazio que se instala.
Por
quê?
O tempo
talvez traga respostas. Será que falhei? Poderia ter feito diferente? O destino
é implacável em suas lições, e mesmo a inocência não nos livra das
consequências. Errado ou não, já sinto o peso da punição.
E no
silêncio da noite, entre pensamentos que vagam sem rumo, percebo que há dores
que não se explicam, apenas se sentem. O peito aperta, o coração sussurra
lamentos que ninguém mais pode ouvir. A saudade se torna presença, um eco
daquilo que foi e já não é mais.
Mas a vida segue, indiferente às nossas dores. O
tempo, que hoje parece cruel, amanhã pode trazer alívio. Talvez, um dia, o riso
volte. Talvez, um dia, as lágrimas sequem. Até lá, sigo vivendo, sentindo,
aprendendo - pois até a dor tem algo a ensinar.
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