Elisabeth Fritzl foi durante 24 anos abusada pelo pai Josef Fritz - Elisabeth
Fritzl nasceu em 8 de abril de 1966, na Áustria é uma mulher que foi
mantida pelo seu pai, Josef Fritz, durante 24 anos confinada a um bunker
construído no porão da casa da família, em Amstetten, e por ele abusada
sexualmente.
Elisabeth
teve sete filhos, todos gerados pelo pai, enquanto viveu em cativeiro. Uma das
crianças faleceu alguns dias após nascer e teve o corpo incinerado. Ela teria
sido estuprada pela primeira vez pelo pai quando tinha apenas onze anos de
idade.
Acabou
conseguindo a liberdade em maio de 2008, aos 42 anos, quando uma de suas filhas
teve que ser levada ao hospital, onde teve a chance de contar à Polícia o que
estava acontecendo.
O crime
chocou o país, a Europa, bem como o mundo todo, tendo sido reportado pela Globo
do Brasil, BBC, Metro, entre outros. "Chocou o planeta", escreveu
O Globo em março de 2019.
O Crime
Quando
Elizabeth tinha 17 anos, com a desculpa de que precisava de ajuda para instalar
uma porta, Josef pediu à filha que descesse até o porão. Lá, drogou-a e
acorrentou-a. Depois, obrigou Elizabeth a escrever uma carta para os pais,
dizendo que havia fugido para seguir uma seita e pedindo que não a procurassem.
No
início, o pai abusava da filha acorrentada em troca de comida. Depois, Josef
passou a dar maior mobilidade dentro do cativeiro, que sofreu ampliações ao
longo dos anos.
Desses
abusos resultaram sete gestações, tendo havido, porém, uma criança, um dos
gêmeos que teve em sua quarta gravidez, que faleceu apenas 3 dias após seu
nascimento.
O corpo
da criança foi alegadamente incinerado pelo próprio Josef Fritzl. Seis filhos
sobreviveram e três deles foram adotados pelo próprio agressor. Para isso,
Josef forçava sua filha a escrever cartas pedindo aos pais que criassem essas
crianças.
Apesar
de existirem registros de uma condenação de Fritzl por abuso sexual nos anos
60, seu cadastro estava limpo na época da adoção.
O crime
foi descoberto após a filha mais velha de Elizabeth, Kestin, adoecer gravemente
e precisar ir para o hospital com urgência. Os médicos quiseram localizar os
familiares para conhecer o histórico clínico da jovem, visto que está deu
entrada em coma.
A
Comunicação Social fez um apelo e como o raptor tinha posto uma televisão no
cativeiro, Elizabeth ouviu o pedido e percebeu que podia ser a sua chance.
Convenceu
o pai a levá-la ao hospital e, após conseguir a garantia policial de que ia ser
protegida, contou a situação em que se encontrava aos médicos e posteriormente
às autoridades, encerrando seu cárcere de 25 anos.
À
Polícia, ela declarou que enquanto esteve cativa recebeu apenas roupas e
alimentos do pai e que sua mãe, Rosemarie, não tinha culpa de nada. Elizabeth
Fritzl recebeu alta do hospital no dia 29 de dezembro de 2008, onde também seus
filhos receberam atendimento e passaram por exames.
Prisão e Condenação de Josef
Josef
foi condenado em março de 2009 à prisão perpétua pelos crimes de sequestro,
estupro, homicídio (do filho morto) por negligência, incesto, entre outros.
Apesar da resistência do início, ele confessou todos os seus crimes.
Elisabeth,
para ser poupada de depor na frente de seu agressor, gravou um vídeo de mais ou
menos 11 horas em que conta tudo o que passou nos anos de cativeiro. Esse
depoimento foi transmitido aos poucos durante o julgamento do pai estuprador.
Nele,
inclusive, Elisabeth relata que sofria abusos desde que tinha 11 anos. Alguns
membros da imprensa dizem que Elisabeth esteve presente no julgamento
disfarçada e que, ao ser avistada pelo pai, este confessou todos os crimes.
Novas Identidades
Para
não serem reconhecidos e poderem iniciar uma nova vida, Elizabeth e seus filhos
receberam novas identidades. Eles estariam vivendo numa cidade a cerca de 100 km
de Amstetten, em documentos oficiais citada apenas como "Vilarejo X". "É
muito importante que eles sejam deixados em paz", disse o médico que
atendeu a família no hospital.
Dez anos após o crime
Em
março de 2019, O Globo, citando o jornal austríaco Osterreich, disse que Josef
continuava preso, mas aos 83 anos estaria sofrendo de demência. O jornal também
noticiou que Elisabeth estaria casada, que sua filha mais velha, Kerstin, então
com 29 anos, estaria namorando; Stefan, de 28, planejaria ser marinheiro
mercante e outro dos filhos trabalharia na Câmara Municipal de Amstetten.
Josef,
conhecido também como o Monstro de Amstetten, poderá ganhar a liberdade
após cumprir 15 anos de prisão em regime fechado. Estará então com 88 anos de
idade.
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