Sinéad O'Connor
foi uma cantora e compositora Irlandesa. Em 2017, O'Connor mudou de nome
para Magda Davitt. No ano seguinte, converteu-se ao islamismo, mudando uma
vez mais de nome, desta vez para Shuhada' Sadaqat. Todavia,
continuava a gravando músicas e se apresentava com o seu nome de nascimento.
Início de Vida
Sinéad
Marie Bernadette O'Connor era filha de um engenheiro, e mais tarde advogado,
Sean O'Connor e de Marie O'Connor. É a terceira filha, de entre cinco irmãos.
Teve a
vida marcada por reveses que moldaram a sua personalidade e marcaram-na
para sempre. Tendo sofrido abusos\ na infância, tentou o suicídio e
afirmou ser homossexual no meio da conturbada carreira.
No
final dos anos 1990, o bispo Michael Cox da Igreja Católica Ortodoxa Irlandesa
e Apostólica (um grupo católico independente que não está em comunhão com a
Igreja Católica Romana) ordenou O'Connor como sacerdote.
A
Igreja Católica considera a ordenação de mulheres inválida e afirma que uma
pessoa que tenta o sacramento da ordenação de uma mulher incorre em excomunhão.
O bispo
a contatou para oferecer a ordenação após sua aparição no Late Late Show da
RTÉ, durante o qual ela disse ao apresentador, Gay Byrne, que se ela não fosse
cantora, gostaria de ter sido um padre católico.
Depois
de sua ordenação, ela indicou que desejava ser chamada de Madre Bernadete
Maria.
Destacou-se
pela voz doce, e ao mesmo tempo rebelde, e cabeça raspada, a sua marca
registada por muitos anos. Estreou na música em 1987, com o álbum The Lion
and the Cobra, dedicado à mãe que havia falecido a pouco tempo.
Conseguiu
apresentar-se em diversos países da Europa e nos Estados Unidos, ganhando
grande visibilidade.
Foi
apenas com o segundo trabalho, I Do Not Want I Haven’t Got de 1990, que
Sinéad ficou internacionalmente famosa.
A
canção "Nothing Compares 2 U" composta originalmente por Prince,
levou o álbum à primeira posição dos mais vendidos em vários países e
rendeu-lhe diversos prêmios.
Também
em 1990, participou do show que deu origem ao DVD Roger Waters The Wall
Live in Berlin, cantando Mother.
Dois
anos depois chegou Am I Not Your Girl? onde a cantora interpretou algumas
músicas de sucesso como “Don’t Cry For Me, Argentina" e "Gloomy
Sunday".
Na
época, foi novamente notícia internacional, mas desta vez, por rasgar uma
fotografia do papa João Paulo II em protesto aos abusos sexuais cometidos
por clérigos e membros da Igreja Católica, num dos programas com mais audiência
dos EUA, o Saturday Night Live. Numa das muitas entrevistas sobre essa ação,
Sinead conta:
“Muitas
pessoas não entenderam o protesto. Eu sabia que a minha ação poderia causar
problemas, mas queria forçar uma conversa onde houve a necessidade de uma [...]
Tudo o que eu lamentava era que as pessoas pensassem que eu não acreditava em
Deus. Isso não é verdade. Sou católica de nascimento e seria a primeira à porta
da igreja se o Vaticano oferecesse reconciliação sincera.”
A
atitude foi reprovada por diversas autoridades e Sinéad ficou com uma imagem
negativa em muitas cidades, chegando até a ser vaiada num show em
tributo a Bob Dylan.
Sinead
ficou com medo da atitude das pessoas e chegou até a doar a sua casa de 800 mil
dólares para a Cruz Vermelha.
Em 1994
ela lançou o álbum Universal Mother que incluía a faixa "Fire On
Babylon" que acaba por ser o grande destaque uma vez que fala de abuso
sexual infantil.
Engajada
politicamente, grava Gospel Oak contendo seis músicas dedicadas ao povo do
Ruanda, in Israel e aos próprios irlandeses.
Após
alguns anos de silêncio, lançou Faith and Courage, no ano de 2000, que foi
produzido pelo ex-Eurythmics Dave Stewart. A cantora anunciou que se converteu
a Igreja Trindade Latino, da Irlanda, e passa a dedicar grande parte de sua
vida à religião.
Sinéad
O’Connor anunciou que iria deixar os palcos e o show business para
cuidar mais do seu espírito e da sua família. Já tinha anunciado o seu
afastamento outras vezes, mas não cumpriu a promessa. No final de 2011 lança o
álbum intitulado "Home".
Em outubro de 2018 anunciou que se converteu ao islamismo, e também mudou de nome. A partir de então, passou a chamar-se Shuhada' Davitt.
Em
novembro de 2018 afirmou: "O que estou prestes a dizer é algo tão racista
que nunca pensei que a minha alma pudesse senti-lo. Mas, sinceramente, nunca
mais quero estar perto de pessoas brancas (se é assim que os não muçulmanos são
chamados). Em momento nenhum, por razão nenhuma. São nojentas".
Em
setembro de 2019, acusou Prince de ter batido em várias mulheres e de a
ter tentado agredir.
O'Connor
faleceu em 26 de julho de 2023, aos 56 anos de idade, em sua casa em Londres. A
polícia local a encontrou inconsciente em sua casa e afirmou que não se tratou
de uma morte suspeita.
Vida
Privada
Sinéad
foi casada quatro vezes, sendo o seu primeiro marido o produtor musical e
baterista John Reynolds. Teve quatro filhos, cada um de pais diferentes; três
meninos e uma menina. Só um dos filhos nasceu de um dos seus casamentos.
Em 8 de
dezembro de 2011 casou com Barry Herridge, passados 16 dias anunciou que iria se
divorciar; posteriormente começaram a namorar novamente e a viver em casas
separadas. O filho mais velho de Sinéad, Jake Reynolds foi pai em julho de
2015.
Em
janeiro de 2022 o seu filho Shane de 17 anos, fruto da relação terminada com
Donal Lunny foi encontrado morto. Ele teria cometido suicídio após fugir
de um hospital onde estava internado para tratar um quadro de depressão.
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