Charlton
Heston, nome artístico de John Charles Carter, nasceu em Evanston,
Illinois no dia 4 de outubro de 1923. Foi um ator e ativista político
norte-americano notabilizado no cinema por papéis heroicos em
superproduções da era de ouro de Hollywood.
Interpretou
Moisés em Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, George Taylor de Planeta
dos Macacos, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homônimo e
Robert Neville em A Última Esperança da Terra.
Charlton
Heston, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo
casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um
subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto.
Na
escola secundária, Charlton se envolveu com a cadeira de artes dramáticas e
teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para cursar a
universidade.
Em
1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde
serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante
a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e se casou com uma
colega de faculdade.
Após
a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de
ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e
Marco Antônio & Cleópatra.
Já
usando o prenome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark
City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção
para seu porte.
Morreu
em 5 de abril de 2008 em sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles,
aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas
similares aos do Mal de Alzheimer.
Grandes
estrelas de Hollywood como a sua amiga Olivia de Havilland, o ator e
ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, Keith Carradine, dentre
outros, compareceram a seu funeral para dar-lhe o último adeus.
Encontra-se
sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific
Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos estados Unidos.
Carreira no cinema
Em
1952, o filme O Maior Espetáculo da Terra, superprodução de Cecil B. DeMille ambientada
no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do
cinema.
A
partir dali seu porte ereto, sua altura e o perfil musculoso, lhe dariam os
papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema
norte-americano.
Os
Dez Mandamentos (filme de 1956), marcou sua imagem como Moisés e a partir
dele todos os grandes papéis heroicos e históricos encontraram Heston para
representá-los.
Nos
anos 50 e 60, ele filmou sucessos como 55 Dias em Pequim, El Cid, Agonia e
Êxtase e Bem-Hur (1959), entre outros, recebendo o Oscar de melhor ator pelo
último, um dos onze recebidos pelo filme, que se manteve solitariamente como o
mais premiado pela Academia em todos os tempos até ser igualado em 1997
por Titanic e em 2003 por O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.
Em
1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado,
fez um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, A Marca da Maldade, mostrando
sua capacidade de trabalhos mais artísticos em filmes menores.
A
virada dos anos 60 para os 70 veria os últimos sucessos de público, e alguns de
crítica, de Heston, já então quase um cinquentão e com a imagem ligada aos anos
50, numa época em que a contracultura e uma nova linguagem tomavam conta
do cinema, trazendo com ela atores mais jovens para os principais filmes como
Warren Beatty, Dustin Hoffman, Robert Redford.
Filmes
de ficção cientifica e de grandes desastres, então em moda no cinema,
ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: O Planeta dos Macacos (1968),
A Última Esperança da Terra (1971), No Mundo de 2020 (1972) e Terremoto (1974).
A
partir daí os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar
em papéis coadjuvante/secundários e pequenas aparições.
Sua
imensa popularidade nos Estados Unidos, porém não diminuiu, e ele fez
diversos papéis nos anos seguintes em filmes para TV e atuou em diversos
filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema.
Em
2001, fez sua mais notada participação em muitos anos, na refilmagem de O
Planeta dos Macacos, de Tim Burton, como um velho macaco pai do vilão do
novo filme.
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