Parece
simples. Parece fácil. Mas nem sempre é. O entendimento usual, na nossa
cultura, é que pedir ajuda é um traço de fraqueza. Se você for homem, então,
isso te coloca em uma posição de ser humilhado, reduzido a um estereótipo
pequeno e chorão.
Assim,
temos muitas histórias de pessoas que suportam com a cara amarrada e uma
lágrima de canto de olho as dores da vida. Seja para as grandes ou pequenas
necessidades, o silêncio vai fazendo morada, o distanciamento começa a erguer
seus muros, a solidão se instaura e, de repente, é como se a prisão fosse
trancada com sete chaves. É difícil sair.
O
orgulho de achar que não precisa de ninguém (ou a falta de coragem de admitir o
contrário) bate como hemorragia interna. Uma hora você cai e aí já é tarde
demais.
Experimente
pedir ajuda. Você não precisa abrir todos os problemas da sua vida pro primeiro
estranho que aparecer. Mas tente pedir ajuda com tarefas simples, em princípio.
A gente
subestima o poder da vulnerabilidade.
Quando
mostramos vulnerabilidade, há uma oportunidade imensa de criarmos uma conexão
muito crua, poderosa, sem os subterfúgios e armadilhas de tentarmos parecer
maiores ou mais fortes do que realmente somos.
Além
disso, o que pouco observamos é como criar a oportunidade para que o outro
possa exercer a sua generosidade, nos ajudando, também é em si mesmo um gesto
de generosidade. Você está dando a essa pessoa a oportunidade de fazer algo
legal.
Se tudo
der certo, duas pessoas saem felizes da situação. Você, que conseguiu
companhia, criou um vínculo e teve ajuda prática com alguma questão sua. E a
outra pessoa, que pôde gerar benefício.
Luciano
Ribeiro
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