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sábado, outubro 08, 2022

Pedir ajuda

Parece simples. Parece fácil. Mas nem sempre é. O entendimento usual, na nossa cultura, é que pedir ajuda é um traço de fraqueza. Se você for homem, então, isso te coloca em uma posição de ser humilhado, reduzido a um estereótipo pequeno e chorão.

Assim, temos muitas histórias de pessoas que suportam com a cara amarrada e uma lágrima de canto de olho as dores da vida. Seja para as grandes ou pequenas necessidades, o silêncio vai fazendo morada, o distanciamento começa a erguer seus muros, a solidão se instaura e, de repente, é como se a prisão fosse trancada com sete chaves. É difícil sair.

O orgulho de achar que não precisa de ninguém (ou a falta de coragem de admitir o contrário) bate como hemorragia interna. Uma hora você cai e aí já é tarde demais.

Experimente pedir ajuda. Você não precisa abrir todos os problemas da sua vida pro primeiro estranho que aparecer. Mas tente pedir ajuda com tarefas simples, em princípio.

A gente subestima o poder da vulnerabilidade.

Quando mostramos vulnerabilidade, há uma oportunidade imensa de criarmos uma conexão muito crua, poderosa, sem os subterfúgios e armadilhas de tentarmos parecer maiores ou mais fortes do que realmente somos.

Além disso, o que pouco observamos é como criar a oportunidade para que o outro possa exercer a sua generosidade, nos ajudando, também é em si mesmo um gesto de generosidade. Você está dando a essa pessoa a oportunidade de fazer algo legal.

Se tudo der certo, duas pessoas saem felizes da situação. Você, que conseguiu companhia, criou um vínculo e teve ajuda prática com alguma questão sua. E a outra pessoa, que pôde gerar benefício.

Luciano Ribeiro



 

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