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segunda-feira, outubro 03, 2022

Lawrence Beesley




Lawrence Beesley nasceu em 31 de dezembro de 1877 foi um professor, jornalista e autor britânico. Após se formar em Cambridge, ensinou Ciências até se demitir em 1912.

Em abril desse mesmo ano, embarcou no transatlântico RMS Titanic como passageiro de Segunda Classe para visitar a família na América. 

Quando o navio colidiu com um iceberg e afundou no meio da viagem, Beesley embarcou num dos botes salva-vidas, sobrevivendo ao desastre.

Em 1912, Beesley demitiu-se no cargo de professor de modo a poder partir para Toronto, no Canadá, onde vivia o seu irmão na época. 

Beesley embarcou no RMS Titanic em Southampton, no dia 10 de abril de 1912, com bilhete de Segunda Classe que lhe custou £13. Ocupou o quarto D-56, no Convés D.

A viagem estava tranquila, e Beesley passou os dias passeando e observando o mar pelos conveses ao ar livre. 

No domingo, dia 14, passou algum tempo na Biblioteca da Segunda Classe. Beesley conviveu com alguns passageiros, notavelmente o Reverendo Ernest Carter.

Na noite do acontecimento, antes de se deitar, juntou-se a outros passageiros na Sala de Jantar da Segunda Classe para um serviço dominical presidido pelo Reverendo Carter, entoando cânticos religiosos e, posteriormente, tomou café e refrescos.

Quando o navio colidiu com o iceberg às 23h40, Beesley encontrava-se deitado na sua cama. Não sentiu o choque da colisão, mas sentiu as máquinas serem desligadas e estranhou o fato.

Beesley levantou-se e perguntou a uma pessoa o que tinha acontecido, mas essa pessoa lhe respondeu que não havia acontecido nada. Beesley subiu até ao Convés A enquanto os botes salva-vidas estavam começando a serem lançados com pessoas, mas decidiu regressar ao seu quarto.

Ao descer as escadas, notou uma ligeira inclinação nos degraus, o que lhe dificultou a descida. Beesley vestiu um casaco, pôs alguns livros nos bolsos e subiu de novo para o Convés A.

Ele então percebeu que o chão se encontrava numa inclinação ainda maior. Beesley percebeu que os oficiais estavam deixando os homens subir a bordo do Bote 13, enquanto os outros botes eram cheios dando prioridade a mulheres e crianças.

Beesley subiu a bordo do Bote 13, que foi finalmente lançado ao mar por volta das 01:25 hs, com 64 pessoas a bordo. 

Enquanto o bote descia, passou muito perto de uma das bombas hidráulicas do navio, que bombeava água para fora do Titanic, correndo o risco de se inundar.

Quando o bote chegou, surpreendentemente intacto, ao mar, a corrente puxou-os para debaixo do Bote 15 (que tinha acabado de começar a descer). 

Os gritos dos passageiros a bordo do Bote 13 advertiram os oficiais no Titanic para o fato, atrasando a descida do Bote 15 para que pudessem afastar-se do navio.

Beesley observou o Titanic a afundar-se a partir do bote. Quando as luzes se apagaram e o navio desapareceu debaixo da água, o professor tentou confortar um bebê que chorava aconchegando-o com um cobertor e coincidentemente, descobriu que ele e a senhora que segurava o bebê tinham amigos em comum em Clonmel, na Irlanda.

Às 04h45, o RMS Carpathia, que havia mudado seu curso para resgatar os sobreviventes do Titanic chegou ao Bote 13, e Beesley subiu a bordo ficando definitivamente salvo e desembarcando em Nova Iorque.

Na confusão após o desastre, Beesley foi dado como desaparecido, e um anúncio na edição de 18 de abril do Daily Mail pedia informações quanto ao seu paradeiro. No dia seguinte, uma descrição do desastre feita por Beesley foi estampada no Toronto Daily Star.

Beesley escreveu uma obra de sucesso sobre o assunto, publicada ainda em 1912: The Loss of S.S. Titanic. Em 1958, ele participou nas filmagens do filme A Night to Remember, que descrevia a tragédia.

Quando as cenas do naufrágio estavam sendo filmadas, Beesley foi para o set de filmagens e tentou entrar na cena para, simbolicamente, se afundar com o navio. O realizador não o permitiu, uma vez que isto poderia provocar uma reação negativa do sindicato dos atores.

Beesley morreu em Londres em 14 de fevereiro de 1967, aos 89 anos de idade.

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