Na noite mais fria de 1963,
num dia 11 de fevereiro, a poetiza Sylvia Plath suicidava-se. Na época, tinha
apenas 30 anos, mas naquele momento era se tornaria um dos maiores mitos da
literatura mundial.
Sylvia Plath vivia na casa
que tinha pertencido ao poeta Yeats, em Primrose Hill, em Londres. Naquela
noite, a poetiza norte americana deitou os filhos no quarto do 1º andar,
esperou que eles adormecem, abriu-lhes a janela do quarto, calafetou as portas,
deixou pão com manteiga e leite na mesa de cabeceira desceu para a cozinha,
enfiou a cabeça no forno do fogão e abriu o gás.
O suicídio fez dela, que
era apenas uma jovem de 30 anos, um mito. Mas Sylvia era muito mais que isso.
Era uma poetiza. Ela não era apenas uma mulher melancólica, em busca da beleza
do que teria podido ser, em busca de um “Eu” onde habitassem intactas todas as
possibilidades.
Com episódios depressivos
desde a adolescência, Sylvia começou por fazer da poesia um ato de resistência
contra a ausência precoce do pai, morto devido à diabetes quando ela tinha 9
anos. O também escritor Helder Macedo, sobre Sylvia Plath, contou o segredo dela:
“Como todos os bons poetas, conseguir dar expressão às percepções que mais doem. Dando, portanto, uma voz pessoal e única ao que é potencialmente de todos. Tornando o que lhe é específico em partilhável.
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