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segunda-feira, outubro 03, 2022

Dina Sfat - Atriz de Grandes Interpretações

Dina Sfat - Atriz de Grandes Interpretações - Dina Kutner de Sousa, mais conhecida como Dina Sfat nasceu em São Paulo no dia 28 de outubro de 1938, foi uma atriz brasileira.

Estreou no cinema em 1966 no filme O Corpo Ardente; no entanto, a consagração veio em Três Histórias de Amor, eleita 'revelação feminina' no Festival de Cinema de Cabo Frio. 

Além disso, destacou-se no longa Os Deuses e os Mortos, garantindo o prêmio de 'Melhor Atriz' no Festival de Brasília, algo que voltaria a se repetir pela sua atuação em O Homem do Pau-brasil, mas pela categoria de 'Melhor Atriz Coadjuvante'. Na obra A Culpa, Sfat foi eleita 'Melhor Atriz' pelo Prêmio Air France.

Sfat chegou à televisão em 1966 na telenovela Ciúme, na Rede Tupi. No entanto, sua primeira consagração veio na década de 1970 sendo eleita 'Melhor Atriz' três vezes pelo Troféu Imprensa (Chica Martins em Fogo sobre Terra, Risoleta em Saramandaia e Paloma Gurgel em Os Gigantes), além de duas indicações a mesma premiação (Helô em Assim na Terra como no Céu e Zarolha em Gabriela).

Além disso, também foi eleita 'Melhor Atriz' pelo Prêmio APCA no papel de Fernanda em Selva de Pedra.

Em 2009, por iniciativa de sua amiga e também atriz Itala Nandi, foi criado o Prêmio Dina Sfat, para homenagear atrizes que tenham o mesmo perfil (de Dina Sfat): grandes intérpretes, mães dedicadas, mulheres engajadas politicamente.

Biografia

Filha de judeus poloneses, Dina sempre quis ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um pequeno papel no espetáculo Antígone América, dirigida por Antônio Abujamra. 

Daí pulou para o teatro amador e foi parar no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a personagem Manuela de Os fuzis da Senhora Carrar  de Bertolt Brecht. Foi nessa época que adotou o sobrenome Sfat, em homenagem à terra natal de sua mãe.

Participou de espetáculos importantes na década de 1960 em São Paulo e conquistou o Prêmio Governados do Estado de atriz revelação por seu desempenho em Arena Conta Zumbi em 1965, um musical de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Foi para o Rio de Janeiro e estreou nos palcos de um teatro na peça O Rei da Cidade.

Carreira na Televisão

Iniciou sua trajetória em 1966 na telenovela Ciúme, na Rede Tupi, ao interpretar Maria Luísa; assim como, também atuou com o mesmo nome em O Amor Tem Cara de Mulher

No ano seguinte, deu vida as personagens Helen e Patrícia em A Intrusa, além de viver Laura em Os Fantoches, na TV Excelsior; concluindo a década em 1969 como Isabel em Acorrentados, na TV Rio.

No início da década de 1970, foi para a Rede Globo viver Helô na telenovela Assim na Terra como no Céu (sendo indicada ao Troféu Imprensa como 'Melhor Atriz'), no qual fez par romântico com o ator Francisco Cuoco; assim como, foi Adriana em Verão Vermelho, respectivamente. Em 1971, viveu Wanda Vidal em O Homem Que Deve Morrer e, no mesmo período, participou do programa Caso Especial no episódio "A Pérola". 

No ano seguinte, deu vida a Fernanda em Selva de Pedra, papel que lhe garantiu o Prêmio APCA como 'Melhor Atriz'. Entre 1973 a 1974, esteve na pele de Isabel em Os Ossos do Barão; participou novamente do Caso Especial no episódio "As Praias Desertas", além de atuar como Chica Martins (Débora) em Fogo sobre Terra, sendo eleita 'Melhor Atriz' pela primeira vez do Troféu Imprensa.

No início da década de 1980, fez uma participação especial na série Malu Mulher no episódio "A Trambiqueira" viveu e Paula Alencar na minissérie Avenida Paulista. 

Em 1983, interpretou Darlene na obra Eu Prometo e, no ano seguinte, deu vida a Eleuzina em Rabo de Saia. Seu último trabalho na televisão antes de sua morte foi em 1988 na telenovela Bebe a Bordo como Laura.

Carreira no Cinema

Estreou nas telonas em 1966 no longa O Corpo Ardente interpretando Glória, assim como, foi destaque em Três Histórias de Amor como 'revelação feminina' no Festival de Cinema de Cabo Frio. 

Dois anos mais tarde, esteve no elenco de Edu, Coração de Ouro; fez participação especial em Anuska, Manequim e Mulher e em A Vida Provisória como Paola, esta última, trabalhando ao lado da atriz consagrada Joana Fomm. Encerrou-se a década em 1969 no filme Macunaíma, na pele de Cy.

Em 1970, interpretou A Louca no filme Os Deuses e os Mortos, papel que lhe rendeu o prêmio de 'Melhor Atriz' no Festival de Brasília; no mesmo período, também fez uma aparição em Perdidos e Malditos. 

No ano seguinte, participou dos longas O Barão Otelo no Barato dos Bilhões como Maria-Vai-Com-As-Outras; encarnou uma atriz em O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil e A Culpa como Matilde, esta última personagem lhe garantiu o Prêmio Air France como 'Melhor Atriz'.Entre 1972 e 1973, fez uma participação especial em Jardim de Guerra e viveu Manuela em Tati. Sfat concluiu seus trabalhos neste decênio exercendo a função de narradora na curta-metragem Aukê e como participação especial em Mulheres de Cinema.

No início da na década de 1980, atuou nos longas Álbum de Família – Uma História Devassa Eros, o Deus do Amor na pele de Senhorinha e Ana, respectivamente.

No ano seguinte, viveu Renata em Das Tripas Coração e Branca Clara em O Homem do Pau-brasil, este último papel lhe premiou como 'Melhor Atriz Coadjuvante' no Festival de Brasília. 

Em 1984, fez participação especial como amante do presidente em Tensão no Rio, tendo seu último trabalho nas telonas enquanto viva, quatro anos mais tarde, em A Fábula da Bela Palomera como Andrea. 

Por outro lado, a obra O Judeu, lançado nos cinemas em 1995, teve suas gravações iniciadas em 1988 quando Sfat ainda estava viva. Como passou por múltiplas interrupções, a atriz veio a falecer sem concluir todas as cenas.

Vida Pessoal

Foi casada por dezessete anos com Paulo José, com quem teve três filhas: Isabel ou Bel Kutner, Ana Kutner e Clara Kutner. Bel e Ana também seguiram os passos da mãe e atuaram como atrizes. 

Posteriormente, Dina Sfat posou nua para revista Playboy no início da década de 1980; contudo, a atriz só aceitou após completar longos anos de casamento com seu ex-marido.

Sfat foi diagnosticada com câncer, inicialmente no seio, em 1985, mas não deixou de trabalhar, mesmo em tratamento. Já com a doença, viajou para a União Soviética e participou de um documentário sobre o país e os primeiros passos da Perestroika, escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado Dina Sfat – palmas prá que te Quero, junto com a jornalista Mara Caballero e fez a novela Bebê a Bordo, seu último trabalho na televisão. Seu último filme foi O Judeu, que só estreou em circuito depois da morte da atriz.

Sfat morreu aos 50 anos, no Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1989, vítima de um câncer de mama contra o qual já lutava havia anos. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro

 



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