Dina Sfat - Atriz de Grandes Interpretações - Dina Kutner de Sousa, mais
conhecida como Dina Sfat nasceu em São Paulo no dia 28 de outubro de 1938,
foi uma atriz brasileira.
Estreou no cinema em 1966
no filme O Corpo Ardente; no entanto, a consagração veio em Três
Histórias de Amor, eleita 'revelação feminina' no Festival de Cinema de
Cabo Frio.
Além disso, destacou-se no
longa Os Deuses e os Mortos, garantindo o prêmio de 'Melhor Atriz'
no Festival de Brasília, algo que voltaria a se repetir pela sua atuação
em O Homem do Pau-brasil, mas pela categoria de 'Melhor Atriz
Coadjuvante'. Na obra A Culpa, Sfat foi eleita 'Melhor Atriz' pelo
Prêmio Air France.
Sfat chegou à televisão em
1966 na telenovela Ciúme, na Rede Tupi. No entanto, sua primeira
consagração veio na década de 1970 sendo eleita 'Melhor Atriz' três vezes pelo
Troféu Imprensa (Chica Martins em Fogo sobre Terra, Risoleta
em Saramandaia e Paloma Gurgel em Os Gigantes),
além de duas indicações a mesma premiação (Helô em Assim na Terra como
no Céu e Zarolha em Gabriela).
Além disso, também foi
eleita 'Melhor Atriz' pelo Prêmio APCA no papel de Fernanda em Selva
de Pedra.
Em 2009, por iniciativa de
sua amiga e também atriz Itala Nandi, foi criado o Prêmio Dina Sfat, para
homenagear atrizes que tenham o mesmo perfil (de Dina Sfat): grandes
intérpretes, mães dedicadas, mulheres engajadas politicamente.
Biografia
Filha de judeus
poloneses, Dina sempre quis ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um
pequeno papel no espetáculo Antígone América, dirigida por Antônio
Abujamra.
Daí pulou para o teatro
amador e foi parar no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a
personagem Manuela de Os fuzis da Senhora Carrar de
Bertolt Brecht. Foi nessa época que adotou o sobrenome Sfat, em homenagem
à terra natal de sua mãe.
Participou de espetáculos
importantes na década de 1960 em São Paulo e conquistou o Prêmio
Governados do Estado de atriz revelação por seu desempenho em Arena
Conta Zumbi em 1965, um musical de Gianfrancesco Guarnieri e
Augusto Boal. Foi para o Rio de Janeiro e estreou nos palcos de um
teatro na peça O Rei da Cidade.
Carreira na Televisão
Iniciou sua trajetória em
1966 na telenovela Ciúme, na Rede Tupi, ao interpretar Maria Luísa;
assim como, também atuou com o mesmo nome em O Amor Tem Cara de Mulher.
No ano seguinte, deu vida
as personagens Helen e Patrícia em A Intrusa, além de viver Laura em Os
Fantoches, na TV Excelsior; concluindo a década em 1969 como Isabel
em Acorrentados, na TV Rio.
No início da década de
1970, foi para a Rede Globo viver Helô na telenovela Assim na
Terra como no Céu (sendo indicada ao Troféu Imprensa como 'Melhor
Atriz'), no qual fez par romântico com o ator Francisco Cuoco; assim como, foi
Adriana em Verão Vermelho, respectivamente. Em 1971, viveu Wanda
Vidal em O Homem Que Deve Morrer e, no mesmo período,
participou do programa Caso Especial no episódio "A
Pérola".
No ano seguinte, deu vida a
Fernanda em Selva de Pedra, papel que lhe garantiu o Prêmio
APCA como 'Melhor Atriz'. Entre 1973 a 1974, esteve na pele de Isabel
em Os Ossos do Barão; participou novamente do Caso Especial no
episódio "As Praias Desertas", além de atuar como Chica Martins
(Débora) em Fogo sobre Terra, sendo eleita 'Melhor Atriz' pela
primeira vez do Troféu Imprensa.
No início da década de
1980, fez uma participação especial na série Malu Mulher no
episódio "A Trambiqueira" viveu e Paula Alencar na minissérie Avenida
Paulista.
Em 1983, interpretou
Darlene na obra Eu Prometo e, no ano seguinte, deu vida a
Eleuzina em Rabo de Saia. Seu último trabalho na televisão antes de sua
morte foi em 1988 na telenovela Bebe a Bordo como Laura.
Carreira no Cinema
Estreou nas telonas em 1966
no longa O Corpo Ardente interpretando Glória, assim como, foi
destaque em Três Histórias de Amor como 'revelação feminina'
no Festival de Cinema de Cabo Frio.
Dois anos mais tarde,
esteve no elenco de Edu, Coração de Ouro; fez participação
especial em Anuska, Manequim e Mulher e em A Vida
Provisória como Paola, esta última, trabalhando ao lado da atriz
consagrada Joana Fomm. Encerrou-se a década em 1969 no filme Macunaíma,
na pele de Cy.
Em 1970, interpretou A
Louca no filme Os Deuses e os Mortos, papel que lhe rendeu o prêmio
de 'Melhor Atriz' no Festival de Brasília; no mesmo período, também fez uma
aparição em Perdidos e Malditos.
No ano seguinte, participou
dos longas O Barão Otelo no Barato dos Bilhões como
Maria-Vai-Com-As-Outras; encarnou uma atriz em O Capitão Bandeira
contra o Dr. Moura Brasil e A Culpa como Matilde,
esta última personagem lhe garantiu o Prêmio Air France como 'Melhor
Atriz'.Entre 1972 e 1973, fez uma participação especial em Jardim de
Guerra e viveu Manuela em Tati. Sfat concluiu seus
trabalhos neste decênio exercendo a função de narradora na curta-metragem Aukê e
como participação especial em Mulheres de Cinema.
No início da na década de
1980, atuou nos longas Álbum de Família – Uma História Devassa e Eros,
o Deus do Amor na pele de Senhorinha e Ana, respectivamente.
No ano seguinte, viveu
Renata em Das Tripas Coração e Branca Clara em O Homem
do Pau-brasil, este último papel lhe premiou como 'Melhor Atriz Coadjuvante'
no Festival de Brasília.
Em 1984, fez participação
especial como amante do presidente em Tensão no Rio, tendo seu
último trabalho nas telonas enquanto viva, quatro anos mais tarde, em A
Fábula da Bela Palomera como Andrea.
Por outro lado, a
obra O Judeu, lançado nos cinemas em 1995, teve suas gravações
iniciadas em 1988 quando Sfat ainda estava viva. Como passou por múltiplas
interrupções, a atriz veio a falecer sem concluir todas as cenas.
Vida Pessoal
Foi casada por dezessete
anos com Paulo José, com quem teve três filhas: Isabel ou Bel Kutner, Ana
Kutner e Clara Kutner. Bel e Ana também seguiram os passos da mãe e
atuaram como atrizes.
Posteriormente, Dina Sfat
posou nua para revista Playboy no início da década de 1980; contudo, a
atriz só aceitou após completar longos anos de casamento com seu ex-marido.
Sfat foi diagnosticada com
câncer, inicialmente no seio, em 1985, mas não deixou de trabalhar, mesmo em
tratamento. Já com a doença, viajou para a União Soviética e
participou de um documentário sobre o país e os primeiros passos da
Perestroika, escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua
morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado Dina Sfat –
palmas prá que te Quero, junto com a jornalista Mara Caballero e fez a
novela Bebê a Bordo, seu último trabalho na televisão. Seu
último filme foi O Judeu, que só estreou em circuito depois da
morte da atriz.
Sfat morreu aos 50 anos, no
Rio de Janeiro no dia 20 de março de 1989, vítima de um câncer de mama contra o
qual já lutava havia anos. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Israelita do
Caju, no Rio de Janeiro
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