O livre arbítrio é a
capacidade de tomarmos nossas próprias decisões, certas ou erradas,
independente da vontade de deus. Mas, então o livre arbítrio existe como
definido pelos crentes?
Se o deus dos crentes é
onipotente e onipresente sabe tudo e fez tudo, nada acontece sem seu
conhecimento e sem sua permissão, como temos escolha de fazer o que desejarmos?
Se ele já sabe o que vamos fazer? Então não temos livre arbítrio, porque não se
consegue surpreender deus.
Seria então esse
"livre arbítrio" que tantos os crentes falam uma maneira de
"tapar" um buraco enorme na descrição do deus perfeito? Se deus ama a
todos e é bom, então o mundo é uma droga, sorteado de sofrimento e miséria por
nossa culpa? Então, por causa do livre arbítrio, estragamos a obra de deus?
Não há como negar que
existem contradições na afirmação da existência de deus quando se usa a
explicação do livre arbítrio. Deus existe. Se existe é perfeito, justo, bom,
onipotente e onipresente.
Se é tudo isso, por que as
mazelas do mundo? Por que crianças nascem deformadas? Por que pessoas boas
sofrem e pessoas ruins "se dão bem"? Alguém diz: - Ah! É o livre
arbítrio! Cada um segue o caminho que quer!
Ora, mas se deus é
onipresente e sabe de tudo e só permite aquilo que ele quer como podemos ter
essas escolhas pelo bem ou pelo mal? Resposta: Deus não existe.
Se os erros são nossos,
suponho que os acertos também. Então se nós humanos, de carne e osso, somos
responsáveis pelo que acontece no mundo de bom ou de ruim, desculpe, mas para
que deus?
Francisco Silva Sousa -
Foto: Pixabay.
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