A Eternidade - "De novo me invade. Quem? - A Eternidade. É o mar que se vai como o sol que cai. Alma sentinela, ensina-me o jogo da noite que gela e do dia em fogo. Das lides humanas, das palmas e vaias, já te desenganas e no ar te espraias.
De outra nenhuma, brasas de cetim, o dever se esfuma sem dizer: enfim. Lá não há esperança e não há futuro. Ciência e paciência, suplício seguro.
De novo me invade. Quem? - A Eternidade. É o mar que se vai com o sol que cai."
(Arthur Rimbaud)
Eternidade é um conceito filosófico que se refere, no sentido comum, a inexistência do tempo, logo sendo algo infinito. No sentido filosófico, refere-se a algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto o transcende.
Nesse sentido, eterno é algo sem começo e nem fim. Como o conceito de ouroboros ou oroboro que é o início que morde o próprio fim, representado por uma cobra ou dragão que morde a própria cauda. Outro exemplo clássico do ser eterno é o Deus judaico-cristão.
A palavra 'eternidade' vem do latim aeturnus, termo que, por sua vez, é uma derivação de aevum, que significa 'era' ou 'tempo'. O termo costuma ser entendido em dois sentidos.
No sentido comum, significa ‘sempiternidade’ (do latim sempiternus, a, um: 'perpétuo, eterno, imortal'), isto é, duração ou tempo infinito. Já no sentido mais usual entre os filósofos, corresponde a atemporalidade, ou seja, a algo que não pode ser medido pelo tempo, pois o transcende.
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