Confesso que errei - Ela sempre pegou no meu pé, arrumava briga boba, cismava com minhas amizades e sempre dizia que não estaria aqui para sempre. Eu duvidei.
Errei? Confesso. Me acostumei! Deixava para dizer que amava só após as brigas ou em ocasiões especiais, sem me dar conta de que cada momento com ela era especial.
Ficava sem falar até ela
abrir mão do orgulho, e correr atrás de mim, só para fortalecer o meu ego!
“Mulher gosta de homem que
despreza” eu pensava.
Me deixei levar, me
encantei por outras pessoas, escutei outras amizades; “você é muito novo”, “está
preso”, “a polícia ligou?” “Vai todo mundo solteiro e deixa ela em casa”
E então um belo dia ela se
calou, não reclamou mais dos horários, das amizades e nem me cobrou mais
atenção. E eu achei que enfim havia vencido.
Uma noite cheguei em casa e
ela não estava mais ali, um silêncio uma “paz” -pensava eu.
Não havia mais sapatos espalhados
pela casa, no banheiro nenhuma maquiagem, e até os fios de cabelo haviam sumido
do meu pente!
Ela havia partido, sem
volta, sem retorno, sem reconciliação. Na primeira semana eu não liguei, sai,
curti, levei outras garotas para a mesma cama que era nossa, eu estava vivendo!
Na segunda semana não quis
sair, fiquei em casa, assisti um filme, depois uma comédia romântica, lembrei a
gargalhada que ela dava, do jeito de mexer no cabelo, do cheiro de lar que
aquele abraço tinha.
Na terceira semana senti
tanta saudade, que cheguei a caçar alguma coisa que tivesse o cheiro dela, para
quem sabe assim, sentir ela por aqui.
Peguei meu celular, mas a
foto não estava no contato, ela havia apagado o meu número. Mandei mensagem,
mas ela não respondeu, tentei ligar, mas não quis passar mais essa vergonha.
Fiz um fake, e a
última foto dela era num barzinho, sem legendas, mas com um olhar muito
parecido com aquele, que ela tinha quando eu a conquistei...
E aí caiu a ficha, ela não
ia voltar. Aprendi na pele que uma grande mulher sempre vai marcar a sua vida.
Ou por você ter ganho da loteria, ou por ter perdido o bilhete premiado.
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