O Assassinato de Abel por Caim segundo o pensamento de
Friedrich Nietzsche - O assassinato de Abel por Caim é uma história
suméria que tem sido objeto de interpretações filosóficas através dos séculos.
A meu ver, esta história
pode ser vista como uma analogia para a relação entre liberdade e o pensamento
de Friedrich Nietzsche.
Caim representa o homem
livre, aquele que se desvencilha das convenções tirânicas para buscar o seu
próprio rumo, livre do ego que é o maior veneno do espírito humano e que tanto
corrói a nossa alma.
Ele mata seu irmão Abel,
que representa a figura do homem submisso e obediente, pois Abel representa
tudo que o homem livre deve deixar para trás para alcançar sua verdadeira
liberdade.
Importante destacar que Caim não é menos religioso que Abel, ambos o são com a mesma intenção, só que ao primeiro é uma fé em consonância com a natureza. Com sua natureza divina desperta.
Na filosofia de Nietzsche,
liberdade é um valor supremo. O homem deve se libertar das amarras impostas
pelas tiranias, pelo vício e pelo fanatismo religioso e assim atingir seu
verdadeiro potencial.
A morte de Abel, nesse
sentido, pode ser vista como uma metáfora para a morte do vício e do fanatismo
que Nietzsche considerava opressivas.
Em suma, a história dos
irmãos sumérios Caim e Abel pode ser vista como uma analogia para a relação da
liberdade com o pensamento de Nietzsche.
Caim representa o homem livre
que busca sua verdadeira liberdade, enquanto Abel representa tudo o que deve
ser deixado para trás para alcançar essa liberdade.
História do Assassinato de Abel
Após e
expulsos de Adão e Eva do jardim do Éden, tiveram um filho, chamado Caim e,
posteriormente, tiveram Abel.
Os dois irmãos
cresceram juntos, até Caim decidir tomar como sua a árdua função de agricultor.
Abel tornando-se criador de animais
Em determinada ocasião, Caim e Abel apresentaram
ofertas a Deus. Caim apresentou alguns frutos do solo e Abel ofereceu as
primícias e a gordura de seu rebanho (Gênesis 4:3,4).
A oferta de
Abel teria agradado a Deus, enquanto a de Caim não, caindo-lhe o semblante.
Deus diz a Caim, após ver seu semblante caído por ter sua oferta rejeitada:
"se procederes bem, não é certo que serás aceito?" (Gn 4.7).
E Deus com
essa atitude inflamou os ânimos de Caim que começou a odiar o irmão. Isso não é
papel nem de um chefe de departamento, imagine de um Deus.
Possesso por ciúme, Caim armou uma emboscada a seu
irmão. Sugeriu a Abel que ambos fossem ao campo e, lá chegando, Caim matou seu
irmão.
Respondendo ainda com arrogância ao ser interpelado
por Deus, o Criador sentenciou-o ao banimento do solo, além de ser condenado à
condição de errante pelo mundo, que parte em busca de um futuro indefinido num
deserto de homens.
Caim lamentou
a severidade da punição e mostrou ansiedade quanto à possibilidade de o
assassinato de Abel ser vingado nele, mas, ainda assim, não expressou
arrependimento.
Deus colocou
em Caim um sinal para impedir que fosse morto. Deus disse ainda que quem o
matasse seria "castigado sete vezes".
Após matar Abel, Caim partiu levando consigo sua
esposa, cujo nome não é mencionado na Bíblia.
A Bíblia aponta o motivo
pelo qual o sacrifício de Caim foi rejeitado, quando diz em Gênesis 4.3-5 que
"Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma
oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da
gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao
passo que de Caim e de sua oferta não se agradou.
Havia algo em Abel que
agradou ao Senhor, enquanto o que havia em Caim o desagradou. Este elemento
pelo qual se faz diferenciação entre o sacrifício agradável e o não agradável é
a fé, conforme declaração bíblica de que "pela fé, Abel ofereceu a
Deus um sacrifício verdadeiro comparado ao de Caim. Pela fé, ele foi
reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas." (Hebreus
11:4)
A fé é o elemento central
da teologia bíblica cristã e se expressa na total confiança na Pessoa de Deus e
sua Palavra, ainda que as circunstâncias indiquem o contrário. Conforme Hebreus
11.1, é "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se
não veem".
Não advém de um sentimento,
expectativa ou um desejo intenso do ser humano de que algo aconteça, mas da
firme convicção e certeza de que o que foi dito por Deus é verdadeiro e digno
de confiança.
Deus traiu a todos nessa
história: Primeiro quando expulsou o casal Adão e Eva do paraíso, pela ingenuidade
deles e depois ao fazer distinção com as ofertas dos irmãos.
0 Comentários:
Postar um comentário