Léptis
Magna foi uma próspera cidade do Império Romano. Suas ruinas estão situadas
em Homs, Líbia, 130 quilômetros ao leste de Tripoli. Era uma das mais belas
cidades do Império Romano, devido a Septimio Severo, que a aumentou e
embelezou, erguendo imponentes edifícios públicos, um porto, um mercado,
armazéns, lojas e bairros residenciais.
Período púnico
A
cidade provavelmente foi fundada por colonos fenícios em 1100 a.C.,
embora não tivesse a mesma importância que Cartago, que se transformou na
potência principal do mar Mediterrâneo no século IV a.C. Fez
parte do estado de Cartago até a Segunda Guerra Púnica. Em 146
a.C. foi anexada à República Romana.
Período romano - auge e declínio
Léptis
Magna remanesceu assim até o governo do imperador romano Tibério, quando a
cidade foi incorporada no império como parte da província romana da África. Logo
se transformou na terceira cidade mais importante da África romana.
O auge
é atingido durante a dinastia dos Severos. O imperador Septímo Severo, nascido
em Leptis, vai favorecer a sua cidade natal e patrocinar o seu
engrandecimento em grande escala e em grande estilo. O palácio de Leptis Magna
foi construído nesta época, pelo imperador.
Durante
a crise do século III, com o declínio do comércio no Império Romano, a
importância de Léptis Magna também caiu, na metade do século IV, as
principais partes da cidade tinham sido abandonadas.
Procópio
de Cesareia, historiador bizantino contemporâneo de Justiniano, comentou que
Léptis Magna passou de uma cidade larga e populosa para uma cidade abandonada
em sua maior parte, e quase toda coberta de areia.
Devido
à anarquia militar, Leptis Magna e a maioria das cidades da Tripolitânea estavam
desprotegidas. Em 439 os vândalos invadiram o Império Romano fundando um
reino no Norte da África, tendo Cartago como capital. Leptis Magna passou a
fazer parte do Reino dos Vândalos.
Em
523 um grupo de incursores Berberes saqueiam a cidade. Os mouros, da tribo
dos leuatas, derrotaram os vândalos, e deixaram a cidade sem habitantes.
Período bizantino
Em 534
o general bizantino Belisário reconquistou Leptis Magna e destruiu o Reino
dos Vândalos. A cidade foi anexada ao Império Bizantino, e Leptis Magna
convertida a capital de província, porém nunca se recuperou da destruição
causada pelos berberes na cidade.
Justiniano reconstruiu
a muralha da cidade, porém menor do que ela era antes, de forma que fosse mais
fácil protegê-la dos ataques e da areia. O imperador dedicou uma igreja a
Maria, mãe de Jesus (literalmente, no texto de Procópio, Mãe de Deus),
e construiu mais quatro igrejas.
O
palácio, construído por Septimo Severo, que estava em ruínas, foi reconstruído. Justiniano
também construiu banhos públicos na cidade. Em 650 os árabes dominaram a
Tripolitania.
A morte de uma cidade
A
invasão árabe, que atingiu velozmente o norte da África depois da derrota de
Bizâncio frente aos muçulmanos, vem apenas concluir um processo de declínio e
de apagamento de uma grande e importante rede de grandes cidades.
A
desolação é geral e a areia invadirá Leptis. O prestígio e a sumptuosidade dos
seus materiais de construção vão transformar o sítio de Leptis numa fonte de
lucro. Parte dos mármores do Palácio de Versalhes foi retirada de Leptis. A
partir dos anos 1920 foi escavada sistematicamente.
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