Peter
James O’Toole nasceu no dia 2 de agosto de 1932 na cidade de Connemara,
Irlanda. Foi um ator britânico de ascendência irlandesa. Em 2007, sua
performance em Lawrence da Arábia foi eleita a maior de toda a história do
cinema pela Première.
Ao
longo de sua carreira, recebeu oito indicações ao Oscar de Melhor Ator, e detém
atualmente o recorde de mais indicações ao Oscar por atuar sem nenhuma
vitória.
Ganhou
quatro Globos de Ouro, um Emmy e um BAFTA, e ainda foi agraciado com um Oscar
Honorário em 2003, pela notabilidade dos personagens que interpretou.
Era pai da atriz Kate O'Toole e do ator Lorcan O'toole.
Início de vida
Filho
de Jane Constance, uma enfermeira escocesa, e Patrick Joseph O'Toole, um
irlandês jogador de futebol. Foi criado na religião cristã católica e no início
da Segunda Guerra Mundial estudou numa escola católica.
Ao sair da escola O'Toole obteve emprego de estagiário como jornalista e fotografo, até que ele foi chamado para o serviço nacional. Em 1952 O'Toole conseguiu uma bolsa de estudos na Royal Academy of Dramatic Art (RADA). Na RADA, ele estudava na mesma classe de Albertt Finney, Alan Bates e Brian Bedford.
Carreira
O'Toole
começou a trabalhar no teatro, antes de fazer sua estreia na televisão em 1954.
Ele apareceu pela primeira vez no cinema em 1959 em um pequeno papel. Ele veio
a ganhar seu maior reconhecimento ao interpretar T. E. Lawrence no filme
de David Lean Lawrence da Arábia de 1962, depois que Marlon Brando e Albert
Finney recusaram o papel.
O papel
lhe apresentou para o público dos Estados Unidos e lhe rendeu a primeira
das suas oito indicações para o Oscar.
O'Toole
ainda interpretou grandes papéis como o Rei Henrique II da Inglaterra em
Becket de 1964 e em The Lion in Winter de 1968. O'Toole interpretou
também Hamlet sob direção de Laurence Olivier.
Também
apareceu na produção de Seán O’Casey Juno e cumpriu uma ambição de sua
vida quando subiu no palco da capital irlandesa no Abbey Theatre em
1970, ao interpretar Samuel Beckett ao lado Donald McCann.
Em
1980, ele recebeu a aclamação da crítica ao interpretar o diretor no filme
por trás das cenas de O Fugitivo. O'Toole foi indicado ao Oscar em 1982
pela comédia My Favorite Year, que fala sobre a luz por trás dos bastidores em
um show de variedades da TV na década de 1950.
Em
1972, ele interpretou Miguel de Cervantes em sua criação ficcional de Don
Quixote em Man of La Mancha, em uma adaptação cinematográfica do musical da
Broadway de 1965, ao lado de Sophia Loren.
O filme
foi amplamente criticado pela crítica especializada e pelo público na época,
mas o filme se tornou um dos maiores sucessos em videocassete e DVD.
O'Toole
ganhou um prêmio Emmy por seu papel na minissérie de 1999 Joan of Arc.
Foi mais uma vez indicado para Oscar de melhor ator em 2006 por sua
interpretação como Maurice em Vênus, dirigido por Roger Michell, que foi a
oitava indicação.
Mais
recentemente, O'Toole co-estrelou o filme da Pixar Ratatouille, um filme
animado sobre um rato com um sonho de se tornar o maior cozinheiro de
Paris, onde ele interpretou Anton Ego, um crítico gastronômico.
Vida pessoal
Em
1959, casou-se com a atriz galesa Siân Phillips, com quem teve duas
filhas: Kate (1960) Patrícia (1963). Peter e Sian se divorciaram
em 1979. Phillips revelou mais tarde em duas autobiografias que O'Toole a havia
submetido à crueldade mental em grande parte alimentada por beber em demasia.
E
estava sujeito a crises de ciúme extremo, quando ela finalmente o deixou por um
amante mais jovem. De um relacionamento com a modelo Karen Brown, nasceu
seu terceiro filho, Lorcan (1983).
Uma
doença grave quase terminou sua vida no final de 1970. Devido à sua bebedeira e
um problema digestivo, desde o nascimento, passou por uma cirurgia em 1976
e teve parte do pâncreas e grande parte do estômago removido.
Em
consequência da cirurgia, ficou dependente da insulina. Em 1978 ele quase
morreu de uma doença no sangue. O'Toole, se recuperou e voltou a trabalhar,
embora achasse mais difícil de conseguir papéis em filmes, resultando isto em
mais trabalho para a televisão e papéis no palco ocasionalmente.
No
entanto, ele apareceu em 1987 no filme O Último Imperador, onde interpretou o
tutor escocês Sir Reginaldo Fleming Johnston.
Peter
O'Toole morava em Clifden, no condado de Galway, na Irlanda desde 1963 e
no auge de sua carreira tinha casas em Dublin, Londres e Paris, mas nos últimos
anos de vida manteve apenas sua casa em Londres.
Enquanto
estudava na RADA no início dos anos 1950 ele era ativo nos protestos contra os
britânicos no envolvimento na Guerra da Coreia. Mais tarde, na década de
1960, foi um adversário ativo da Guerra do Vietnã.
Apesar de ter perdido a fé na religião organizada quando adolescente, O'Toole manifestou sentimentos positivos em relação à vida de Jesus Cristo.
Peter O'Toole faleceu aos 81 anos em Londres, em um domingo, 15 de dezembro de 2013.
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