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terça-feira, outubro 24, 2023

O Mosteiro de Sumela


 

O Mosteiro de Sumela é um mosteiro ortodoxo grego, situado no sopé de um penhasco em frente ao vale de Altındere, na região de Maçka, na província de Trebizonda, na atual Turquia.

Está localizado a uma altitude de aproximadamente 1 200 metros, sendo uma grande atração turística do Parque Nacional de Altindere.

Foi fundado no ano de 386 d.C. durante o reinado do imperador Teodósio I (375-395). Diz a lenda que dois padres se comprometeram a fundar um mosteiro no lugar, depois de ter descoberto um ícone milagroso da Virgem Maria em uma caverna na montanha.

Durante sua longa história, o mosteiro caiu em ruínas várias vezes e foi restaurado por vários imperadores bizantinos. Durante o século VI, foi restaurado e ampliado pelo general Belisário a mando de Justiniano.

Atingiu sua forma atual no século XIII depois de ganhar destaque durante o reinado de Aleixo III (1349-1390) do Império de Trebizonda, (criado em 1204). Naquele tempo, ao mosteiro era concedido anualmente uma quantidade de fundos imperiais.

Durante os reinados de Manuel III, filho de Aleixo III, e dos príncipes subsequentes, Sumela ganhou mais riqueza através de subsídios imperiais. Após a conquista pelos otomanos liderados pelo sultão Maomé II, o Conquistador em 1461, lhe foi concedida a proteção por ordem do sultão e que foi renovada pelos sultões sucessivos.

Monges e viajantes puderam assim continuar a viagem até lá ao longo dos anos, e o mosteiro continuou extremamente popular até ao século XIX. Em 1682 e por mais algumas décadas abrigou o Phrontisterion de Trapezous (Escola de Trebizonda), uma conhecida instituição grega educacional da região.

Depois de uma breve ocupação de Trebizonda pelo Império Russo de 1916 a 1918. O Mosteiro foi abandonado em 1923, na sequência da troca de populações entre a Grécia e a Turquia, de acordo com o Tratado de Lausanne que definiu as fronteiras da Turquia moderna.

Os monges foram obrigados partir e não foram autorizados a tomar qualquer propriedade com eles, pelo que enterram o famoso ícone de Sumela sob o chão do mosteiro na capela de Santa Bárbara.

Em 1930, um monge secretamente retornou ao Sumela e recuperou o ícone, transferindo-o para o novo Mosteiro de Soumela Panagia, nas encostas do Monte Vermio perto da cidade de Naousa, na Macedónia, Grécia.

Hoje a função principal do mosteiro é ser uma atração turística. Sua localização, com vista para as florestas e riachos abaixo, o torna extremamente popular pela sua atração estética, bem como pelo seu significado cultural e religioso. Em 15 de agosto de 2010 a liturgia Ortodoxa foi novamente permitida no mosteiro, depois de décadas de proibição.

Os principais elementos que compõem o complexo arquitetônico do mosteiro são a igreja, várias capelas, cozinhas, salas de estudo, uma pousada, uma biblioteca, e uma fonte sagrado venerada tanto pelos gregos ortodoxos como pelos muçulmanos.

Existe ainda um aqueduto de grandes dimensões, que alimentava de água o mosteiro, compostos por inúmeros arcos sustentando o canal de transporte de água, o qual ao longo dos tempos têm sido alvo de vários restauros.

O acesso ao complexo monástico é feito através de uma longa e íngreme escada, a qual termina na caverna onde está implantada a igreja principal, após passar por duas salas da guarda.

A influência da arquitetura otomana está amplamente representada e faz-se notar principalmente nos armários, nichos e lareiras dos quartos nos edifícios que rodeiam o pátio.

Os frescos do mosteiro estão severamente danificados, o tema principal era composto por cenas bíblicas contando a história de Cristo e da Virgem Maria, porém as suas configurações originais foram removidas na sua larga maioria. Fonte: Wikipédia.



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